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FILME AMERICANO SOBRE A FEB 1944
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Imagens da FEB - HD
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Suspensório F.E.B
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Índios brasileiros da etnia Terena lutaram na Campanha da Itália
Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, em 1943, vários índios Terenas foram convocados para incorporar no 9º B E Cmb, unidade em que alguns já haviam prestado o serviço militar inicial. Após exames médicos, foram convocados:
Aurélio Jorge, Dionísio Lulu, Leão Vicente,
Irineu Mamede, Honorato Rondon, Antônio Avelino da
Silva, Pedro Belizário Pereira, Natalino Cardoso e Irineu
Mamede, todos da Aldeia Bananal
Venceslau Ribeiro, de
Nioaque; Olímpio de Miranda; Rafael Dias, da Aldeia Limão
Verde
Otávio, índio Kadiwéu; e Antônio da Silva, Dionísio
Dulce e Leão Vicente, da Aldeia Água Branca
Outros dois índios Kinikinao, da Aldeia de Lalima, foram mortos e não identificados até então.
Algumas dessas informações sobre etnias ainda estão em checagem no Arquivo Histórico do Exercito.Os índios convocados passaram um ano em intenso treinamento em Aquidauana e depois foram transferidos para a cidade de Entre-Rios (MG), onde ficaram quatro meses acantonados, realizando treinamentos de marchas, tiro, travessia de curso d’água, desmontagem e montagem de armas, construção de pontes e desativação de minas.
Tiveram de se adaptar como soldados e índios às intempéries do tempo (neve) e às novas condições de luta em território europeu. Eram sagazes e bastante eficientes, montavam seu
acampamento em fração de segundos e sabiam preparar o fogo e a própria comida.
Antes de partirem para a guerra, os Terenas fizeram o ritual da “pajelança”, ou seja, invocaram “o xamã”, o protetor, o guia que faz previsão sobre onde está o inimigo e protege seus invocadores. Todos os Terenas que foram para a Itália voltaram com sequelas, mas vivos e com testemunho do que viram e viveram.Os comandantes do 9º B E Cmb sempre apoiaram os seus ex-combatentes e, no óbito de um desses guerreiros, realizaram honras fúnebres.
Aurélio Jorge, Dionísio Lulu, Leão Vicente,
Irineu Mamede, Honorato Rondon, Antônio Avelino da
Silva, Pedro Belizário Pereira, Natalino Cardoso e Irineu
Mamede, todos da Aldeia Bananal
Venceslau Ribeiro, de
Nioaque; Olímpio de Miranda; Rafael Dias, da Aldeia Limão
Verde
Otávio, índio Kadiwéu; e Antônio da Silva, Dionísio
Dulce e Leão Vicente, da Aldeia Água Branca
Outros dois índios Kinikinao, da Aldeia de Lalima, foram mortos e não identificados até então.
Algumas dessas informações sobre etnias ainda estão em checagem no Arquivo Histórico do Exercito.Os índios convocados passaram um ano em intenso treinamento em Aquidauana e depois foram transferidos para a cidade de Entre-Rios (MG), onde ficaram quatro meses acantonados, realizando treinamentos de marchas, tiro, travessia de curso d’água, desmontagem e montagem de armas, construção de pontes e desativação de minas.
Tiveram de se adaptar como soldados e índios às intempéries do tempo (neve) e às novas condições de luta em território europeu. Eram sagazes e bastante eficientes, montavam seu
acampamento em fração de segundos e sabiam preparar o fogo e a própria comida.
Antes de partirem para a guerra, os Terenas fizeram o ritual da “pajelança”, ou seja, invocaram “o xamã”, o protetor, o guia que faz previsão sobre onde está o inimigo e protege seus invocadores. Todos os Terenas que foram para a Itália voltaram com sequelas, mas vivos e com testemunho do que viram e viveram.Os comandantes do 9º B E Cmb sempre apoiaram os seus ex-combatentes e, no óbito de um desses guerreiros, realizaram honras fúnebres.
V u c Á P a n a V o !
“adiante, avante ou para frente”!
Esse era o brado dos combatentes quando acuados em uma batalha e em busca de forças para continuar lutando. É um grito de guerra, uma senha usada para elevar o moral.
Muitos dos soldados Terenas que lutaram na Itália
utilizaram esse chavão para superar as intempéries da guerra.
Esse era o brado dos combatentes quando acuados em uma batalha e em busca de forças para continuar lutando. É um grito de guerra, uma senha usada para elevar o moral.
Muitos dos soldados Terenas que lutaram na Itália
utilizaram esse chavão para superar as intempéries da guerra.
Índios brasileiros da etnia Terena lutaram na Campanha da Itália na Segunda Guerra Mundial Pesquisa: Museu da FEB de Belo Horizonte -ANVFEB-BH. Revista Verde Oliva Arquiaurana online O Resgate FEB |
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Folheto de guerra FRONTPOST (AUSGABE-SUD)
Em quase todos os conflitos militares, há uma guerra de palavras. As palavras podem ser divulgados através de diferentes meios de comunicação.Eles podem ser falado, por exemplo, via rádio, alto-falante, ou mesmo pela comunicação boca-a-boca, como notícias e rumores ou folhetos de guerra.
Folheto de guerra
Folhetos, folhas de papel, eram lançados ao longo de quase todo campo de batalha e área de conflito.O seu objectivo? Para plantar sementes de dúvida e jogar com os medos nas mentes dos soldados inimigos e civis, deprimindo seu espírito e enfraquecer seu animo para a luta, simultaneamente, dinamizar a moral e manter o apoio de amigos e aliados.
Desde o início da Segunda Guerra Mundial, inimigos populações civis foram submetidos a uma enxurrada de panfletos de propaganda que abrangem uma grande variedade de tópicos.
FRONTPOST
Panfletos aliados eram lançados do canhão 105 mm usadas para atirar panfletos para soldados nazistas sobre o território alemão ou áreas ocupadas."Frontpost", uma publicação impressa em idioma alemão.O 5º Exército na Itália tinha acrescentado o subtítulo Ausgabe Süd (sul Edition) para Frontpost, continuando a publicação até que o conflito no teatro italiano tinha terminado, no final de abril 1945.
(clique na foto para ampliar) |
Espalhado as tropas alemãs na Itália, impresso na língua alemã Frontpost numero 88 de 8 de dezembro de 1944.
Muitas vezes, estes folhetos chegavam nas condições mostrada.(foto)
Fortemente queimada, como resultado das forças extremas aplicada sobre ele quando estes eram lançados de canhão.
(acervo O Resgate FEB)
Pesquisa:
Palavras em guerra - Folhetos e Jornais na Segunda Guerra Mundial
Dr Rod Oakland
Matéria: O Resgate FEB
Pesquisa:
Palavras em guerra - Folhetos e Jornais na Segunda Guerra Mundial
Dr Rod Oakland
Matéria: O Resgate FEB
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Marechal Olympio Falconière da Cunha - F.E.B
O General Falconière (a direita) recebendo a rendição da 148ª Divisão de Infantaria alemã |
Nascido em 19 de junho de 1891, em Itajaí, Santa Catarina.
