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Channel: O RESGATE FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA
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Marechal Osvaldo Cordeiro de Farias - F.E.B

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Osvaldo Cordeiro de Farias nasceu em Jaguarão (RS), em 1901. 
Ingressou na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, em 1918. Participou das conspirações que precederam a deflagração do levante armado de julho de 1922 contra o governo federal, que deu início ao ciclo de revoltas tenentistas. Apesar de não ter participado diretamente dos combates, acabou sendo preso por três meses. Em seguida, foi transferido para Santa Maria (RS), voltando a conspirar contra o governo. Em outubro de 1924, participou do levante tenentista deflagrado em Uruguaiana (RS), logo se juntando aos demais contigentes rebeldes do estado, reunidos sob a liderança de Luís Carlos Prestes. Os rebeldes gaúchos acabariam se retirando para o estado do Paraná, onde juntaram-se aos remanescentes do levante deflagrado no mês de julho, em São Paulo. Da unificação desses dois grupos nasceu a Coluna Prestes, exército rebelde que, sob o comando do militar gaúcho que lhe deu o nome promoveu, nos dois anos seguintes, uma guerra de movimento pelo interior do país contra as tropas fiéis ao governo federal. Cordeiro de Farias teve atuação destacada na Coluna, comandando um dos quatro destacamentos que a compunham.
Em fevereiro de 1927, já desgastados pela longa campanha e sem perspectivas de vitória, os líderes da Coluna resolveram encerrar aquela fase da luta e abandonaram o território brasileiro, internando-se na Bolívia. No ano seguinte Cordeiro retornou ao Brasil clandestinamente e deu prosseguimento às atividades conspiratórias, tendo sido, então, preso. Julgado e absolvido, retornou ao Exército sem deixar, contudo, de conspirar contra o governo.

Em 1930, participou do movimento revolucionário que depôs o presidente Washington Luís e impediu a posse do novo presidente eleito, Júlio Prestes. Integrou, nessa ocasião, o comando da insurreição em Minas Gerais. Com a vitória do movimento e a posse do novo governo liderado por Getúlio Vargas foi lotado no gabinete do ministro da Guerra, general Leite de Castro. Em maio de 1931, foi transferido para São Paulo, assumindo a chefia de polícia daquele estado. Permaneceu no cargo até junho do ano seguinte, um mês antes da deflagração do movimento constitucionalista pelas forças políticas tradicionais de São Paulo, que exigiam a reconstitucionalizaçào do país e a recuperação da autonomia estadual, com o afastamento dos tenentes que vinham exercendo influência na política paulista. Colaborou no combate à insurreição e, no ano seguinte, voltou a ocupar a chefia de polícia do estado.

Da esquerda para a direita: Olímpio Falconière, Zenóbio da Costa, Mascarenhas de Moraes e Cordeiro de Farias.

Em 1935, de volta ao Rio de Janeiro, deu combate ao levante militar deflagrado por elementos de esquerda ligados à Aliança Nacional Libertadora (ANL). No ano seguinte concluiu o curso da Escola de Estado-Maior do Exército. Em 1937 foi transferido para o Rio Grande do Sul, onde assumiu a chefia do estado-maior da 3ª Região Militar (3ª RM), sediada em Porto Alegre, sob o comando do general Daltro Filho. Participou da campanha movida por Vargas para afastar o governador Flores da Cunha, que acabou sendo substituído pelo comandante da 3ª RM. Após a morte de Daltro Filho no início do ano seguinte, Vargas nomeou Cordeiro de Farias como interventor federal no Rio Grande do  Sul.
Em 1942, Cordeiro de Farias chegou ao generalato. Em setembro do ano seguinte deixou a interventoria gaúcha para integrar-se à Força Expedicionária Brasileira (FEB). Em setembro de 1944 viajou para a Itália, onde participou das principais batalhas em que a FEB esteve envolvida na Segunda Guerra Mundial.
De volta ao Brasil em 1945, voltou a participar de articulações políticas, tendo seu nome chegou cogitado como candidato a presidente da República. Em outubro daquele ano participou do golpe militar que afastou Vargas do poder e extinguiu o Estado Novo. Em 1949 foi nomeado comandante da recém-criada Escola Superior de Guerra (Esg). Em maio de 1950 foi derrotado nas eleições para a diretoria do Clube Militar, em disputa marcada por forte conteúdo ideológico. Cordeiro representava a corrente que defendia a participação do capital estrangeiro na exploração do petróleo brasileiro, enquanto que a chapa vitoriosa, liderada por Newton Estillac Leal, representava os setores nacionalistas das Forças Armadas.

