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Channel: O RESGATE FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA
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Raro bibico de praça da FEB

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Raro bibico de lá original usado pelos pracinhas na Segunda Guerra, feito no Brasil  sem pala do uniforme 5.o Tipo B2. 
Bibico pertenceu aoSoldado Kramer, da 6.a Cia. do 6.o RI e esteve na Torre de di Nerone por um bom tempo. O pracinha Kramer natural de São Paulo nasceu em 1922 e faleceu em 2002(Acervo O Resgate FEB)
Bibico de praça do Museu do Monumento Nacional  dos Mortos da Segunda Guerra Mundial (Rio de Janeiro)
Foto Henrique Moura

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33ª Comemoração do “Dia do Pracinha Salesopolense”

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No dia 09 de junho de 2013, Os Poderes Legislativo e Executivo da Estância Turística de Salesópolis fez a 33ª Comemoração do “Dia do Pracinha Salesopolense, Com a seguinte programação:

10h00min HORAS   - Santa Missa, na Igreja Matriz de Salesópolis

11h15min HORAS   - Hasteamento das Bandeiras
Homenagem aos Pracinhas Salesopolenses   e
Compromisso à Bandeira pelos Jovens Salesopolenses na Praça da Matriz
Veteranos de Salesópolis:
Abílio Nunes dos Passos, Jurandir Nepomuceno da Silva Benedito Claudino dos Santos, Laurentino Marcelino de Morais, Benedito da Fonseca, Moacyr Albino Wuo, Daulino de Oliveira, Francisco da Silva,  Paulo Fatigatti de Morais, Francisco Miranda Melo, Pedro de Souza, Indionor dos Santos, Pedro  Fróis  de  Oliveira , João Duarte, Pedro Pinto de Miranda, José Cursino dos Santos,  Raul Gomes, José Francisco de Melo, Samuel Félix  e  Orlando Rodrigues de Camargo ( único veterano vivo)

Na comemoração foi presenteado ao Veterano Orlando Rodrigues de Camargo,pela Câmara Municipal, O livro História de um Pracinha da Segunda Guerra Mundial – Memórias do meu pai da autora Isalete Leal.
Foi feita a chamada dos Veteranos Salesopolense já falecidos.  Os parentes mais próximos dos Veteranos falecidos como também o filho do Veterano homenageado e a autora do livro, que esteve presente na solenidade, foram homenageados com uma rosa branca simbolizando a PAZ que os veteranos trouxeram para a nossa Nação.
O presidente da Câmara fez um discurso emocionado que o levou as lágrimas com a emoção tomando conta de todos os presente. Ele enaltece os feitos e valores dos Veteranos.
Teve a palavra o prefeito de Salesópolis, o Filho do veterano Orlando Rodrigues de Camargo.
Com o encerramento da solenidade teve a participação especial da Banda de Música e Guarda à Bandeira do Exército Brasileiro, 12ª Brigada de Infantaria Leve Aeromóvel – 6º BIL – CAÇAPAVA / SP, que tocou o Hino Nacional. Com o hasteamento das Bandeiras: Nacional, do Estado de São Paulo e da Cidade de Salesópolis.  E como não poderia faltar a Canção do Expedicionário.
Depois foi oferecido um almoço para os convidados, Veteranos, parente de Veteranos e autoridades presentes.

Matéria de Isalete Leal

AMORE DI GUERRA

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Com 19 anos, o pracinha de Cachoeira do Sul serviu no 7º. Regimento de Infantaria de Santa Maria, como segundo atirador, no terceiro pelotão. Participou da rendição da 48ª. Divisão Motorizada Alemã, em Fornovo di Taro. João Pedro Paz foi convidado para um baile em Pescia, onde conheceu a italiana Iole, então com apenas 17 anos. Retornando a Porto Alegre, recebeu uma carta da jovem dizendo que estava grávida. Após contatos com a Embaixada da Itália, casaram-se em 28/10/1946.
Na volta ao Brasil, Paz participou de uma festa no Cassino a Urca, com a presença do Dr. Getúlio Vargas e do cantor Vicente Celestino. Em uma roda de pracinhas que contavam as aventuras em na campanha da FEB, o cantor ouviu a história do casal João Pedro e Iole.Com base na história,Vicente Celestino comporia “Mia Gioconda”, uma das mais belas canções do pós-guerra:


Letra

Do dia que nascemos e vivemos para o mundo
Nos falta uma costela que encontramos num segundo
Às vezes muito perto desejamos encontrá-la
No entanto é preciso muito longe ir buscá-la
Vejamos o destino de um pracinha brasileiro
Partindo para a Itália transformou-se num guerreiro
E lá muito distante, despontar o amor sentiu
E disse estas palavras a uma jovem quando a viu,
Italiana,
La mia vita oggi sei tu
io te voglio tanto bene
Partiremo due insieme
Ti lasciar non posso più
Italiana
Voglio a ti piccola bionda
Ha il viso degli amori
La tue lapri son due fiori
Tu sarai mia gioconda
Vencido o inimigo que antes fora varonil
Recebeu F.E.B. ordem de embarcar para o Brasil
Dizia a mesma ordem:
Quem casou, não poderá levar consigo a esposa
a esposa ficará
Prometeu então o bravo, ao dar baixa e ser civil:
Embarcarás amada, para os céus do meu Brasil
E, enquanto ela esperava lá no cais napolitano
Repetia estas palavras no idioma italiano,
Brasiliano,
La mia vita oggi sei tu
Io ti voglio tanto bene
Chiedo a Dio que tu venga
Ti scordar non posso più
Brasiliano,
Sono ancora tua bionda
Mi sposo hai lasciato
Questo cuore abandonato
Che chiamasti di Gioconda

Di Gioconda
Di Gioconda

Na foto, o veterano João Pedro Paz e sua esposa Yole. O casal inspirou a música de Vicente Celestino, “Mia Gioconda”

                                                                             
Matéria, Martins DM 

MIA GIOCONDA - FEB

Souvenir 1945 5º Exercito Americano.

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Chaveiro souvenir do 5º Exercito Americano de 1945 (acervo O Resgate FEB)

Jornal E a cobra fumou !

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Raro jornal E A COBRA FUMOU ! ,  editado e impresso na Itália, ano 1 , numero 1, direção do Tenente Piason, orgão do I Batalhão, redação do soldado Vidigal em 17 de agosto de 1944 do acampamento em Tarquimia (Itália). Contendo 4 paginas de noticias , editoriais, informações e diversão.Faltando assentos  em algumas letras por motivo de falta de tipos das gráficas italianas. (acervo O Resgate FEB)
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Bússola (US) de pulso da Segunda Guerra.

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Bússola de pulso de marca TAYLOR americana com caixa em baquelite muito usada pelos paraquedista americanos e alguns febianos na Segunda Guerra Mundial (acervo O Resgate FEB)
Bússola de pulso exposta no Museu do Memorial Nacional  dos Mortos na Segunda Guerra  no Rio de Janeiro.
Bússola de pulso exposta no Museu casa da FEB nas Ruas das Marrecas no Rio de Janeiro.
Repare a bússola presa a seus acessórios a direita do soldado americano
Fotos Henrique Moura.
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PATRULHA NA MADRUGADA