Assentou praça como cadete, em 09 de março de 1912, já com 21 anos de idade, sendo declarado aspirante a oficial em 02 de janeiro de 1915, 2º Tenente em 19 de outubro de 1916, 1º Tenente em 09 de janeiro de 1921, Capitão em 06 de outubro de 1927, Major em 10 de fevereiro de 1933 por merecimento, Tenente-Coronel em 07 de setembro de 1937 por merecimento, Coronel em 24 de maio de 1940 por merecimento, General-de-Brigada em 29 de julho de 1943, General-de-Divisão em 25 de setembro de 1948 e, finalmente, General-de-Exército em 22 de março de 1955.
Sua inclusão nos quadros da Força Expedicionária Brasileira (FEB) foi inesperada e fora da organização Divisionária do tipo americano, que só comportava três generais: o Comandante da Divisão e os Comandantes das Armas. O Comandante da Infantaria acumulava as funções de Sub-Comandante da Divisão. Não Havia portanto, um comando especifico para outro oficial-general.
Entretanto, o General Falconière foi designado para integrar a FEB no dia 17 de julho de 1944. O 1º Escalão já se encontrava na Itália desde o dia 16, sob o Comando do General Mascarenhas de Moraes. Falconière permaneceu no Rio de Janeiro, ao lado do General Cordeiro de Farias que comandasse o 2º Escalão, aguardando designação de funções, pelo Gen Comandante da FEB.
Guardava-se um certo mistério, em torno dessa designação para a FEB. Chefe dinâmico, inteligente e culto, muito rigoroso, principalmente no campo administrativo, Falconière não era homem para ficar de braços cruzados, sem uma responsabilidade definida. Originário da Infantaria amava sua Arma de origem.
Quando da partida do grosso da FEB para a Itália em 22 de setembro de 1944, Falconière comandou o 3º Escalão, juntamente com o 2º Escalão, comandado pelo General Cordeiro de Farias, no mesmo comboio, que chegou à Nápoles em 05 de outubro de 1944.
Tal como se esperava, Falconière ficou sobrando. O General Zenóbio, verificando que não havia cargo para o outro general, ficou com a pulga atrás da orelha. Não admitia, de forma alguma, ceder o seu lugar ao General Falconière. Ademais, Zenóbio vinha de demonstrar a melhor capacidade de comando, ao dirigir as operações do 1º Escalão, alcançando magníficas vitórias.
Falconière era amigo intimo de Cordeiro, a quem se devia a sua indicação e designação para a FEB. Cordeiro de Farias se tivesse possibilidade de obter a troca de Zenóbio por Falconière, não vacilaria um só instante.
Mas o General Mascarenhas de Moraes solucionou o problema sem dificuldade. Era preciso criar um comando de órgãos de retaguarda que reunisse todos os órgãos subsidiários, hospitais, judiciário, transporte, etc., e providenciasse toda a dinâmica das operações da retaguarda, isto é, dos órgãos escalonados até Nápoles, que era o ponto de contato com a corrente que vinha do Brasil. Órgãos dispersos em toda a Itália, que não podiam ser controlados pelo Estado-Maior de operações. Assim designado como chefe e comandante dos órgãos de retaguarda, Falconière passou a ter sua sede, seu Posto de Comando na cidade de Montecattini, ao sul do rio Arno.
Embora aparentemente simples, surgiam constantes complicações, não somente com as organizações e comando militares estrangeiros, como com os próprios brasileiros. O Correio Regulador, os órgãos de abastecimento, órgãos transportadores. Órgãos de hospitalização, remuniciamento, todos, constituíam uma pesada retaguarda.
O deposito de Pessoal da FEB, com cerca de 10.000 homens, dava intenso trabalho ao General Falconière, porque tinha uma certa dependência do Comando do 5º Exército, que lhe fornecia, diariamente os meios de vida e de preparação técnica, inclusive oficiais instrutores, armas e munições para o adestramento.
Ao encerrar-se a campanha da Itália, o General Mascarenhas de Moraes apreciou a colaboração do General Olympio Falconière da Cunha nos seguintes termos:
"A maneira feliz por que o General Olympio Falconière da Cunha se desincumbiu das suas funções de Comandante dos órgãos não Divisionários da 1ª DIE, serviu para confirmar o elevado conceito que goza no seio do Exército e permitir que sua figura de chefe honesto e dedicado fosse cercado de merecido prestígio pelo Comando Americano no Teatro de Operações da Itália.
Sua personalidade austera e enérgica foi uma garantia para o acatamento das ordens do Comando e para a disciplina em nossos órgãos da retaguarda, sempre um sério problema para os Exércitos em lutas. E, graças à sua ação, todas as situações difíceis sempre foram satisfatoriamente solucionadas.
As nossas brilhantes vitórias tiveram, do General Falconière, uma oportuna colaboração, pelo modo rápido e objetivo como foi feito o recompletamento do pessoal. O caráter prático dado à instrução do Depósito, com sua sábia e segura assistência, fez com que as substituições na frente não encontrassem solução de continuidade na eficiência combativa das tropas. E, assim, pode o Comando empregar sempre os seus meios em toda a plenitude de suas próprias possibilidades técnicas e físicas e, na ofensiva da primavera, perseguir o inimigo tenaz e fortemente e impor-lhe uma derrota total, com a rendição incondicional da famosa 148ª Divisão Alemã.
Nos últimos dias de campanha, exerceu ainda importante ação de comando, com a organização de um Destacamento que ocupou Tortona, Voghna e Castelnuovo, acionando, então, suas Unidades com presteza e critério e pondo à prova, mais uma vez, os seus reconhecidos e admirados dotes profissionais.
O apoio moral que recebi, em toda a fase da campanha, da pessoa de General Falconière, diz bem do seu caráter franco, leal e respeitador para com o Chefe, e da elevada formação do seu espírito militar. Apontando o nome do General Falconière ao Governo para a promoção ao mais alto posto da hierarquia militar, faço-o convencido de que o seu acesso virá premiar um digno chefe que muito fez para que o Brasil e o Exército gozassem, hoje, de um merecido prestígio que muito honram e enobrecem a Força Expedicionária Brasileira."
(a) Gen Div J. B. Mascarenhas de Moraes - Comandante da FEB
Como se vê, as atividades do General Falconière, no seu Posto de Comando de retaguarda, apesar de nunca ter se aproximado do “front”, nem participado de qualquer jornada de combate, mereceram as entusiásticas expressões traduzidas nesse louvor do Comandante da FEB. De qualquer forma, ele foi um chefe dotado de grande capacidade de comando, ao longo de toda a sua brilhante carreira militar.
Elevado ao Posto de Marechal, Olympio Falconière da Cunha encerrou sua brilhante carreira, vindo a falecer em 11 de agosto de 1967 no Rio de Janeiro.
Fonte: ANVFEB
Blog História Militar
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Flamula Associação dos Ex Combatentes do Brasil - Seção Santa Maria - RS
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Expedicionário OSWALDO KANZLER
OSWALDO KANZLER (1918 – 1976) Foto do Museu da Paz |
Pelo que consta, já tinha servido o exército e por isso não foi convocado para guerra, mas foi como voluntário no lugar de seu irmão Willy Kanzler que já estava casado.
Tudo indica que Osvaldo Kanzler embarcou no Rio de Janeiro dia 22 de setembro de 1944 no navio USS General Meigs.
