Estes bravos pracinhas de Paraopeba (MG) que, mo dia 22 de setembro de 1944, partiram para Itália na Segunda Guerra Mundial.Os pracinhas paraopebenses, que lutaram nas frentes de batalha, testemunharam o horror e não gostavam de falar sobre a guerra.
Minas Gerais perdeu 66 expedicionários e Paraopeba, infelizmente,viu-se ai incluída com a perda de Américo Fernandes .Convocado para a guerra para junto aos aliados, nos campos de batalha da Itália, ele cumpriu o seu dever de brasileiro e embarcou juntos com outros seis paraopebenses
Agenor da Costa Lima
Geraldo Ribeiro da Veiga
Gustavo Tolentino
José Theodoro Barbosa Júnior
Moacir Fernandes
Lourival Alves
Américo Fernandes,abatido por tiros inimigos em 25/02/45, tombou mortalmente ferido em Monte Castelo.
Identidade 4G-100757, classe 1918.Fez parte do 1º Regimento de Infantária.
Sepultado no cemitério de Pistoia e desde 1960 repousa no Monumento aos Pracinhas no Rio de Janeiro.Os pais do pracinha paraopebense recebeu do Ministro da Guerra a Medalha Cruz de Combate 2º Classe (prata), Medalha Sangue do Brasil e Medalha de Campanha, por um ação de feito excepcional na campanha da Itália.Em sua homenagem uma praça com seu nome em Paraopeba "Praça Expedicionário Fernandes".
Interessante carta do sargento Lourival Alves a Manuel Antônio da Silva, Diretor da "Gazeta de Paraopeba"
Itália, janeiro de 1945
Caro amigo Neném,
É meu desejo que tenha passado um feliz natal, junto da família.
Eu, como combatente, também passei o meu natal regularmente.
O próximo espero passar junto com aos meus, se Deus nos ajudar a vencer esta guerra, ainda nos primeiros meses desse ano.
Agora adeus à boa vida que ai levei durante muito tempo.
Divirto-me aqui com o sibilar dos grandes projeteis, seus arrebentamentos e as rajadas de metralhadoras.Há momentos verdadeiramente críticos, mas por um triz ainda se escapa.
Estamos sempre apreensivos e de quando em quando alguém diz "A cobra está fumando".
Estamos atravessando o inverno.Grossas camadas de neve caem dia e noite.Isto não me aflige porque estamos preparados para enfrentá-lo.Piscinas e leitos de pequenos rios estão congelados.Talvez seja por falta de fregueses para o banho frio.
Felizmente, nada nos fala.O bom chocolate, perus, frangos e doces são levados muitas vezes, sob fortes rajadas de fogos inimigos, para serem distribuídos aos combatentes.
Já temos. aqui, o nosso jornal de circulação, editado pelo nosso pessoal e cujo título é:"Cruzeiro do Sul".
Recebemos dai, de quando e quando, o "O Globo Esportivo" e ultimamente a "Gazeta de Paraopeba"que o bom amigo me envia.Assim, estamos sempre a par de algumas notícias dai, como também dos outros pontos do nosso querido Brasil.
Até hoje só recebi carta de Tia Cota.
Um abraço á Tuta e filhos.
Do Amigo, Lourival Alves.
Publicado na "Gazeta de Paraopeba" em 25.02.1945
Fotos dos pracinhas paraopebenses.
O único paraopebense vivo que participou da Segunda Guera e Gustavo Tolentino.Como seus companheiros, também ficou com sequelas psicológicas por ter participado das frentes de batalha.Reside em Belo Horizonte.
Pesquisa do "Jornal de Paraopeba"de maios de 2015, nº 280.
O Resgate FEB (Henrique Moura)
Minas Gerais perdeu 66 expedicionários e Paraopeba, infelizmente,viu-se ai incluída com a perda de Américo Fernandes .Convocado para a guerra para junto aos aliados, nos campos de batalha da Itália, ele cumpriu o seu dever de brasileiro e embarcou juntos com outros seis paraopebenses
Agenor da Costa Lima
Geraldo Ribeiro da Veiga
Gustavo Tolentino
José Theodoro Barbosa Júnior
Moacir Fernandes
Lourival Alves
Américo Fernandes,abatido por tiros inimigos em 25/02/45, tombou mortalmente ferido em Monte Castelo.
Identidade 4G-100757, classe 1918.Fez parte do 1º Regimento de Infantária.
Sepultado no cemitério de Pistoia e desde 1960 repousa no Monumento aos Pracinhas no Rio de Janeiro.Os pais do pracinha paraopebense recebeu do Ministro da Guerra a Medalha Cruz de Combate 2º Classe (prata), Medalha Sangue do Brasil e Medalha de Campanha, por um ação de feito excepcional na campanha da Itália.Em sua homenagem uma praça com seu nome em Paraopeba "Praça Expedicionário Fernandes".
Interessante carta do sargento Lourival Alves a Manuel Antônio da Silva, Diretor da "Gazeta de Paraopeba"
Itália, janeiro de 1945
Caro amigo Neném,
É meu desejo que tenha passado um feliz natal, junto da família.
Eu, como combatente, também passei o meu natal regularmente.
O próximo espero passar junto com aos meus, se Deus nos ajudar a vencer esta guerra, ainda nos primeiros meses desse ano.
Agora adeus à boa vida que ai levei durante muito tempo.
Divirto-me aqui com o sibilar dos grandes projeteis, seus arrebentamentos e as rajadas de metralhadoras.Há momentos verdadeiramente críticos, mas por um triz ainda se escapa.
Estamos sempre apreensivos e de quando em quando alguém diz "A cobra está fumando".
Estamos atravessando o inverno.Grossas camadas de neve caem dia e noite.Isto não me aflige porque estamos preparados para enfrentá-lo.Piscinas e leitos de pequenos rios estão congelados.Talvez seja por falta de fregueses para o banho frio.
Felizmente, nada nos fala.O bom chocolate, perus, frangos e doces são levados muitas vezes, sob fortes rajadas de fogos inimigos, para serem distribuídos aos combatentes.
Já temos. aqui, o nosso jornal de circulação, editado pelo nosso pessoal e cujo título é:"Cruzeiro do Sul".
Recebemos dai, de quando e quando, o "O Globo Esportivo" e ultimamente a "Gazeta de Paraopeba"que o bom amigo me envia.Assim, estamos sempre a par de algumas notícias dai, como também dos outros pontos do nosso querido Brasil.
Até hoje só recebi carta de Tia Cota.
Um abraço á Tuta e filhos.
Do Amigo, Lourival Alves.
Publicado na "Gazeta de Paraopeba" em 25.02.1945
Fotos dos pracinhas paraopebenses.
(clique na foto para ampliar) |
Pesquisa do "Jornal de Paraopeba"de maios de 2015, nº 280.
O Resgate FEB (Henrique Moura)