Edmundo Trench. Combatente da Força Expedicionária Brasileira na Itália, Segunda Guerra Mundial. Integrante do 1º Batalhão do 11º Regimento de Infantaria e membro da Companhia de Petrechos Pesados (CPPI), encarregado do uso de metralhadoras pesadas, de calibre ponto 50 e morteiros de 81 milímetros, sob o comando do Coronel de Infantaria Delmiro Pereira de Andrade.
Nasceu em Avaré, São Paulo, em 06 de fevereiro de 1919. Em 1941, aos 22 anos, após alistamento para o serviço militar, foi convocado pelo Exército Brasileiro e em dezembro do mesmo ano, incorporado ao 3º Batalhão do 4º Regimento de Infantaria, 2ª Divisão do Exército, no Parque D. Pedro II, em São Paulo. |
Antes do embarque para a Itália, com um amigo em São Paulo |
Em julho de 1942, esse grupamento teve sua denominação alterada para 38º Batalhão de Caçadores. Em setembro de 1944, foi incorporado à FEB e transferido para o Depósito de Pessoal da mesma, na Vila Militar no Rio de Janeiro, ficando à disposição para o envio à Itália, para integrar-se à 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária (1ªDIE), 4º Corpo de Exército Americano, um dos braços do V Exército Americano. |
Com amigos ainda em São Paulo |
O embarque ocorreu em 23 de novembro de 1944, no Porto do Rio de Janeiro, no navio-transporte, o transatlântico de guerra USS General M.C. Meigs, comboiado por três belonaves (dois destroyers e um caça-minas) e um dirigível, compondo o 4º escalão do contingente da FEB, com 4.691 homens. |
Com os colegas de combate |
Ele esteve seu batismo de fogo em 06 de fevereiro de 1945, dia de seu aniversário. Lutou em Monte Castelo (La Serra) e Montese. Voltou ao Brasil em 17 de setembro de 1945. Foi indicado para receber a medalha de broze (Bronze Star) dos Estados Unidos, mas por motivos até hoje desconhecidos, a honraria nunca foi dada. Foi elogiado pelo comandante por fazer com que a Companhia “tivesse sempre as suas linhas de telefonia em perfeita condição”. "Durante toda a campanha desenvolveu o máximo de esforços para que a Cia. tivesse sempre as suas linhas de telefonia em perfeita condição. Foi superior ao tempo ingrato, venceu o terreno difícil e corajosamente afrontou os bombardeios inimigos. É um verdadeiro soldado!", diz trecho da folha de alterações assinada pelo comandante dele.
De volta à cidade natal, dedicou-se a cuidar do sítio que lhe coube como herança, na Fazenda Água da Onça, em Avaré. Conheceu a esposa, professora Zilda Nogueira de Freitas Trench, com quem se casou em dezembro de 1946. |
Manuseando a ponto 50 |
Do casamento nasceram Maria Olívia de Freitas Trench Espíndola e Maria Olympia de Freitas Trench Sestari. Teve ainda três netas e quatro bisnetos. |
Com os combatentes na Itália |
Depois da guerra trabalhou no entreposto da Cagesp, depois Ceagesp, em Avaré, onde se aposentou em cargo de chefia. Não dependeu de proventos nem aposentadoria do Exército. Foi-lhe outorgada a Medalha de Campanha por ter participado de operações de guerra. Faleceu em 13 de junho de 2011 aos 92 anos de idade. |
Pierina, uma partigiana da Resistência com quem ele teve um romance nos dias de guerra. |
Ficha de alterações com elogios e recomendações de medalha (Bronze Star), a qual nunca chegou..
Fotos de família: com o depoimento de Maria Olívia de Freitas Trench Espíndola, filha do Expedicionário da FEB Edmundo Trench, de Avaré/SP.
O Resgate FEB