O dia em que voltou para casa é lembrado por Invaldo Kanzler (sobrinho, que na época era pequeno) que morava perto e se encontrava na casa naquele dia quando o Sr. João Lúcio da Costa chegou trazendo de volta pra casa o Oswaldo Kanzler. Ele lembra da ôma espiando na janela ao perceber um carro chegando em sua casa. Ela não imaginava quem estaria chegando, e sua felicidade foi imensa. Assim também descreve o sr. Werner, irmão de Osvaldo. Todos ficaram felizes com a volta dele. Depois da chegada, Osvaldo Kanzler, se recolheu e ficou uma semana sem falar com ninguém e tendo delírios e mal estar. Foi difícil a reintegração social depois de tudo que viveu nos campos de batalha. Com certeza queria apagar de sua memória todo terror que vivenciou, mas as pessoas queriam saber o que aconteceu na guerra, pois as notícias que chegavam eram muito poucas e as cartas que escreviam não descreviam a realidade, pois eram censuradas, e só podia dizer que estavam bem. Foram tempos difíceis.
O dia em que voltou para casa é lembrado por Invaldo Kanzler (sobrinho, que na época era pequeno) que morava perto e se encontrava na casa naquele dia quando o Sr. João Lúcio da Costa chegou trazendo de volta pra casa o Oswaldo Kanzler. Ele lembra da ôma espiando na janela ao perceber um carro chegando em sua casa. Ela não imaginava quem estaria chegando, e sua felicidade foi imensa. Assim também descreve o sr. Werner, irmão de Osvaldo. Todos ficaram felizes com a volta dele.
Logo que chegou da guerra, casou-se com Olga Demarchi que esperava por ele.
Oswaldo Kanzler não falava sobre a guerra com a família. Esse era um assunto proibido, ele não gostava de falar sobre isso pois ficava muito nervoso. D. Olga não teve uma vida fácil, por causa das consequências que a guerra deixou na vida desse bravo soldado. O álcool e o jogo tornaram-se constante o que lhe trouxe algumas perdas. Tudo que era relacionado com a guerra era odiado por ele. Hoje é possível compreender melhor, graças as informações que são disponíveis sobre o assunto. Falar do que ele viu e viveu na Itália, era reviver o horror daqueles momentos de batalha, onde resumindo era "matar ou morrer". Oswaldo faleceu em 08.03.1976, com 58 anos
Fonte
Blog:Histórico da família KANZLER
O Resgate FEB.
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Pulseira italiana do 5º exercito americano
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MUSEU DA FEB - GUARDIÃO DA HISTÓRIA - Campo Grande - MS
Inaugurado em 1995, a capital de Mato Grosso do Sul conta com um espaço criado com a finalidade de rememorar, resgatar e perpetuar a história FEB durante a Segunda Guerra Mundial.O Museu conta com um vasto acervo doado por ex-combatentes e seus familiares.localizado na Av Afonso Pena, nº 2270-Centro, Campo Grande - MS. Horário de funcionamento e de segunda a quinta das 9h às11h e das 14h às 16h. Na sexta das 8h às 16 h.a entrada e franca.Informações:Tel: 67 3384848
Itens diversos
Distintivos alemães
Medalhas e distintivos
Quadro de armas
Fotografias da FEB na Itália.
Fachada do museu
Itens diversos
Distintivos alemães
Medalhas e distintivos
Quadro de armas
Fotografias da FEB na Itália.
Fachada do museu
Blog O Resgate FEB |
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Tedeschi, Andare Via
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MONTESE - A Hora Final
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Pin de lapela FEB
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Talheres utilizados pela F.E.B
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O pracinha de Montese
Muito interessante esta matéria do amigo Ricardo Moojen Nácul publicado no facebook: História Militar e Militaria Brasileira (HMMB).
"Achei na internet uma imagem do momento que foram retirados os ossos do último soldado brasileiro da FEB localizado na Itália. O soldado de pé e testemunha deste ato era o Subten/R1 Miguel Pereira, nosso eterno guardião de Pistóia. Este soldado, que não foi possível identificar, esta enterrado no santuário Monumento Votivo Militare Brasiliano di Pistoia com o título de”Soldado Desconhecido”.
Pesquisei mais a fundo e achei um trabalho - A “magia” do soldado desconhecido: rituais fúnebres militares - de Adriane Piovezan que explica tudo, e agora divido com vocês"(Ricardo Moojen Nácul )
"Achei na internet uma imagem do momento que foram retirados os ossos do último soldado brasileiro da FEB localizado na Itália. O soldado de pé e testemunha deste ato era o Subten/R1 Miguel Pereira, nosso eterno guardião de Pistóia. Este soldado, que não foi possível identificar, esta enterrado no santuário Monumento Votivo Militare Brasiliano di Pistoia com o título de”Soldado Desconhecido”.
Pesquisei mais a fundo e achei um trabalho - A “magia” do soldado desconhecido: rituais fúnebres militares - de Adriane Piovezan que explica tudo, e agora divido com vocês"(Ricardo Moojen Nácul )
"De acordo com os relatos consultados, sua origem remonta à inauguração do Monumento Votivo em 7 de junho de 1966.Na ocasião da inauguração do Monumento, o prefeito fez saber às autoridades brasileiras da existência de uma antiga sepultura próxima ao centro da cidade de Montese, na qual civis italianos teriam enterrado um soldado brasileiro, morto no decorrer da batalha pela posse daquela localidade em meados de abril de 1945.
A Embaixada Brasileira em Roma organizou então as atividades de exumação e recuperação do corpo, provavelmente usando seu próprio pessoal, além de meios materiais e humanos contratados. Tratava-se de um contexto no qual havia tempos não eram mais encontrados corpos de brasileiros. Os que foram localizados, já haviam há anos sido transferidos para o Cemitério Militar Brasileiro em Pistoia e, de lá, transladados em 1960 ao Rio de Janeiro, a fim de serem reunidos no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial naquela cidade. Seria de se esperar que esse corpo tivesse o mesmo destino, uma vez que com a conversão do antigo Cemitério em Monumento o local já não exercia qualquer função cemiterial. Contudo, a destinação final do corpo deveria ser, necessariamente, precedida pela sua identificação.
Os trabalhos se iniciaram a 3 de maio de 1967, com a remoção de árvores e de uma camada de terra de cinco metros de profundidade, a qual cobria o túmulo. Todo processo foi acompanhado por um grande número de moradores locais que a tudo assistiam.
No Cemitério de Montese, o Subtenente Miguel Pereira, da reserva do Exército, identifica e recolhe à urna os restos mortais do “pracinha”, que permaneceu sepultado 22 anos numa ribanceira na orla de Montese. Os “velhos” da cidade, que assistiram ao combate de 14/04/1945, guardaram silenciosamente a sua sepultura, até entrega-lo ao Brasil em 23 de maio de 1965. Foi a Força Expedicionária Brasileira (I/11 RI – Batalhão Carvalho Lisboa) que libertou a Cidade de Montese, naquela jornada, de quatro anos de ocupação alemã.
É de se notar que a legenda (foto em enxo) estabelece uma ligação entre aquele morto e a população da cidade ao afirmar que os “velhos” da cidade, que assistiram ao combate de 14/04/1945, “guardaram silenciosamente” a sua sepultura, até entrega-lo ao Brasil em 23 de maio de 1965. O que se percebe claramente é a forma pela qual o enterramento desse soldado pelos civis italianos à época da guerra é descrito. Não foi uma solução de emergência, face às contingências impostas por uma época de extensos e violentos combates. Mas sim o resultado da relação estabelecida entre o combatente brasileiro e aqueles a quem – com o sacrifico da própria vida – ele enfim, libertou do jugo nazista. Também não se considera que se tratava de uma iniciativa isolada ou desprovida de sentido.