Deixou a Esg em agosto de 1952 para assumir o comando da Zona Militar Norte, sediada em Recife. Em 1954 elegeu-se governador de Pernambuco, numa coligação envolvendo o Partido Social Democrático, o Partido Libertador e o Partido Democrata Cristão, ocupando o cargo entre 1955 e 1958. Fez um governo voltado para a assistência ao sertão, para a construção de açudes e estradas. Ocupou o cargo entre 1955 e 1958, renunciando ao mandato um mês antes de sua conclusão para assumir a presidência da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos, que exerceu durante dois anos.

Osvaldo Cordeiro de Farias, governador do Estado de Pernambuco entre 19551 1958.
Em 1961 foi nomeado chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (Emfa) pelo presidente Jânio Quadros. Com a renúncia de Jânio, envolveu-se na conspiração que visava impedir aposse do vice-presidente, João Goulart, então em viagem à China. Jango tomou posse devido ao apoio da população e a Campanha da Legalidade, comandada em Porto Alegre por Leonel Brizola. Na ocasião, foi nomeado comandante do III Exército pelo Ministro da Guerra, Odílio Denys, em substituição ao General José Machado Lopes, que havia aderido à causa legalista. Não chegou a assumir este cargo.
Com a renúncia de Jânio, envolveu-se ativamente na conspiração contra o novo presidente, João Goulart.Participou, ativamente, do golpe militar que, em 1964, depôs o presidente João Goulart. Novamente foi cogitado para presidente, o que não se concretizou uma vez que era considerado "político demais" por alguns setores do exército.Após a instalação do regime militar em 1964, passou a dirigir o Ministério Extraordinário para a Coordenação dos Organismos Regionais, posteriormente Ministério do Interior, função que desempenhou até junho de 1966, quando se retirou da vida pública.
Cordeiro de Farias foi premiado com inúmeras condecorações nacionais e internacionais, entre elas a Cruz de Guerra com Palma (França), a Legião de Honra (França), a Grande Oficial Ordem da Coroa (Itália), a Grã-Cruz da Ordem Militar de Avis (Portugal), Legião de Mérito (Estados Unidos), Grande Oficial da Ordem Nacional do Mérito Militar, no Mérito Naval, e do Mérito Aeronáutico (Brasil).
Casou-se com Avani Barcelos, com quem teve um filho.
Cordeiro de Farias faleceu no Rio de Janeiro, aos 79 anos, em 17 de fevereiro de 1981.
Fonte: Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930. 
Henrique Moura

Bibico de Capitão

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Um dos modelos de bibicos de gabardine utilizado pela FEB, pertenceu ao expedicionário  Martins, provavelmente era tenente na época da Segunda Guerra, como está escrito no tecido.Era normal de acordo com a promoção ao posto a colocação da nova patente, que nos bibicos eram bordados, apesar de retirado o bordado vê-se as marcas das três estrelas que equivale a patente de capitão. Duas estrela equivale a patente de 1º tenente e uma estrela 2º tenente.
(acervo O Resgate F.E.B)
Significado de Bibico
Chapéu de dois bicos.
Tipo de quepe ou cobertura da cabeça feita de pano em forma de navio que e utilizada pelos militares das forças armadas junto com um uniforme de passeio.
Cobertura militar, de costura única e reta em cima fazendo dois bicos.

(clique na foto para ampliar)






A Coca Cola chega no Brasil com a Segunda Guerra Mundial.

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Antes da Segunda Guerra Mundial, a venda de Coca-Cola já atingia todos os estados norte-americanos. Seu sucesso era tão grande, que o novo elixir identificou-se com o espírito norte-americano.
Quando, em razão do conflito mundial, o açúcar foi racionado no país, as autoridades decretaram que as fábricas de Coca-Cola não sofreriam nenhum corte, pois ela se incluía entre os produtos vitais da guerra. Era enviada aos soldados americanos lutando na Europa, a fim de fazê-los sentir-se em casa. Setores do exército consideravam a entrega de Coca-Cola tão importante quanto a assistência mecânica de manutenção de aviões e carros de combate. Entre as fileiras de soldados, o pessoal da Coca-Colagozava do status especial de observadores técnicos. Eram conhecidos como coronéis coca-cola.
A palavra secreta para os batalhões que atravessaram o Reno, ocupando o território inimigo, era“Coca-Cola”. Distribuída regularmente para os marinheiros, ela foi assim levada à Europa.Em 1941, os Estados Unidos entram na Segunda Guerra Mundial, enviando milhares de homens e mulheres para as frentes de combate.
A Coca-Cola acompanha esses combatentes pois Woodruff determina que a Coca-Cola seja vendida a US$ 0,05 para todo combatente norte-americano onde quer que esteja – em qualquer parte do mundo! -, não importando o quanto isso custe à empresa. Durante a guerra os europeus experimentam a bebida. Quando a paz volta a reinar, a Coca-Cola já tem muitos negócios fora de seu território.