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Abril, oito horas da noite
Os pracinhas aguardam o momento da partida. A missão é perigosa. Seu comandante é o Tenente Raymundo Cavalcanti (Rio de janeiro-Rua Barão do Bananal,166) , que recebe as últimas instruções. O Sargento Waldir dos Santos (Estado do Rio) acende um cigarro, o último da noite, e conversa com o Soldado Camilo de Oliveira (Itajaí-Santa Catarina) sobre a carta que recebeu à tarde. Às nove horas a patrulha se dirige à terra de ninguém o único homem desarmado, o enfermeiro. Ele leva apenas a mala de curativos de emergência. Depois de ter desaparecido de vista do PC, inicia-se o contato pelo rádio. Uma imprudência e tudo estará perdido. Como astutas raposas os patrulheiros vão se aprofundando em terreno inimigo.
À uma hora da madrugada, a pouca distância de Rocca Corneta, adiante de Cappel Buso e Pizzo di Campiano e Roncore, a coluna foi surpreendida pelo fogo dos nazistas. De uma elevação, os alemães, favorecidos pelo luar, avistaram os pracinhas e comunicaram a todas as casamatas e ninhos de metralhadoras a posição exata. Uma carga de morteiros, granadas de bazucas e fogo de metralhadora foi despejada sobre os brasileiros. O Tenente Cavalcanti ordena que todos se abriguem e respondam ao fogo. Tres pracinhas caem feridos . O enfermeiro José Agostinho ( S. João del Rei, Rua General Osório, 165-Minas Gerais) abre sua caixa de emergência e aplica os primeiros curativos. Todos por estilhaços.
O total de feridos chega a seis. O Sargento Américo Araujo (Salvador-Rua Visconde de Quiçamã), comandante de unidade da patrulha, teve dois de seus homens atingidos quando espreitava os alemães. Assim mesmo conseguiu trazer os feridos até chegar a salvo. Missão cumprida. Os demais feridos foram levados até Rocca Corneta. O Sargento Adir Rodrigues Costa (São Sebastião-Rua Capitão-Mor, Estado do Rio) trouxe dois dos seus colegas feridos para a retaguarda. As três da manhã a patrulha estava de volta e o Comando obtinha informações de grande valor sobre os efetivos nazistas na área. Rocca Corneta foi um dos pontos marcantes na frente sob a responsabilidade da FEB. Sobre um monte, a construção simples era provida de um cone interior que soava quando o vento dos Apeninos batia forte.”
Do livro:
A LUTA DOS PRACINHAS
A Força Expedicionária Brasileira – FEB na II Guerra Mundial.
De JOEL SILVEIRA e THASSILO MITKE
Um Tipo Inesquecível
Esse bravo Tenente do 1º RI que esteve à frente de seu pelotão na conquista de Monte Castelo e que foi condecorado pelo General Lucian Truscott, conforme vemos nas fotos acima, é o nosso escolhido para representar o “inesquecível herói” de minha infância, juntamente com minha mãe, Enfermeira da FEB.
O Major Cavalcanti era tão especial que sua lembrança imediatamente traz a suavidade peculiar na maneira de falar, de comedidas expressões faciais, caracterizando sua elegância natural, sendo de baixa estatura e inúmeras historias contadas de suas bravuras.
Falar de alguém importante que não se encontra mais em nosso meio, que tem filhos : versados nas escritas, nas formas arquitetônicas, na cultura ambiental, na fisiologia humana, etc.. tudo isso vai dando uma responsabilidade no cuidado e fidelidade dos fatos. Não sendo profissional na área da escrita resta-me deixar o coração “falar”.
Foto do pelotão ,a frente o Tenente Cavalcante
O que dizer de alguém recém nascido que “amorosamente” foi deixado à porta do Convento dos frades Capuchinhos em Belém do Pará. Foi entregue aos cuidados de um casal paroquiano, Lídia Antonio de Araujo Cavalcante ( negra e lavadeira) e Claudino de Holanda Cavalcante, afim de receber educação e amor da sua nova família. Sua instrução foi acompanhada de perto pelos religiosos, vindo assim dessa parceria, o fino trato e sabedoria que esse nosso personagem dispensava a todos que o rodeavam.
Foi praça de 1927, esteve na Revolução de 1930 como Cabo do Exercito Brasileiro.
Á partir dai foi transferido para o Rio de Janeiro onde participou da Revolução Legalista em 1932 e da Intentona Comunista em 1935, movimento rapidamente combatido pelas Forças da Segurança Nacional.
Seu espírito combativo adaptou-se à disciplina. Serviu no Ministério da Guerra no gabinete do General Gustavo Cordeiro de Farias, de onde, após a declaração de Guerra foi transferido como 2º Tenente para o Regimento Sampaio, embarcando assim para a Itália.
Quando partiu de Belém para seguir seus ideais havia deixado sua primeira namorada de coração “partido”, restando à mesma acompanhar as notícias do seu destemido guerreiro. Ao final da 2ª Guerra foi surpreendida pela triste notícia de que seu amado havia morrido. Em meio à sua dor mandou celebrar uma missa em sua memória.
Tempos depois, uma amiga em comum traz a boa noticia de que ele estava vivo, com uma filha e um casamento desfeito no Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo nosso herói fica sabendo do carinho ainda dispensado por seu “primeiro amor”. Retorna à sua cidade natal e desposa em segundas nupcias, Raimunda Marçal, com quem teve mais quatro filhos ( dois homens e duas mulheres) vivendo em grande harmonia pelo resto de sua vida.
O Major Raymundo Cavalcanti fundou a Associação dos Ex-Combatentes do Brasil, seção Pará, onde a presidiu por vários anos, desenvolvendo e prestigiando os associados com inúmeras atividades recreativas e culturais em sua gestão.
Juntamente com sua esposa fundou e dirigiu a Escola Marechal Mascarenhas de Moraes, do Jardim ao 5º ano, que funcionava no prédio da Associação, privilegiando tanto os filhos dos pracinhas como a comunidade paraense, com um ensino de qualidade. Posso atestar por haver estudado na mesma juntamente com meus irmãos.
Faleceu em 22 de novembro de 1990, deixando enorme saudade aos familiares e amigos. Não nasceu em berço de ouro e seu maior legado foi o exemplo de honradez e amor à Pátria Amada Brasil!
Nossas famílias permanecem unidas pois assim podemos honrar nossos antepassados com os mesmos ideais de liberdade e amor, o tributo que herdamos.
E assim segue a COBRA FUMANDO !
PORTAL FEB


1º Batalhão de Saúde da FEB.

