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Channel: O RESGATE FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA
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Jogadores de futebol do Brasil na Segunda Guerra Mundial

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Em período de Copa do Mundo  nada melhor que lembrar a paixão dos brasileiros pelo futebol e de uma geração de jogadores que lutaram pelo Brasil com o único compromisso de honrar a pátria e lutar pela liberdade, os verdadeiros heróis que serviram a Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial. Um levantamento de jogadores de futebol do passado que largaram sua profissão para honrar o Brasil nos campos de batalhas com suas vidas e homenagens e gratidão a estes verdadeiros homens.

Adelino Gonçalves Torres - CRUZEIRO E.C
Ceci,(centro) Adelino, (esquerda) e Didico (direita) no Cruzeiro
O médio direito Adelino Gonçalves Torres desembarcou em Belo Horizonte em 21 de setembro de 1945. O jogador desfalcou o Cruzeiro nas temporadas de 1944 e 1945 por ter sido convocado pelo exército brasileiro para lutar na Segunda Guerra Mundial. Ele integrou a Military Police (MP) daForça Expedicionária Brasileira-FEB nos campos de batalha em Livorno e Monte Castelo, na Itália.
Cruzeiro final dos anos 40 - Em pé a partir da esq.Ceci, Adelino, Vicente, Oldack, Geraldo II e Duque . Agachados : Helvecio, Guerino, Nonô, Paulo Florencio e Sabu.
Cinco jogadores do Cruzeiro, além do técnico Chico Trindade, participaram da Seleção Mineira na disputa do Campeonato Brasileiro de Seleções entre outubro e dezembro de 1946: Geraldo II (goleiro),: Adelino Gonçalves Torres (médio direito), Ismael (atacante), mais Bituca e Bibi (zagueiros).
Nome: Adelino Gonçalves Torres
430 jogos
Posição: Lateral
Gols: 2 gols
Data de nascimento: 17 de fevereiro de 1921
Naturalidade: Pedro Leopoldo - MG
Período no Cruzeiro: 1943 – 1959
O Hall da Fama tem como critério os jogadores que disputaram no mínimo 400 jogos pelo Clube, ou que marcaram pelo menos 100 gols com a camisa estrelada. Adelino Gonçalves Torres  foi homenageado na Toca da Raposa II.
Curiosidade:
Em 1942, com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial, um decreto de lei do governo federal proibiu o uso de termos que remetem à Itália em entidades, instituições e estabelecimentos no Brasil. Com isso, o Clube precisou ser renomeado e o nome escolhido foi Cruzeiro Esporte Clube, em homenagem ao símbolo maior da pátria brasileira.Assim como o nome, o uniforme também sofreu mudanças. Antes verde e vermelho, em homenagem à bandeira italiana, o Clube adotou o azul e branco, inspirado pela seleção da Itália.
José Perácio Berjun- Flamengo
José Perácio, o grande atacante Perácio do Flamengo, Vila Nova de Minas Gerais, Botafogo-RJ e Seleção Brasileira, nasceu em Nova Lima (MG) em 02 de novembro de 1917 e faleceu no Rio de Janeiro 10 de março de 1977. Foi um dos principais jogadores brasileiros nas décadas de 1930 e 1940, destacando-se pela força de seu chute tanto com o pé direito quanto com o esquerdo. O técnico Flávio Costa dizia que tinha um coice nos pés.
Em 1944, teve que interromper a carreira para defender o Brasil na Segunda Guerra Mundial. Foi um dos 25 mil pracinhas daForça Expedicionária Brasileiraque combateram na Europa. Como motorista do marechal Cordeiro de Farias, acompanhou de perto a histórica tomada de Monte Castelo, em fevereiro de 1945, posição então administrada pelos alemães. Ao retornar ao Brasil, seguiu jogando futebol.

Começou no Vila Nova, clube pelo qual sagrou-se tricampeão mineiro em 1933, 34 e 35. Passou depois pelo Botafogo, Flamengo, onde conquistou os títulos cariocas em 1942, 43 e 44, Fluminense e Canto do Rio, clube no qual encerrou a carreira.