A chegada da Coca Cola no Brasil
No início da década de 1940, o Brasil entrou no cenário da Segunda Guerra Mundial e em 1941 o governo brasileiro autorizou secretamente os norte-americanos a utilizarem bases aéreas e navais situadas no país, para garantir a defesa do continente americano. Desta forma, aviões militares americanos passaram a chegar ao Brasil com maior freqüência, reforçando as bases estratégicas estabelecidas no país. Neste momento, a Coca-Cola chega ao Brasil, trazida pelos próprios soldados americanos e posteriormente, produzida em pequenas fábricas móveis que passaram a acompanhar as tropas.

A população de Natal foi a primeira a consumir Coca-Cola na América do Sul. Em 1942, com a chegada das tropas aliadas trouxe de carona aquarta fábrica da Coca-Cola no mundo.
Mas a ascensão da marca foi disparada só quando a Segunda Guerra Mundial acabou, pois nesse período a marca poderia explorar novos horizontes e territórios sem maiores problemas… Foi nesse ritmo que a coca-cola chegou ao Brasil.
O sargento da FEB  dando uma entrevista logo após o desembarque no Brasil em 1945,  já bebendo uma Coca Cola.

Curiosidade:
Sargento William Schneider
Durante a Segunda Guerra Mundial, os combatentes americanos estacionados na Europa recebiam, mensalmente, uma garrafa de Coca-Cola. Em 1944, soldados do 13º Batalhão de Artilharia, sediado em Nápoles, na Itália, fizeram uma rifa de uma embalagem do refrigerante. O sorteio foi divulgado em um boletim mimeografado que circulava entre os Aliados e o dinheiro seria usado para ajudar crianças cujos pais morreram servindo no regimento. Cada bilhete custava 25 centavos de dólar. Em um mês foram arrecadados 4 000 dólares, uma fortuna para a época. O vencedor foi o sargento William Schneider, de Hackensack, Nova Jersey. Ele considerou o prêmio muito importante para ser consumido e enviou a garrafa para casa como lembrança. A história foi contada em 1944 pelo correspondente de guerra Ernie Pyle, cuja coluna era publicada em mais de 200 jornais. Em 1979, a Coca-Cola lançou uma grande campanha para encontrar o sargento Schneider e a garrafa sorteada. Os esforços, porém, foram em vão.
Pesquisa:
Blog Coca Cola
Blog Atalicismo
Blog Almanaque
Henrique Moura

Medalha 40 anos da F.E.B

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Linda medalha no estojo do III Encontro Nacional dos Veteranos da FEB de 1985
(acervo O Resgate FEB)
(clique na foto para ampliar)

Cantil antes do embarque da F.E.B

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Cantil utilizado pela FEB e exercito brasileiro antes do embarque para a Itália.Mesmo recebendo equipamentos norte-americano,era comum aproveitar o modelo anterior como aconteceu com o cantil e adaptar ao padrão americano, com a capa de lona revestindo o cantil,  caneca embutida no cantil, presilha para fixar ao cinto de campanha; mas mantendo a tampa de rolha.Este Cantil em alumínio, forrado com tecido e tampa de rolha.Fabricado pela ITA/São Paulo um modelo difícil de encontrar.
(acervo O Resgate FEB)

Foto tirada do desfile em Natal em 1941 enquanto a base aérea de Parnamirim que estava sendo construída.Repare o soldado a direita com o cantil de alça, uma rara foto onde este cantil aparece.Foto: LIFE
(clique na foto para ampliar)

O regresso dos expedicionários de Curvelo.

