Brasil ajudou a pôr fim a segregação racial no exército dos EUA.
Negros e brancos lutaram lado a lado na FEB, o mesmo não ocorreu no exército dos Estados Unidos que mantinham separados brancos e negros.Uma das unidades negras americanas 92º Divisão que lutou ao lado dos brasileiros na Itália.Seus oficiais superiores eram todos brancos, "os americanos diziam que nossos negros eram diferentes, que os deles não eram bons" conta o General Octávio Costa.
Uma de suas marcas era não segregar racialmente seus soldados, o que não significava a ausência de racismo individual. “A irrestrita camaradagem entre brasileiros de diversas etnias chamou a atenção de correspondentes dos jornais americanos que eram ligados aos movimentos dos direitos civis. Havia nos EUA a chamada campanha do double V, a vitória no front da guerra e no dos direitos civis em casa. Já que soldados negros estavam arriscando suas vidas em combates, a campanha pregava ser inadmissível que eles não desfrutassem de direitos de cidadania em seu país”, observa César Campiani Maximiano. Um jornalista americano, fascinado ao avistar brasileiros, brancos e negros, juntos num café, pediu a um grupo de pracinhas que definisse o seu Exército. “Só existe um Exército brasileiro e ele é composto de brasileiros”, foi a resposta. Num encontro entre soldados brasileiros e americanos, os últimos perguntaram aos febianos se os “negri brasiliani sono buoni”. O brasileiro respondeu que eram todos excelentes companheiros, ao que os americanos retrucaram: “Negri americani non buoni”. “Nada chocou mais os soldados brasileiros do que essas mostras de racismo. É certo que as notícias sobre a FEB revigoraram o questionamento do sistema de segregação da sociedade americana e deram um impulso adicional ao movimento negro dos EUA”, diz César. Antes de um desfile de tropas, Zenóbio da Costa teria emitido uma determinação de isolar ou retirar os expedicionários negros das colunas, ordem que foi amplamente ignorada pelos oficiais da FEB.
No livro " Barbudos, sujos e fatigados" o historiador César Campiani Maximiano mostra que o bom exemplo brasileiro repercutiu em jornais dos EUA que lutavam por direitos civis dos negros. Logo depois o Presidente Henry Truman aboliu o segregacionismo no exército americano, mandando tropas mistas a Guerra da Coreia (1950-1953).
Negros e brancos lutaram lado a lado na FEB, o mesmo não ocorreu no exército dos Estados Unidos que mantinham separados brancos e negros.Uma das unidades negras americanas 92º Divisão que lutou ao lado dos brasileiros na Itália.Seus oficiais superiores eram todos brancos, "os americanos diziam que nossos negros eram diferentes, que os deles não eram bons" conta o General Octávio Costa.
Uma de suas marcas era não segregar racialmente seus soldados, o que não significava a ausência de racismo individual. “A irrestrita camaradagem entre brasileiros de diversas etnias chamou a atenção de correspondentes dos jornais americanos que eram ligados aos movimentos dos direitos civis. Havia nos EUA a chamada campanha do double V, a vitória no front da guerra e no dos direitos civis em casa. Já que soldados negros estavam arriscando suas vidas em combates, a campanha pregava ser inadmissível que eles não desfrutassem de direitos de cidadania em seu país”, observa César Campiani Maximiano. Um jornalista americano, fascinado ao avistar brasileiros, brancos e negros, juntos num café, pediu a um grupo de pracinhas que definisse o seu Exército. “Só existe um Exército brasileiro e ele é composto de brasileiros”, foi a resposta. Num encontro entre soldados brasileiros e americanos, os últimos perguntaram aos febianos se os “negri brasiliani sono buoni”. O brasileiro respondeu que eram todos excelentes companheiros, ao que os americanos retrucaram: “Negri americani non buoni”. “Nada chocou mais os soldados brasileiros do que essas mostras de racismo. É certo que as notícias sobre a FEB revigoraram o questionamento do sistema de segregação da sociedade americana e deram um impulso adicional ao movimento negro dos EUA”, diz César. Antes de um desfile de tropas, Zenóbio da Costa teria emitido uma determinação de isolar ou retirar os expedicionários negros das colunas, ordem que foi amplamente ignorada pelos oficiais da FEB.
A FEB parte para a Itália e soldados se despedem de suas famílias, em foto de abril de 1944 |
Membros da artilharia da FEB |
Tomada de Montese |
Pracinha Francisco de Paula Pesquisa o Informante Força Terrestre Ilustração Henrique Moura |