Vários profissionais de renome da medicina brasileira serviram na Itália durante a guerra. Um dos maiores expoentes da época foi Alipio Corrêa Neto.
Durante a campanha da Itália, um cirurgião brasileiro adquiriu notoriedade pela extrema destreza e habilidade com que operava feridos: era o professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo Alipio Corrêa Neto, que serviu na FEB como voluntário com o posto de major. Doutor Alipio ganhou fama, e médicos de todas nacionalidades procuravam presenciar sua atuação nas cirurgias. Vários casos de extrema gravidade foram empenhados a Alipio em virtude do respeito que granjeava entre seus pares.
Nascido em Cataguazes, MG, em 1898, Alipio era veterano da Revolução Constitucionalista de 1932, quando atuou também na cirurgia de feridos.
Durante a Segunda Guerra, chefiou a Seção Brasileira do 32nd Field Hospital, localizado em Valdibura, setor considerado como parte da linha de frente.
Operou igualmente feridos brasileiros, americanos, italianos, civis e prisioneiros alemães. Foi condecorado com a Bronze Star pelo General Mark Clark, pelos meritórios serviços prestados.
É um dos fundadores da Escola Paulista de Medicina e, nos anos 50, foi Reitor da Universidade de São Paulo.
Publicou, em 1983, seu diário de campanha, intitulado "Notas de Um Expedicionário Médico". Faleceu em São Paulo, em 1988.
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