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Raríssimas e exclusivas fotos da chegada em Curvelo (MG) em 1945 de alguns dos heróis da FEB curvelanos onde se vê uma grande multidão na espera na Estação Ferroviária.
Lembrando os curvelanos que participaram da Segunda Guerra; Tenentes Quirino Henriques de Freitas (padioleiro), tenente Pedro Rodrigues (vivo), Tenente Mariano Fernandes da Silva, Tenente  Geraldo Ribeiro Guimarães, Tenente Licério Ribeiro Guimarães, Tenente José Félix da Rocha (Bajojo) foi o ultimo a retornar ao Brasil onde ficou recuperando nos Estados Unidos de um grave ferimento no rosto. Tenente Eurípedes Ribeiro Guimarães (Pinduca),Tenente Rui Lopes Ribeiro (morto em combate)
Fotos do álbum particular do Tenente Pedro Rodrigues, agradeço a Mariula Rodrigues (filha) pela colaboração.(clique na foto para ampliar)


Medalha Montese - F.E.B

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Antiga medalha comemorativa dos 30 anos da vitória da conquista de Montese da ANVFEB seção Rio do Sul (Santa Catarina). 
(Acervo O Resgate FEB)
clique na foto para ampliar

Cartões postais de um pracinha

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Inéditos cartões postais italianos trazido como lembrança da Itália pelo Tenente Pedro Rodrigues de Curvelo.
Acervo particular da família com a colaboração da sua filha Mariula Rodrigues.


(clique na foto para ampliar)

Bibico 1º escalão da F.E.B

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Um dos modelos de bibicos do uniforme de passeio da FEB do 1º escalão ao desembarcar em Nápoles em 1944.(acervo O Resgate FEB)
Em 02 de julho de 1944 iniciava a trajetória da Força Expedicionária Brasileira que deixava o Brasil com 5.000 soldados rumo ao teatro de operações da Itália. A chegada foi
em Nápoles em 16 de julho de 1944 com o comandante General Zenóbio da Costa.
Repare os uniformes e bibicos dos expedicionários  do 1º escalão ao desembarcar em Nápoles.Tropa do II Batalhão do 6º RI. (foto HMMB)
Soldados gaúchos embarcados.Foto:Acervo de Ari Gomes Filho
Expedicionários Campineiros no Rio de Janeiro
às vésperas do embarque para a Itália (Abril de 1944)
Foto :Associação dos Expedicionários Campineiros
(clique na foto para ampliar)

Como surgiu e foi criado o Cemitério Militar Brasileiro de Pistóia e o Pelotão de Sepultamento.