O que um conjunto de moradores daquele local buscou – a tomar ao pé da letra essa legenda – foi dar sepultura ao mesmo tempo segura e apropriada (“guardaram silenciosamente”) até que o corpo pudesse ser entregue à Pátria de origem (“até entregalo ao Brasil”). Finalmente, o sentido último da presença dos brasileiros na Campanha da Itália durante a Segunda Guerra Mundial – a libertação da Itália do jugo nazista – é lembrada: “libertou a Cidade de Montese, naquela jornada, de quatro anos de ocupação alemã”.
"No Cemitério de Montese, onde se encontravam recolhidos a uma urna, os restos mortais do “Pracinha de Montese”, desde a exumação em 23/05/1967, realiza-se a entrega ao representante da Embaixada do Brasil, pelo prefeito da Cidade, depois de reconhecida, pelas autoridades italianas a nacionalidade brasileira. A urna, em madeira de lei, com alças de bronze, foi oferecida pelos marceneiros e artífices de Pistoia. Foi transportada para Pistoia, onde foi recebida pelo General Floriano de Lima Brayner, autorizado pelo Presidente da República e pelo Embaixador Dr. Alamo Louzada, para o definitivo sepultamento. Montese e Pistoia, 05/06/1967."
"Na ausência de qualquer identificação, os restos mortais passaram a ser conhecidos como o do “Pracinha de Montese”. É de se notar que, desde a época da guerra, os membros da FEB eram carinhosamente referidos pela população civil brasileira como os “pracinhas”, isto é, o diminutivo de praça, que é a palavra que designa os militares de mais baixa patente, por exclusão, aqueles que não são membros do oficialato. A batalha de Montese foi a mais cara e a mais difícil das travadas pela FEB.
Ao identificar o corpo como associado à localidade, se evoca o sacrifício suportado por todos brasileiros na libertação daquela cidade da ocupação alemã."
"Depois de um ano de pesquisa, o Guardião do Monumento, Miguel Pereira, conseguiu localizar os restos exatamente no local indicado, achando provas que não deixavam dúvidas quanto à nacionalidade dos restos e sim sobre a identidade certa de quem podia ser o corpo, entre os ainda 15 desaparecidos. A decisão de deixá-lo repousar no Monumento, enquanto Desconhecido, e então representando todos os irmãos tombados no cumprimento
do Dever, transformou o local – de fato – num Sacrário."
QUEM ERA:
"E, aos cinco metros de profundidade foi encontrado sob as vistas de inúmeras pessoas, e farta documentação fotográfica.
Reunidos os restos mortais num caixote, foram levados para o Cemitério de Montese, onde eu os revistei minuciosamente, não encontrando a placa de identificação. Na arcada dentária dos maxilares superior e inferior faltavam alguns dentes. No hemitorax esquerdo havia uma ogiva de morteiro, 60 alemão. Através pequenos objetos; botões, fio, foi por mim reconhecido
como brasileiro, ficando a identidade para ser apurada mais tarde. [...] ao mesmo tempo que envidavam-se esforços para se obter a identificação do “Pracinha Desconhecido de Montese”, através das unidades em que servia[...] Dois outros, do III Bat. do 11º R.I., foram encontrados em sepulturas fora dessa área e levados para o Cemitério de Pistoia, devidamente identificados. Um deles, Rubens Galvão, tinha a placa de identidade no pescoço; outro, não a possuía, mas, na mesma sepultura ao lado do corpo estava uma garrafa, e dentro dela um papel em que se lia o nome, Júlio Nicolau o número e a unidade daquele combatente. Quem escreveu nunca se ficou sabendo, pois o autor deve ter ficado com a placa. O terceiro extraviado, publicado no Boletim da Unidade de 16 de abril de 1945, chamava-se Fredolino Chimango, natural de Passo Fundo, Rio Grande do Sul."
"Vinte e dois anos depois, outubro de 1967, 11 horas de uma manhã rebrilhante de sol, na cidade de São João del Rey, na caserna do 11º. RI, na sua praça d´armas, o Regimento todo reunido, em posição de sentido, erético, emocionado, preparava-se para ouvir a evocação do Combate de Montese e, em seguida receber das mãos do antigo Chefe de Estado Maior (Lima Brayner), da Divisão na guerra, uma bela caixa contendo terra de Montese, colhida no local em que esteve inhumado durante 22 anos o Cabo Fredolino Chimango, e que lhe fora enviada pela população da cidade sempre agradecida à unidade brasileira que a libertara dos seus tirânicos ocupantes. Ali estava, presidindo a cerimônia, o Comandante do I Exército. Cabelos grisalhos, pele já apresentando as primeiras marcas da idade, o General de Exército Manoel A. Carvalho Lisboa, o bravo conquistador de Montese. Suportou com serenidade, os olhos embaciados de lágrimas, o impacto da saudade. Os jovens soldados, rígidos e traumatizados, em forma, ouviram as ordens de combate, as manobras e aflições dos pequenos comandos contados pelo célebre Tenente Iporan que foi o primeiro a entrar em Montese, hoje coronel reformado. Ali estava em traje civil, o peito coberto de medalhas. Dois jovens soldados, em meio às emoções, caíram desmaiados. (BRAYNER, 1973: 114)"
"Fora de qualquer dúvida é que o reconhecimento do corpo foi realizado, e embora jamais tenha sido contestado ou refutado, segue sem ser formalizado pela instituição militar. Na ausência de mera autorização, o único corpo ainda sepultado no Monumento Votivo de Pistoia segue cultuado como sendo do Soldado Desconhecido. Correspondentemente à essa linha de ação, o corpo do Cabo Fredolino Chimango segue sendo dado como “não-identificado”, “desaparecido” ou “extraviado”. É o que se lê na inscrição de mármore no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial no Rio de Janeiro (RJ), como pude constatar em diferentes visitas que fiz ao local no decorrer dessa pesquisa. Lima Brayner é bastante enfático ao denunciar esse procedimento, que considera injusto. Segundo ele: Um dia Fredolino voltará, também, para ficar, a sua linda urna, homenagem da cidade de Pistoia, ao lado das outras que já se encontram no Flamengo. E naquele mármore do Salão da Urnas se apagará, para sempre, a triste palavra – “Extraviado” – (sic) que tanto pode significar “desertor” como “prisioneiro”. Ele que todos viram lutando leoninamente... A ele que promoveram por bravura e condecoraram “post mortem” chamaram de “extraviado” só porque não viram onde ele caiu, com um estilhaço de granada no peito? – É uma injustiça. (BRAYNER, 1973:115)".
Fonte: http://www.snh2015.anpuh.org/…/1441910406_ARQUIVO_adriane.p…
A Embaixada Brasileira em Roma organizou então as atividades de exumação e recuperação do corpo, provavelmente usando seu próprio pessoal, além de meios materiais e humanos contratados. Tratava-se de um contexto no qual havia tempos não eram mais encontrados corpos de brasileiros. Os que foram localizados, já haviam há anos sido transferidos para o Cemitério Militar Brasileiro em Pistoia e, de lá, transladados em 1960 ao Rio de Janeiro, a fim de serem reunidos no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial naquela cidade. Seria de se esperar que esse corpo tivesse o mesmo destino, uma vez que com a conversão do antigo Cemitério em Monumento o local já não exercia qualquer função cemiterial. Contudo, a destinação final do corpo deveria ser, necessariamente, precedida pela sua identificação.