Disputou a Copa do Mundo de 1938, na França, com grande destaque. Marcou dois gols na estréia contra a Polônia, vencida pelo Brasil por 6 a 5, e mais um na decisão do terceiro lugar contra a Suécia, que o Brasil ganhou por 4 a 2. No total vestiu a camisa da Seleção Brasileira em seis ocasiões com três vitórias, dois empates, uma derrota e quatro gols marcados.
Segundo o Almanaque do Flamengo, de Roberto Assaf e Clóvis Martins, fez 119 jogos pelo clube com 71 vitórias, 25 empates, 23 derrotas e 98 gols marcados.
Efigênio de Freitas Bahiense (Geninho)-Botafogo
Ephigênio de Freitas Bahiense, craque botafoguense que ficou conhecido como Geninho. 
Mineiro de Belo Horizonte nasceu em 10 de setembro de 1918, onde iniciou a carreira no Palestra Itália, atual Cruzeiro, acabou eternizado no Rio de Janeiro como "Arquiteto", apelido que recebeu no Botafogo pela facilidade com que projetava as jogadas no meio-campo. Talento que mostrou diante dos italianos durante a guerra, em jogo que relatou por carta ao presidente do Botafogo na época, Adhemar Bebiano.
Efigênio de Freitas Bahiense, o Geninho, embarcou para a Itália em setembro de 1944. Ele e outro três jogadores do Glorioso estavam entre os 25 mil pracinhas que lutaram na Segunda Guerra. O jogador retornou e pôde dar continuidade à carreira, mas nem todos tiveram a mesma sorte. O filho lembra uma das histórias, recheada de tristeza.
Fotografia registra retorno de Geninho e outros pracinhas ao Brasil após a guerra.
A questão de ele estar sentado com um grupo, levantar e se dirigir para um outro grupo. Ele deu dez passos, veio uma bomba e matou todo mundo que tava sentado... ele falou, por que Deus me tirou daqui?! Os caras falaram, você está vivo, você está vivo... não sobrou ninguém de onde ele estava - disse. A volta para casa foi emocionante. Em casa, Geninho pôde voltar a vestir as cores do Botafogo e, no futebol, também venceu: fez parte do ataque campeão carioca de 1948, que quebrou um jejum alvinegro de 13 anos sem títulos.

Homenagens:
Homenagem  do Esporte Clube Corinthians Paulista a Força Expedicionária Brasileira

São Paulo F.C - Homenagem a Força Expedicionária Brasileira
Ilustração criada pelo atelier Sylvio para a Revista Arakan (então revista do SPFC nos anos 40)
Clube de Regatas Vasco da Gama
Outro capítulo pouco conhecido, mas importantíssimo na história do Vasco refere-se à existência de um órgão civil-militar no interior da sede administrativa, era a Escola de Instrução Militar no 307. Este órgão, que funcionou de 1928 a 1945, configurado em departamento pelo clube, fornecia aos formandos o título de reservista de 2º categoria, assim, os jovens sócios vascaínos poderiam cumprir o dever patriótico de servir à Nação em um local que possuíam forte identificação. Alguns desses reservistas tonaram-se cabos e sargentos, e serviram ao Brasil na Segunda Guerra Mundial por intermédio da Força Expedicionária Brasileira.
Grêmio Sargento Expedicionário Geraldo Santana

O Geraldo Santana foi fundado no dia 12 de fevereiro de 1947, com o nome de Grêmio Esportivo Serviço de Transmissões Regional.
No dia 11 de janeiro de 1948, o clube passou a ser denominado Grêmio Sargento ExpedicionárioGeraldo Santana, em homenagem ao radiotelegrafista do Quadro de Radiotelegrafistas do Exército (QRE),sargento Geraldo Sant'Ana, que faleceu durante a Segunda Guerra Mundial, na Itália, em março de 1945.
Em 11 de janeiro de 1 948, já devidamente estruturado, o Grêmio Esportivo S.T.R. passou a funcionar sob a denominação de Grêmio Sargento Expedicionário Geraldo Santana, numa homenagem à memória do radiotelegrafista do QRE, morto durante a Segunda Guerra Mundial, na Itália. A proposta da nova denominação foi apresentada oficialmente pelo associado Luiz Carlos Knapp e aprovada, em Assembléia Geral, pela maioria dos participantes.

Agradeço se tiverem mais informações de outros jogadores brasileiros que lutaram na Segunda Guerra,obrigado.

Créditos de imagens e informações para a criação do texto: 
Geraldo Santana-Sua história sua gente
SPFCépedia
Diário do Nordeste
Almanaque do Cruzeiro
WWW.Futebolretro,NET
Ao Vasco Tudo
Terceiro Tempo
Revista Placar, Revista Esporte Ilustrado, Revista do Esporte, Revista O Cruzeiro datafogo.blogspot.com.br,radiobotafogo.com.brmuseudosesportes.blogspot.com.br,marretapopular.blogspot.com.br (Ronald Alzuguir),stadiumvarginhense.blogspot.com.br, Arquivo Público do Estado de São Paulo. Memória Pública – Jornal Última Hora - blog O Futebol sem as fronteiras do tempo (Tardes de Pacaembu).
Cartas Esféricas (foto Flamengo)
Matéria : O Resgate FEB

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