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Muito interessante de como foi criado o Cemitério Militar Brasileiro de Pistóia e o Pelotão de Sepultamento, retirado do relatório e fotos do Boletim do Exercito nº 17 de 28 de abril de 1945.
CEMITÉRIO MILITAR BRASILEIRO NA ITÁLIA
Relatório Sobre o Cemitério Militar Brasileiro - Pistóia (Itália)
I. CRIAÇÃO DO PELOTÃO DE SEPULTAMENTO
De acordo com a organização americana, que nos serve de modelo, foi criado por Aviso Reservado nº 333.299, de 4 de julho de 1944, um Pelotão de Sepultamento, destinado a coletar os mortos, nos campos da luta, identificá-los e dar-lhes sepultura condigna.
Mas com a entrada em ação, a 15 de setembro de 1944, do Combat Team Brasileiro (1º Escalão da DIE), determinei a organização neste Teatro de Operações, de um Pelotão, de efetivo reduzido, com a mesma finalidade, já que o Pelotão criado pelo Aviso acima citado o fora após o embarque do 1º escalão.
De 15 de setembro até 9 de outubro, quando aqui chegou o 2º escalão e com ele o Pelotão de Sepultamento criado no Brasil, a atividade do pelotão organizado na Itália resumiu-se quase que na assimilação da técnica a ser empregada, não somente porque o número de mortos foi felizmente muito reduzido, como também por que não dispúnhamos de cemitério próprio. Assim, o pessoal desse Pelotão foi destacado para fazer estágio nos Cemitérios e Postos de Coleta americanos, e isto nos foi bastante útil, porque serviu de núcleo e de enquadramento para a organização definitiva do atual Pelotão de Sepultamento.
II. POSTOS DE COLETA
Na primeira quinzena de novembro do ano de 1944, findo, já no Vale do Rio Reno, foram organizados três postos de coleta, um na estrada Porreta Terme-Sila, outro em Valdibura e o terceiro, finalmente, em reserva e repouso.
III. CEMITÉRIOS MILITARES AMERICANOS
Nossos primeiros soldados mortos na Itália foram sepultados no Cemitério Municipal de Tarquinia e nos Cemitérios Militares Americanos de Folonica e Vada. Até 2 de dezembro de 1944, os sepultamentos eram feitos nesse último cemitério, com sacrifícios inauditos, pois a distância que os separava do Posto de Coleta era de 200 Km, inicialmente, quando a nossa tropa estava no Vale do Sercchio e de 360 Km, quando a DIE passou a operar no Vale do Reno.A grande distância a percorrer que dificultava a missão do pelotão e as exigências da administração do cemitério a cumprir, que impunha um enorme retardo à remessa da documentação relativa ao sepultamento dos nossos soldados, levou este Comando a cogitar da instalação de um Cemitério Militar Brasileiro, mais próximo à nossa zona de ação.
IV. CEMITÉRIO MILITAR BRASILEIRO
1) CRIAÇÃO E INSTALAÇÃO
Mediante entendimentos com o Grave Registration (Serviço de Sepultamento Americano), que se prontificou imediatamente a facilitar a execução dessa iniciativa, conseguimos encontrar, com certa dificuldade, na região de PISTÓIA, um terreno apropriado àquele fim
E no dia 2 de dezembro de 1944 o Cemitério Militar Brasileiro de Pistóia foi oficialmente instalado, num terreno requisitado pelo Engineer Headquarters – Fifth Army – Real Estate Section, por tempo indeterminado e para posterior indenização pelo Governo Italiano. O documento de requisição, nº 001, de 2 de dezembro de 1944, firmado pelo proprietário, Pietro Ladini e pelos representantes da DIE, Coronel Osvaldo de Araújo Mota e da Real Estate Section do 5º Exército, Tenente R.F. Fitzgerald, está arquivado na Ajudância Geral desta Divisão.
2) CONSTRUÇÃO E MELHORAMENTOS
O terreno está completamente fechado com uma cerca de arame farpado em moirões de castanheiro, tudo pintado de branco.
Internamente, dividiu-se o terreno em seis quadras, sendo quatro para soldados brasileiros e duas para soldados inimigos. Essas quadras estão separadas, uma das outras, por estreitas ruas, que vão pouco a pouco, sendo pavimentadas.
As sepulturas estão recebendo cruzes também. Cerca de sessenta já se acham colocadas.
Além disto, é intenção dobrar a cerca de arame com uma sebe viva, construir canteiros gramados e ajardinar os espaços livres.
Cogita-se, finalmente, de substituir o atual necrotério instalado em barraca, por uma construção de madeira e em breve uma capela simples erguer-se-á à vista das sepulturas dos nossos camaradas, que na Itália tombaram no cumprimento do seu dever militar.
3) CERIMONIAL
A todos os mortos sepultados é prestado o cerimonial a que tem direito. O Capelão efetua a cerimônia religiosa e os corpos, cobertos com a Bandeira Nacional, são acompanhados pelo pessoal do Pelotão, da barraca-necrotério até a sepultura, onde lhes são prestadas as honras fúnebres
V. MORTOS BRASILEIROS SEPULTADOS NA ITÁLIA.
Os Expedicionários mortos na Itália, até o presente momento, estão sepultados nos seguintes cemitérios:
Cemitério Municipal de Tarquinia - 02
Cemitério Militar Americano de Folonica - 01
Cemitério Militar Americano de Vada - 65
Cemitério Civil de Vada - 02
Cemitério Americano de Nápoles - 02
Cemitério Americano de Roma - 01
Cemitério Militar Brasileiro em Pistóia - 187
Soma - 260
VI CONCLUSÃO
Este Comando não tem poupado nem poupará esforços no sentido de proporcionar uma última morada condigna aos nossos oficiais e praças que derem aqui na Itália, a própria vida, por um Brasil mais forte e por um mundo melhor – General de Divisão J. B. Mascarenhas de Moraes, Comandante do 1º Escalão da FEB e 1ª DIE.
Matéria :ANVFEV (2º Sgt Art André da Silva Castro26º GAC - Guarapuava, PR.)

Flamulas de associações de ex combatentes

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Pequenas flamulas antigas de convenções de ex combatentes sendo uma de 1956 no Estado de São Paulo (Expedicionários Mogianos) que pertenceu a uma enfermeira da FEB. Outro de 1966 da XI Convenção Nacional dos Ex Combatentes em Belo Horizonte.e uma da Associação dos Expedicionários Mogianos.
(acervo O Resgate FEB)
clique na foto para ampliar

Quirino Henriques de Freitas (Padioleiro da F.E.B)

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Padioleiro da FEB Quirino Henriques de Freitas de Curvelo (MG) partiu no 1º escalão da FEB  para Itália na Segunda Guerra.
O Diploma Benção do Papa Pio XII, raro documento com a marca d'agua do Papa em alto relevo, recebeu quando esteve no Vaticano em 1945. Breve mais sobre Tenente Quirino.Agradeço aos seus familiares estas fotos que tirei numa visita a casa de sua filha em Curvelo.
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E sua carteira da ANVFEB seção Belo Horizonte
(clique na foto para ampliar)