Os trabalhos se iniciaram a 3 de maio de 1967, com a remoção de árvores e de uma camada de terra de cinco metros de profundidade, a qual cobria o túmulo. Todo processo foi acompanhado por um grande número de moradores locais que a tudo assistiam.
No Cemitério de Montese, o Subtenente Miguel Pereira, da reserva do Exército, identifica e recolhe à urna os restos mortais do “pracinha”, que permaneceu sepultado 22 anos numa ribanceira na orla de Montese. Os “velhos” da cidade, que assistiram ao combate de 14/04/1945, guardaram silenciosamente a sua sepultura, até entrega-lo ao Brasil em 23 de maio de 1965. Foi a Força Expedicionária Brasileira (I/11 RI – Batalhão Carvalho Lisboa) que libertou a Cidade de Montese, naquela jornada, de quatro anos de ocupação alemã.
É de se notar que a legenda (foto em enxo) estabelece uma ligação entre aquele morto e a população da cidade ao afirmar que os “velhos” da cidade, que assistiram ao combate de 14/04/1945, “guardaram silenciosamente” a sua sepultura, até entrega-lo ao Brasil em 23 de maio de 1965. O que se percebe claramente é a forma pela qual o enterramento desse soldado pelos civis italianos à época da guerra é descrito. Não foi uma solução de emergência, face às contingências impostas por uma época de extensos e violentos combates. Mas sim o resultado da relação estabelecida entre o combatente brasileiro e aqueles a quem – com o sacrifico da própria vida – ele enfim, libertou do jugo nazista. Também não se considera que se tratava de uma iniciativa isolada ou desprovida de sentido.
O que um conjunto de moradores daquele local buscou – a tomar ao pé da letra essa legenda – foi dar sepultura ao mesmo tempo segura e apropriada (“guardaram silenciosamente”) até que o corpo pudesse ser entregue à Pátria de origem (“até entregalo ao Brasil”). Finalmente, o sentido último da presença dos brasileiros na Campanha da Itália durante a Segunda Guerra Mundial – a libertação da Itália do jugo nazista – é lembrada: “libertou a Cidade de Montese, naquela jornada, de quatro anos de ocupação alemã”.
"No Cemitério de Montese, onde se encontravam recolhidos a uma urna, os restos mortais do “Pracinha de Montese”, desde a exumação em 23/05/1967, realiza-se a entrega ao representante da Embaixada do Brasil, pelo prefeito da Cidade, depois de reconhecida, pelas autoridades italianas a nacionalidade brasileira. A urna, em madeira de lei, com alças de bronze, foi oferecida pelos marceneiros e artífices de Pistoia. Foi transportada para Pistoia, onde foi recebida pelo General Floriano de Lima Brayner, autorizado pelo Presidente da República e pelo Embaixador Dr. Alamo Louzada, para o definitivo sepultamento. Montese e Pistoia, 05/06/1967."
"Na ausência de qualquer identificação, os restos mortais passaram a ser conhecidos como o do “Pracinha de Montese”. É de se notar que, desde a época da guerra, os membros da FEB eram carinhosamente referidos pela população civil brasileira como os “pracinhas”, isto é, o diminutivo de praça, que é a palavra que designa os militares de mais baixa patente, por exclusão, aqueles que não são membros do oficialato. A batalha de Montese foi a mais cara e a mais difícil das travadas pela FEB.
Ao identificar o corpo como associado à localidade, se evoca o sacrifício suportado por todos brasileiros na libertação daquela cidade da ocupação alemã."
"Depois de um ano de pesquisa, o Guardião do Monumento, Miguel Pereira, conseguiu localizar os restos exatamente no local indicado, achando provas que não deixavam dúvidas quanto à nacionalidade dos restos e sim sobre a identidade certa de quem podia ser o corpo, entre os ainda 15 desaparecidos. A decisão de deixá-lo repousar no Monumento, enquanto Desconhecido, e então representando todos os irmãos tombados no cumprimento
do Dever, transformou o local – de fato – num Sacrário."
QUEM ERA:
"E, aos cinco metros de profundidade foi encontrado sob as vistas de inúmeras pessoas, e farta documentação fotográfica.
Reunidos os restos mortais num caixote, foram levados para o Cemitério de Montese, onde eu os revistei minuciosamente, não encontrando a placa de identificação. Na arcada dentária dos maxilares superior e inferior faltavam alguns dentes. No hemitorax esquerdo havia uma ogiva de morteiro, 60 alemão. Através pequenos objetos; botões, fio, foi por mim reconhecido
como brasileiro, ficando a identidade para ser apurada mais tarde. [...] ao mesmo tempo que envidavam-se esforços para se obter a identificação do “Pracinha Desconhecido de Montese”, através das unidades em que servia[...] Dois outros, do III Bat. do 11º R.I., foram encontrados em sepulturas fora dessa área e levados para o Cemitério de Pistoia, devidamente identificados. Um deles, Rubens Galvão, tinha a placa de identidade no pescoço; outro, não a possuía, mas, na mesma sepultura ao lado do corpo estava uma garrafa, e dentro dela um papel em que se lia o nome, Júlio Nicolau o número e a unidade daquele combatente. Quem escreveu nunca se ficou sabendo, pois o autor deve ter ficado com a placa. O terceiro extraviado, publicado no Boletim da Unidade de 16 de abril de 1945, chamava-se Fredolino Chimango, natural de Passo Fundo, Rio Grande do Sul."
"Vinte e dois anos depois, outubro de 1967, 11 horas de uma manhã rebrilhante de sol, na cidade de São João del Rey, na caserna do 11º. RI, na sua praça d´armas, o Regimento todo reunido, em posição de sentido, erético, emocionado, preparava-se para ouvir a evocação do Combate de Montese e, em seguida receber das mãos do antigo Chefe de Estado Maior (Lima Brayner), da Divisão na guerra, uma bela caixa contendo terra de Montese, colhida no local em que esteve inhumado durante 22 anos o Cabo Fredolino Chimango, e que lhe fora enviada pela população da cidade sempre agradecida à unidade brasileira que a libertara dos seus tirânicos ocupantes. Ali estava, presidindo a cerimônia, o Comandante do I Exército. Cabelos grisalhos, pele já apresentando as primeiras marcas da idade, o General de Exército Manoel A. Carvalho Lisboa, o bravo conquistador de Montese. Suportou com serenidade, os olhos embaciados de lágrimas, o impacto da saudade. Os jovens soldados, rígidos e traumatizados, em forma, ouviram as ordens de combate, as manobras e aflições dos pequenos comandos contados pelo célebre Tenente Iporan que foi o primeiro a entrar em Montese, hoje coronel reformado. Ali estava em traje civil, o peito coberto de medalhas. Dois jovens soldados, em meio às emoções, caíram desmaiados. (BRAYNER, 1973: 114)"
"Fora de qualquer dúvida é que o reconhecimento do corpo foi realizado, e embora jamais tenha sido contestado ou refutado, segue sem ser formalizado pela instituição militar. Na ausência de mera autorização, o único corpo ainda sepultado no Monumento Votivo de Pistoia segue cultuado como sendo do Soldado Desconhecido. Correspondentemente à essa linha de ação, o corpo do Cabo Fredolino Chimango segue sendo dado como “não-identificado”, “desaparecido” ou “extraviado”. É o que se lê na inscrição de mármore no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial no Rio de Janeiro (RJ), como pude constatar em diferentes visitas que fiz ao local no decorrer dessa pesquisa. Lima Brayner é bastante enfático ao denunciar esse procedimento, que considera injusto. Segundo ele: Um dia Fredolino voltará, também, para ficar, a sua linda urna, homenagem da cidade de Pistoia, ao lado das outras que já se encontram no Flamengo. E naquele mármore do Salão da Urnas se apagará, para sempre, a triste palavra – “Extraviado” – (sic) que tanto pode significar “desertor” como “prisioneiro”. Ele que todos viram lutando leoninamente... A ele que promoveram por bravura e condecoraram “post mortem” chamaram de “extraviado” só porque não viram onde ele caiu, com um estilhaço de granada no peito? – É uma injustiça. (BRAYNER, 1973:115)".