Barrete de um ex combatente da F.E.B

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Belo barrete de um expedicionário da FEB, onde foi agraciado com as seguintes medalhas; Cruz de Combate 2º classe, Medalha de Campanha, Medalha Militar de Tempo de Serviço (10 anos), Medalha de Guerra e Medalha de Distinção 2º classe.
(acervo O Resgate FEB)
 Medalha Cruz de Combate
Decreto Lei nº 6.795, de 17 de agosto de 1944 regulamentado pelo decreto nº 16.821 de outubro de 1944.
Finalidade: Premiar militares que se distinguiram em ação durante a II Guerra Mundial. 
1ª classe
Concedida aos militares que praticaram atos de bravura, ou revelaram espirito de sacrifício no desempenho das missões em combate, e ás unidades que se destacaram na luta.
2ª classe
Conferidas aos participantes de feitos excepcionais, praticados em conjunto por vários militares.

Medalha de Campanha.

Instituída pelo Decreto Lei nº 6.795, de 17 de agosto de 1944, regulamentado pelo Decreto nº 16.821, de 13 de Outubro de 1944.
Conferida aos militares da ativa e da reserva do Exército e assemelhados, que participaram de operações de guerra, sem nota desabonadora.
Medalha Militar de Tempo Serviço 
Foi criada pelo Decreto n° 4.238, de 15 de novembro de 1901, e destina-se a recompensar os bons serviços prestados pelos oficiais e praças do Exército, da Marinha e da Força Aérea Brasileira, em serviço ativo.
Medalha de Guerra
Decreto nº 6.795, de 17 de agosto de 1944, regulamentado pelo Decreto nº 16.821, de 13 de outubro de 1944.
Finalidade: premiar os oficiais da ativa, da reserva e reformados, e civis que tenham prestado serviços relevantes de qualquer natureza, referentes ao esforço de guerra, preparo de tropa, ou desempenhado missões especiais confiadas pelo Governo, dentro ou fora do País. Foi também outorgada a militares dos Exércitos das Nações Amigas ou Aliadas que colaboraram no esforço de guerra nacional.
Medalha de Distinção 
Foi criada pelo Imperador D. Pedro II, por Dec 1579 de 14 mar 1855, para distinguir pessoas que se tornassem notáveis por serviços de Humanidade. Em sua substituição, o Presidente Marechal Deodoro, baixou em 14 dez 1889, o Dec 58, criando medalhas de Distinção para remunerar serviços extraordinários prestados à Humanidade em casos de naufrágios, riscos marítimos, incêndios, pestes ou qualquer calamidade.
As de 1ª classe são de ouro e só concedidas a pessoas que, em qualquer emergência das acima declaradas, se distinguirem por socorros extraordinários e de subido valor ou por serviços pessoais prestados com risco da própria vida. As de 2ª classe são de prata e conferidas àqueles que houverem mostrado dedicação não comum pela Humanidade e prestado serviços tão importantes que se tornem dignos de uma especial consideração.
A fita é verde-mar para os serviços ou socorros em caso de naufrágio, incêndio no mar ou outros riscos marítimos, cor de fogo para ou prestados em casos de incêndio ocorrido em terra, e amarela para todos os outros serviços ou socorros prestados em terra.

(clique na foto para ampliar)

Memorial Vô Nêgo - Raimundo Ferreira da Silva

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Em 16 de novembro de 2013 na cidade de Três Marias (MG) foi inaugurado o Memorial VÔ NÊGO o apelido de família que o ex combatente Raimundo Ferreira da Silva do 11º Regimento de São João Del Rei (MG) que lutou na Segunda Guerra Mundial.O Rico acervo foi do pracinha Raimundo; uniformes, papeis, lembranças e utensílios por ele usado na Itália.
Agradeço a Silvania Melo pelas fotos do Memorial Vô Nêgo.Parabéns em preservar esta preciosidade da história do Brasil e da FEB.

(clique na foto para ampliar)

O TOQUE DO SILÊNCIO - Pistóia

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(clique na foto para amplia)
A origem do mais emocionante toque militar em honra e tributo aos soldados que tombaram em batalha, que deram suas vidas em nome de sua nação, executada em todas as cerimônias fúnebres por militares.
Quadro de C B Lucena O SILÊNCIO EM PISTOIA exposto no salão onde encontram os restos mortais dos pracinhas mortos em combate no Memorial Brasileiros aos Mortos na Segunda Guerra Mundial no aterro do Flamengo no Rio de Janeiro.
Imagem:O Resgate FEB
Matéria O Resgate FEB

VIII ENCONTRO NACIONAL DOS VETERANOS DA FEB

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Medalhão doVIII ENCONTRO NACIONAL DOS VETERANOS DA FEB em 1995 no Rio de Janeiro, 50 anos.
(acervo o Resgate FEB)

Lista detalhada e ilustrada dos mortos da Força Expedicionária Brasileira na Campanha da Itália.