Fonte: http://www.snh2015.anpuh.org/…/1441910406_ARQUIVO_adriane.p…
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Pracinha Antônio Milioli
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O Herói Esquecido da F.E.B
'Edgard Silveira Nunes, nasceu em Tupanciretã, no Rio Grande do Sul,no dia 12 de setembro de 1926. Foi abandonado pelo pai e a situação complicou quando sua mãe morreu quando ele tinha cinco anos de idade. Adotado pelo tio materno e cansado dos maus tratamentos, fugiu de casa aos 12 anos para o Rio de Janeiro, na esperança de uma vida melhor. Aos 16 anos, se alistou como voluntario na II Guerra Mundial, no 6° Regimento de Artilharia Montada, partindo para a Itália no 5º Escalão, no dia 8 de fevereiro de 1945, a bordo do navio General Meigs e desembarcando em Nápoles, no dia 22 de fevereiro.“ Lembro que naquele dia estávamos em um treinamento dentro do navio americano, em alto mar, depois de algum tempo fomos avisados que não era um treinamento, mas que estávamos partindo para a guerra. Começamos a passar mal," contou ele.
Edgard Silveira Nunes |
"Não sabemos com exatidão em que batalha nosso pai combateu. Tampouco sabemos ao certo como conseguiu as marcas de balas que tinha no corpo. O pouco que sabemos eram frases curtas, que saíam como se tivessem escapado, sem intenção. “Sem detectores de minas, mas precisando passar por determinada área, estava em um jeep com um amigo tenente, fomos vitimas de uma mina que explodiu e o tenente morreu mutilado. Eu sai ferido na cabeça.”
As únicas evidências da sua passagem no palco de operações na Itália são o diploma da medalha da Cruz de Malta, a bênção do Papa João XXIII, as fotos com amigos e uma profunda tristeza que o acompanharia até a sua morte em 2001. Pesadelos, dores de cabeça, alucinações, insônia, agressividade e comportamento auto-destrutivo. E neste “front” não se esperam homenagens, desfiles e medalhas, mas somente um grande vazio, sofrimento e recordações difíceis de esquecer.
Mas as pessoas querem fatos históricos. Quando éramos crianças também queríamos que ele nos enchesse de histórias sobre a campanha na Itália. Mas nosso pai era prisioneiro de suas recordações e segredos dos campos de batalha. Por que ele não desfilava junto aos outros pracinhas durante a semana da Pátria? A resposta se mantém clara na nossa memória: “Não tenho nada para me orgulhar. Se existem heróis, esses estão entre a população civil”. Desde então, nunca mais foi possível observar essa e outras histórias sem que pensasse em pessoas. Muito além de estratégias, deslocamentos de pelotões, tecnologias empregadas, número de baixas. As vezes achamos que nosso pai também foi vitima de incompreensão social, pois para ele retornar a vida “normal” depois de uma experiência deste tipo, ele precisou continuar se sacrificando, sozinho com as suas dificuldades para voltar à vida civil.
A história do nosso pai é interessante por revelar uma face humana diante do que foi a campanha da Força Expedicionária Brasileira - FEB na Itália, para além das estratégias e planos de combate. A sua grandeza está na capacidade de nos lembrar que é preciso haver espaço para as diferentes experiências vividas naquele momento. Uma história sobre essa expedição que não dê voz àqueles que recorreram ao silêncio como forma de amenizar o sofrimento não será uma história justa'."
Créditos: Márcia e Magda Villanova Nunes / FEB: O Herói Esquecido
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Antigo distintivo do Regimento Ipiranga - F.E.B
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Marmita FEB
Marmita utilizada pela FEB na Segunda Guerra, dois fabricantes na época forneceram para a FEB, a ITA e ROCHEDO.Na tampa encontra gravado a marca do fabricante justamente com o numero de identificação para o soldado.No fundo da marmita tem as letras gravadas EUB (Estados Unidos do Brasil) dentro de um circulo.As nossas marmitas eram nos mesmos padrões das americanas e ambas de alumínio.
(acervo O Resgate FEB)
(clique na foto para ampliar) Pesquisa:História Militar e Militaria Brasileira (HMMB), Cesar Campiani Maximiano |
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1º Tenente Apollo Miguel Rezk 1º RI - Regimento de Infantaria Regimento Sampaio - RJ
Apollo Miguel Rezk, nascido em 09/02/1918 no Rio de Janeiro, filho do Dr. Miguel Jorge Rezk, médico, Dentista e farmacêutico, e da Sra. Suraya Mussalli Rezk, ambos imigrantes, ele do Líbano e ela da Síria. Estudou no Colégio Pedro II, onde bacharelou-se em 1935. Seu ideal era a carreira militar, mas o sonho frustou-se ao ser reprovado no exame de saúde para a escola Militar do Realengo. Ingressou, então, na escola Superior de comércio, onde formou-se Perito-Contador. Posteriormente, concluiu o curso de Ciências Econômicas. Em 1939, foi declarado Aspirante-a-oficial da Arma de Infantaria , pelo CPOR/RJ.
Com a entrada do Brasil na II Guerra Mundial, o Ten Apollo foi convocado para o serviço ativo embarcando para a Itália, incorporado ao Regimento Sampaio, no 2º Escalão da FEB, agora como 1º Tenente.Em 12/12/1944 em Monte Castelo, comandando seu pelotão, o Ten Apollo conquistou importante posição alemã, após violenta batalha. Pela bravura demonstrada nessa ação, o Ten Apollo foi agraciado com a Medalha “Silver Star”, pelo alto comando americano. Entretanto, o Ten Apollo viria a demonstrar, novamente, sua coragem, determinação e desprendimento quando em 24/2/1945, conquistou La Serra, à frente de seu pelotão, atravessando extenso campo minado e sob pesada resistência inimiga.
Ferido e em posição vulnerável, conseguiu suportar os contra-ataques dos alemães e, apesar do poder de fogo inimigo, logrou repeli-los e ainda infligir-lhes severas baixas. Por essa magnífica atuação, o Ten Apollo, já no hospital de campanha, ouviu pela rádio BBC de Londres a seguinte notícia: ” O Comando Aliado na Itália resolveu louvar um Oficial da Força Expedicionária Brasileira pelos seguintes motivos: cada ação em combate é um pretexto para evidenciar suas belas qualidades de soldado e sua excelência no comando do pelotão, conduzindo a sua tropa ao objetivo com o exemplo da sua própria coragem.