EXPEDICIONÁRIO ALVINO FRANCISCO MARQUES

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Alvino Francisco Marques, nascido em 25 de abril de 1920 em Santa Isabel, município de Domingos Martins no Espirito Santo, filho do senhor José Francisco Marques e da senhora Clara Mersher Marques e descendente direto de alemães que chegaram ao Brasil em 1846.
Antes da guerra, era agricultor assim como seus pais e tios voltado para o cultivo do café. Ao saber da entrada do Brasil na guerra, Alvino fugiu para o Rio de Janeiro, alistando-se como voluntário e vindo a servir no antigo 15º Regimento de Cavalaria Mecanizada no bairro de Campinho.
Durante o treinamento , ele sofreu uma queda de um cavalo que fez com perdesse vários dentes e isso quase o impediu de embarcar.
Seguiu para a Itália como soldado no segundo escalão da FEB que partiu em 22 de setembro de 1944, chegando à Itália em 6 de outubro do mesmo ano . Participou de várias missões como uma espécie de espião e intérprete , já que a sua descendência alemã e naturalmente o conhecimento do idioma, fazia com que se saísse bem no que lhe era confiado. Participou da tomada de Monte Castelo em 21 de fevereiro de 1945 também. Alvino não sofreu nenhum ferimento grave durante a campanha, mas trouxe como recordação, uma granada que caiu ao seu lado e não explodiu!

Infelizmente, após uma reforma feita no sitio de Alvino, a granada que ele trouxe da Itália extraviou-se, porém, apresentamos aqui uma idêntica àquela que não explodiu ao cair ao seu lado.
Como vivia no interior da mata, onde morava como um verdadeiro escravo, nosso herói não se queixava muito da vida que tinha em solo italiano, mesmo com todo frio que fazia, já que tinha além da coragem e um espirito bastante aventureiro ele achava tudo aquilo uma grande experiência de vida o que, com absoluta certeza, ajudou-o a suportar todas as coisas ruins que qualquer guerra possa vir a trazer.

Alvino, ao centro, em cerimônia no comando da sua companhia nas proximidades de Castelnuovo.
Pracinhas exibem a bandeira nazista após a conquista de uma região próximo a Riola. Alvino é o segundo da direita para esquerda atrás da bandeira.
Alvino retornou ao Brasil em 22 de agosto de 1945 e quando chegou, foi recepcionado por amigos e parentes na casa da senhora Ruth Ramos com quem viria a se casar em 1948. Tiveram três filhos : Jorge Francisco, Ana Maria e Vera Lúcia que lhes deram 7 netos : Cláudia, Márcio, Ana Paula , Alexandre, Igor, Fernando e Arthur.

O dia do retorno. No inicio de setembro de 1945, Alvino ( de túnica) foi recepcionado por seus parentes e amigos em grande festa no bairro de Irajá no Rio de Janeiro.
Voltando à vida civil, foi funcionário da CEDAG, atual CEDAE - RJ e também se dedicou a aprender a profissão de rádio técnico. Comprou um terreno na paria do Anil - Magé -RJ onde construiu seu paraíso tijolo por tijolo, o qual frequentava religiosamente.

 
Em 1993, aos 73 anos, Alvino mantinha o mesmo sorriso que o acompanhou por toda a vida.
O ex- pracinha nunca apresentou nenhum trauma do que tenha vivido na guerra a não ser uma tristeza plenamente compreensível por ter perdido alguns amigos na campanha; sempre foi um marido, pai e avô muito dedicado e carinhoso, aliado à uma inteligência inegável.
Em 16 de janeiro de 1996, esse herói brasileiro partia para a vida eterna aos 75 anos de idade.
Nossos agradecimentos aos filhos do nosso herói, Jorge Francisco, Ana Maria e Vera Lúcia; primeiramente pela confiança em nosso blog, pelas informações fornecidas e por nos permitir ter acesso ao acervo da família .
Agora, um recado nosso para o nosso herói
:
Sr . Alvino:
Onde quer que o senhor esteja, receba essa singela homenagem do nosso blog cuja a intenção é imortalizar não só o senhor, o que foi feito com o maior carinho e dedicação, mas também, a todos os seus companheiros que de alguma forma representaram o Brasil da Segunda Guerra Mundial. Considere-se admirado, respeitado e imortalizado !
Que a o amor do Pai Maior esteja sempre em seu coração durante a vida eterna.
Muito obrigado por nos dar este privilégio.
Henrique Moura e Hélio Guerreiro
O Resgate FEB

(clique na foto para ampliar)

Bolsa de munição colt 45

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Bolsa de munição da pistola Colt 45 usado pelos americanos na Segunda Guerra, modelo da Primeira Guerra datado de 1918 fabricante R.H. LOM. Era presso ao cinto de combate NA.