Conquistou La Serra, em cujas ruínas se manteve até ser evacuado algumas horas depois de gravemente ferido,lutando ainda. Sua posição estava cercada de metralhadoras inimigas, a esquerda, à frente e a direita, seis ao todo, as mais próximas distavam cerca de 15 metros do objetivo alcançado e as mais afastadas, 80 metros.Suportou contra-ataques e esteve cercado durante quase toda a primeira noite. Fez cinco prisioneiros. Ferido em combate às 23 horas do dia 23, só pôde ser evacuado na manhã seguinte, às 10 horas, devido ao intenso bombardeio da artilharia e morteiros a que estava sujeita a posição.
Sua audácia em marchar para o objetivo fixado, que sabia fortemente defendido, completou-se com a decisão de manter o objetivo conquistado. Mesmo ferido, contra-atacado e cercado, em momento algum pensou em retrair. Revelou bravura, firmeza e acerto de decisão, excepcional calma em presença do inimigo, exata noção dos seus deveres em combate, a par de elevado sentimento de honra militar e superior capacidade de sacrifício”.
Foi condecorado com a Medalha de Campanha, Cruz de Combate de 1º classe, Medalha de Sangue do Brasil e Medalha de Guerra, do Governo Brasileiro.
Em virtude de sua destacada ação na batalha de La Serra, o Ten Apollo recebeu do Governo dos Estados Unidos a Medalha “Cruz de Serviços Notáveis”, considerada uma das mais importantes condecorações americanas. O nosso homenageado o maior herói da FEB, na condição de Oficial R/2, foi um dos poucos combatentes, em todo o mundo, distinguido com tão importante condecoração.pós o término da Guerra, o Ten Apollo prosseguiu em sua carreira militar, sendo promovido a Capitão em 3/9/1951. Casou-se com a Sra. Ivette Antunes Rezk, de cuja união teve dois filhos: Nelson e Nádia. Além do Regimento Sampaio, serviu no Batalhão de Guardas, quando, por ocasião da inauguração do Panteon de Caxias, em 1949, apresentou a Guarda do então Ministério da Guerra ao Presidente da República, Gen Eurico Gaspar Dutra. Serviu, também, em Curitiba, como Ajudante-de-ordens do Gen Mário Perdigão. Em 1957, foi reformado no posto de Major.
O General Lucian Truscott (USA) condecorando o Tenente Apollo com a Medalha Bronze Star |
Em 19/05/1945 o Tenente Apollo único brasileiro agraciado com a Cruz de Serviços Notáveis dos EUA e condecorado pelo General LucianTruscott em Alexandria (Itália). |
CITAÇÕES
Citação de Combate–Medalha “Distinguished Service Cross” (Cruz por Serviços Notáveis) APOLLO MIGUEL REZK (1G – 153466) – Primeiro Tenente, de Infantaria, da Força Expedicionária Brasileira. Por heroísmo extraordinário na ação de vinte e quatro de fevereiro de mil novecentos e quarenta e cinco, em La Serra, Itália. Foi confiada ao Primeiro Tenente Rezk a missão de comandar o seu Pelotão no ataque e ocupação de La Serra, na frente de determinada resistência inimiga. À despeito de campos de minas desconhecidos, terreno excessivamente difícil e forte oposição, o Primeiro Tenente Rezk conduziu galhardamente os seus homens através uma cortina de fogo de metralhadoras, morteiros e artilharia para assaltar e arrebatar o objetivo inimigo. Embora gravemente ferido quando dirigia o ataque, o Primeiro Tenente Rezk nunca hesitou; pelo contrário, continuando firmemente o avanço. Depois de colocar o seu Pelotão em posição, repeliu três fortes contra-ataques, inflingindo pesadas perdas aos alemães pela sua habilidade na direção do tiro. Depois, embora em posição vulnerável ao fogo das casamatas do inimigo circundante e a despeito das bombas que caíam e da gravidade dos seus ferimentos, o Primeiro Tenente Rezk defendeu resolutamente La Serra, contra todas as tentativas fanáticas dos alemães para retomar a posição. Pelo seu heroísmo, comando inspirado e persistente coragem, o Primeiro Tenente Rezk praticou feitos que refletem as mais altas tradições do Serviço Militar. Prestou o serviço militar vindo do Rio de Janeiro. Quartel General do V Exército – Oficial.
Citação de Combate – Medalha “Silver Star” (Estrela de Prata)– APOLLO MIGUEL REZK (1G – 153466), Primeiro Tenente, Infantaria, Força Expedicionária Brasileira. Por bravura em ação, em 12 de dezembro de 1944, em Monte Castelo, Itália. Comandando o seu Pelotão, através de intenso fogo de metralhadoras e morteiros, o Tenente APOLLO chegou até uma posição alemã, assaltou-a e continuou o seu avanço. Chegando a Fornelo, seu Pelotão recebeu intenso fogo de frente, de flanco e da retaguarda, porém o Ten APOLLO tenazmente manteve a posição até ser forçado a se retrair, em virtude de pesadas perdas. O seu bravo comando no combate reflete as elevadas tradições dos Exércitos aliados. Entrou para o serviço militar no Rio de Janeiro, Brasil. (Tradução feita pela Seção Especial do Comando da F.E.B.).
Citação de Combate – Primeiro Tenente de Infantaria APOLLO MIGUEL REZK – 1O R.I. – “em 23-II-1945:- O seu Pelotão integrava a 6a Cia. No ataque à Linha La Serra – Cota 958, e, no conjunto da Subunidade, cabia-lhe apossar-se de La Serra. Na primeira parte da noite se lança na ação. Não obstante o violento bombardeio de artilharia e de morteiros que cai sobre o terreno, o Pelotão progride: alcança o objetivo, investe contra a posição e nela se instala sumariamente. Não terminou, porém, o esforço do Pelotão do Tenente APOLLO. Imediatamente – os alemães contra-atacam, sem resultado, porém, uma vez que a resistência dos brasileiros é forte e tenaz. O Tenente APOLLO é ferido, e só na manhã seguinte pôde ser evacuado por causa dos constantes bombardeios e dos contra-ataques inimigos. A personalidade forte, o espírito de sacrifício, a combatividade, a tenacidade, o destemor do Tenente APOLLO constituem belos exemplos dignos da tropa brasileira”. Gen Div J.B. Mascarenhas de Moraes – Cmt do 1o Esc. da FEB e da 1a D.I.E.
Citação de Combate – Medalha “Silver Star” (Estrela de Prata)– APOLLO MIGUEL REZK (1G – 153466), Primeiro Tenente, Infantaria, Força Expedicionária Brasileira. Por bravura em ação, em 12 de dezembro de 1944, em Monte Castelo, Itália. Comandando o seu Pelotão, através de intenso fogo de metralhadoras e morteiros, o Tenente APOLLO chegou até uma posição alemã, assaltou-a e continuou o seu avanço. Chegando a Fornelo, seu Pelotão recebeu intenso fogo de frente, de flanco e da retaguarda, porém o Ten APOLLO tenazmente manteve a posição até ser forçado a se retrair, em virtude de pesadas perdas. O seu bravo comando no combate reflete as elevadas tradições dos Exércitos aliados. Entrou para o serviço militar no Rio de Janeiro, Brasil. (Tradução feita pela Seção Especial do Comando da F.E.B.).