(acervo O Resgate FEB)
(clique na foto para ampliar)

Os pracinha paraopebenses, que lutaram na Segunda Guerra Mundial

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Estes bravos pracinhas de Paraopeba (MG) que, mo dia 22 de setembro de 1944, partiram para Itália na Segunda Guerra Mundial.Os pracinhas paraopebenses, que lutaram nas frentes de batalha, testemunharam o horror e não gostavam de falar sobre a guerra.
Minas Gerais perdeu 66 expedicionários e Paraopeba, infelizmente,viu-se ai incluída  com a perda de Américo Fernandes .Convocado para a guerra para junto aos aliados, nos campos de batalha da Itália, ele cumpriu o seu dever de brasileiro e embarcou  juntos com outros seis paraopebenses 
Agenor da Costa Lima
Geraldo Ribeiro da Veiga
Gustavo Tolentino
José Theodoro Barbosa Júnior
Moacir Fernandes 
Lourival Alves
Américo Fernandes,abatido por tiros inimigos em 25/02/45, tombou mortalmente ferido em Monte Castelo.
Identidade 4G-100757, classe 1918.Fez parte do 1º Regimento de Infantária.
Sepultado no cemitério de Pistoia e desde 1960 repousa no Monumento aos Pracinhas no Rio de Janeiro.Os pais do pracinha paraopebense recebeu  do Ministro da Guerra a Medalha Cruz de Combate 2º Classe (prata),  Medalha Sangue do Brasil e Medalha de Campanha, por um ação de feito excepcional na campanha da Itália.Em sua homenagem uma praça com seu nome em Paraopeba "Praça Expedicionário Fernandes".
Interessante carta do sargento Lourival Alves a Manuel Antônio da Silva, Diretor da "Gazeta de Paraopeba"
Itália, janeiro de 1945
Caro amigo Neném,
É meu desejo que tenha passado um feliz natal, junto da família.
Eu, como combatente, também passei o meu natal regularmente.
O próximo espero passar junto com aos meus, se Deus nos ajudar a vencer esta guerra, ainda nos primeiros meses desse ano.
Agora adeus à boa vida que ai levei durante muito tempo.
Divirto-me aqui com o sibilar dos grandes projeteis, seus arrebentamentos e as rajadas de metralhadoras.Há momentos verdadeiramente críticos, mas por um triz ainda se escapa.
Estamos sempre apreensivos e de quando em quando alguém diz "A cobra está fumando".
Estamos atravessando o inverno.Grossas camadas de neve caem dia e noite.Isto não me aflige porque estamos preparados para enfrentá-lo.Piscinas e leitos de pequenos rios estão congelados.Talvez seja por falta de fregueses para o banho frio.
Felizmente, nada nos fala.O bom chocolate, perus, frangos e doces são levados muitas vezes, sob fortes rajadas de fogos inimigos, para serem distribuídos aos combatentes.
Já temos. aqui, o nosso jornal de circulação, editado pelo nosso pessoal e cujo título é:"Cruzeiro do Sul".
Recebemos dai, de quando e quando, o "O Globo Esportivo" e ultimamente a "Gazeta de Paraopeba"que o bom amigo me envia.Assim, estamos sempre a par de algumas notícias dai, como também dos outros pontos do nosso querido Brasil.
Até hoje só recebi carta de Tia Cota.
Um abraço á Tuta e filhos.
Do Amigo, Lourival Alves.
Publicado na "Gazeta de Paraopeba" em 25.02.1945
Fotos dos pracinhas paraopebenses.
(clique na foto para ampliar)
O único paraopebense vivo que participou da Segunda Guera e Gustavo Tolentino.Como seus companheiros, também ficou com sequelas psicológicas por ter participado das frentes de batalha.Reside em Belo Horizonte.
Pesquisa  do "Jornal de Paraopeba"de maios de 2015, nº 280.
O Resgate FEB (Henrique Moura)
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