Citação de Combate – Primeiro Tenente de Infantaria APOLLO MIGUEL REZK – 1O R.I. – “em 23-II-1945:- O seu Pelotão integrava a 6a Cia. No ataque à Linha La Serra – Cota 958, e, no conjunto da Subunidade, cabia-lhe apossar-se de La Serra. Na primeira parte da noite se lança na ação. Não obstante o violento bombardeio de artilharia e de morteiros que cai sobre o terreno, o Pelotão progride: alcança o objetivo, investe contra a posição e nela se instala sumariamente. Não terminou, porém, o esforço do Pelotão do Tenente APOLLO. Imediatamente – os alemães contra-atacam, sem resultado, porém, uma vez que a resistência dos brasileiros é forte e tenaz. O Tenente APOLLO é ferido, e só na manhã seguinte pôde ser evacuado por causa dos constantes bombardeios e dos contra-ataques inimigos. A personalidade forte, o espírito de sacrifício, a combatividade, a tenacidade, o destemor do Tenente APOLLO constituem belos exemplos dignos da tropa brasileira”. Gen Div J.B. Mascarenhas de Moraes – Cmt do 1o Esc. da FEB e da 1a D.I.E.
DEPOIMENTOS
“… esta magnífica ação, das mais expressivas e brilhantes da campanha da FEB , transcorreu na noite de 23 para 24 de fevereiro, a partir de 21:15 horas… cerca de 24 horas, era a vez de La Serra, onde o bravo e excepcional Ten Apollo chegara de surpresa a assaltava a posição…” (Marechal Floriano de Lima Brayner, ex-Chefe do Estado-Maior da FEB).“A promoção se justifica, sobretudo, em virtude da conduta excepcional desse oficial no teatro de operações na Itália, onde, entre diversas condecorações recebidas por bravura, lhe foi conferida a medalha “Distinguished-Service Cross” do Exército americano, por heroísmo extraordinário em ação, distinção máxima somente concedida a este combatente brasileiro”. (Gen Newton Estillac Leal, Ministro da Guerra – 1951).
“…é um bravo, conceituado e admirado por todos, tendo se destacado em todas as ações da Unidade. Disciplinado, muito bem educado, dedicado e capaz. Pode servir de modelo pela sua bravura e exata noção do cumprimento do dever”. (Gen Aguinaldo Caiado de Castro, ex-Comandante do 1o R I, na Itália).
“… por se tratar de oficial de ilibada conduta moral e de valor profissional fartamente evidenciado e reconhecido na paz como na guerra… como também pelo evidente imperativo de zelar por valioso patrimônio moral, que longe de ser exclusivamente pessoal, deve pertencer ao Exército e por ele cultuado”. (Cel Silvino Castor da Nóbrega, ex-Comandante do Batalhão de Guardas).
“… mesmo ferido, contra-atacado e cercado, em momento algum pensou em retrair. Revelou bravura, firmeza e acerto de decisão, excepcional calma em presença do inimigo, exata noção de seus deveres em combate, a par de elevado sentimento de honra militar e superior capacidade de sacrifício…” (Cap Wolfango Teixeira de Mendonça, Comandante da 6a Cia/II Btl/1o R I – 1945).
“Todavia um dos seus pelotões bateu o recorde do ataque: o do tenente Apollo… que foi de todos o que mais se adentrou pelo dispositivo inimigo. E foi verdadeiramente agressiva a atuação do seu comandante”. (Ten Cel Nelson Rodrigues de Carvalho, ex-Febiano).
CONDECORAÇÔES RECEBIDAS
BRASIL
Cruz de Combate 1ºClasse
Medalha Sangue do Brasil
Medalha de Guerra
Medalha de Campanha da FEB
USA
Medalha Silver Star
Medalha “Distinguished Service Cross” (Cruz por Serviços Notáveis)
DADOS BIOGRÁFICOS
INFORMAÇÕES GERAIS
Nome: Apollo Miguel Rezk.
Nascimento: 09 de fevereiro de 1918, Rio de Janeiro.
Filiação: Miguel Jorge Rezk e Suraia Miguel Rezk.
Estado civil: Viúvo. Foi casado com Ivette Antunes Rezk. Teve dois filhos: Nelson e Nádia. Formação militar: CPOR/RJ.
Formação civil: Ciências e Letras, Colégio Pedro II; Perito-Contador, Escola Superior de Comércio do Rio de Janeiro; Economista, Faculdade de Economia e Finanças;
Diretor-Tesoureiro da Cia. de Empreendimentos Comercial e Industrial São Leopoldo (1958/1966);
Assistente da Divisão de Estudos e Pesquisas da Sunab (1967/1976);
Diabético, perdeu a visão no final dos anos 80.
Apollo Miguel Rezk, veio a falecer no ano de 1999, , aos 81 anos, sendo que o governo dos Estados Unidos enviou um representante, um oficial da Marinha, em função de o Major Rezk ter sido o combatente mais condecorado pelo governo americano dentre todos os pracinhas brasileiros. O governo brasileiro não enviou representantes ao seu funeral. O oficial da marinha dos EUA, confidenciou a um dos familiares do Major Apollo:“Não entendo vocês brasileiros. Na minha terra, alguém com as importantes condecorações de guerra do Major Apollo, teria recebido, ao longo de sua vida, as homenagens, o respeito e a gratidão do seu povo.”
Sr. Luiz Mergulhão, Presidente da
Associação dos Oficiais da Reserva do Exército
Ten Sérgio Pinto Monteiro
2o Ten R/2 de Artilharia, Turma 1961 do CPOR/RJ, presidente do Conselho Nacional de Oficiais R/2 e ex-presidente da Associação dos Oficiais da Reserva do Exército/Rio de Janeiro
ANFEB
INFORMAÇÕES GERAIS
Nome: Apollo Miguel Rezk.
Nascimento: 09 de fevereiro de 1918, Rio de Janeiro.
Filiação: Miguel Jorge Rezk e Suraia Miguel Rezk.
Estado civil: Viúvo. Foi casado com Ivette Antunes Rezk. Teve dois filhos: Nelson e Nádia. Formação militar: CPOR/RJ.
Formação civil: Ciências e Letras, Colégio Pedro II; Perito-Contador, Escola Superior de Comércio do Rio de Janeiro; Economista, Faculdade de Economia e Finanças;
Diretor-Tesoureiro da Cia. de Empreendimentos Comercial e Industrial São Leopoldo (1958/1966);
Assistente da Divisão de Estudos e Pesquisas da Sunab (1967/1976);
Diabético, perdeu a visão no final dos anos 80.
Apollo Miguel Rezk, veio a falecer no ano de 1999, , aos 81 anos, sendo que o governo dos Estados Unidos enviou um representante, um oficial da Marinha, em função de o Major Rezk ter sido o combatente mais condecorado pelo governo americano dentre todos os pracinhas brasileiros. O governo brasileiro não enviou representantes ao seu funeral. O oficial da marinha dos EUA, confidenciou a um dos familiares do Major Apollo:“Não entendo vocês brasileiros. Na minha terra, alguém com as importantes condecorações de guerra do Major Apollo, teria recebido, ao longo de sua vida, as homenagens, o respeito e a gratidão do seu povo.”
O Brasil não trata bem os seus herói. Bravos que doam ao país o seu sangue, e até mesmo suas vidas são esquecidos pela sociedade.
Fonte: Sr. Luiz Mergulhão, Presidente da
Associação dos Oficiais da Reserva do Exército
Ten Sérgio Pinto Monteiro
2o Ten R/2 de Artilharia, Turma 1961 do CPOR/RJ, presidente do Conselho Nacional de Oficiais R/2 e ex-presidente da Associação dos Oficiais da Reserva do Exército/Rio de Janeiro
ANFEB
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