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Raras flamulas  da lembrança da reunião do 1º Batalhão de Saúde,fabricado pelo Rei das Flamulas (Rua Senador Dantas 73 - Rio de Janeiro)  Acervo O Resgate FEB
Lembrança da 15ª Reunião 1º Batalhão de Saúde de julho de 1960.
Lembrança da 10ª Reunião dos Veteranos do 1º Batalhão de Saúde em julho de 1955.
(clique na foto para ampliar)

'O alemão fez sinal. Pegou uma foto e me mostrou. Eram ele, a mulher e duas crianças'

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Meu nome completo é João Gonzales. Tenho 91 anos e fui da 1ª Companhia de Petrechos Pesados do 1º Batalhão do 6º Regimento de Infantaria. Fui designado e embarquei com o primeiro escalão da FEB. Nossa unidade foi a primeira a participar da guerra. Eu percebi na primeira noite que nós entramos em combate porque nós estávamos ali naquele afã de se acomodar durante a noite, porque o frio ali é meio forte, e aí já ouvimos uns tiros. Ficamos meio assustados... a gente não estava habituado. Depois ouvimos umas rajadas de metralhadora. Naturalmente isso era com intuito de nos assustar, porque não acertou nenhum de nós.Quando eu fui ferido a nossa linha telefônica com a terceira companhia havia sido interrompida por tiros de artilharia. O comandante da companhia me disse: "Como é que nós vamos fazer?" Isso eram onze horas da noite. Mas como ele insistiu, eu falei pra ele: "Eu vou, capitão, mesmo que vá sozinho". Aí ele falou: "Mas sozinho você não tem condições". Aí consegui convencer três soldados, que se dispuseram a ir comigo e fomos consertar a linha.
 Depoimento: João Gonzales
Entretanto chegou um ponto que caía muita bomba, bomba em cima da outra, muita bomba. Eu comuniquei ao capitão: "É praticamente impossível prosseguir". E ele disse: "Ô rapaz, você nunca demonstrou medo, agora você está com medo?". Eu falei: "Medo eu não tenho, mas tô colocando em risco a minha vida e a dos demais companheiros". "Vê o que você pode fazer", ele respondeu.
E eu, para não retroceder, prossegui, né. Aí andei mais cem, 200 metros e caiu uma bomba na minha frente, como daqui até a porta da cozinha e aí escureceu tudo e eu caí.
Quando cai a bomba, é aquela luminosidade, a gente fica cego, não enxerga nada. Caí no chão, comecei a me debater. Estava sozinho, pois meus colegas tinha recuado para salvar a pele. E eu fiquei ali com hemorragia tremenda, sem poder me levantar, fazia um esforço, mas não conseguia, não conseguia.
Eu tenho estilhaço ainda no pulmão até hoje, eu tirei dois, extraíram dois, mas um permanece até hoje. Quando eu fui ferido eu achei que era meu fim. Eu percebia três furos no capote e o sangue escorria abundantemente uma hemorragia muito forte, então eu logo deduzi o seguinte: a hemorragia que vai me acabar. E nessa hora, aqui pra nós, o único que você se lembra é da sua mãe... uma hora difícil, viu, é difícil, mas felizmente eu fui pro hospital, me socorreram, me safei dessa.
A guerra é o pior que pode acontecer, não existe nada pior.
Quem devia fazer a guerra são os chefes, as duas cabeças, eles é que deviam se enfrentar e poupar o resto do mundo.
Um dos fatos que me marcou foi a morte do tenente chamado José Maria Pinto Duarte. Estavam eu, o Atratino, o capitão Tavares, primeiro-tenente e um soldado corneteiro. Começou a escurecer e nós avançamos até um determinado ponto e ficamos. E nisso avistamos a casa a uns cem metros, 200 metros a frente e o capitão Atratino me falou: vai dar uma olhada na casa e vê se tem condição de a gente se acomodar lá. Nos alojamos ali.
Tinha um monte de milho debulhado, eu esparramei o milho e deitei em cima.
Durante a madrugada, ouvi vozes. Não julgávamos que fossem os alemães. Mas eram. Durante a noite, eles retomaram as posições que tinham. Ficaram pertinho da gente. O nosso pessoal percebeu e recuou, mas nós na casa não percebemos. A gente via os soldados alemães passando com munição.
O capitão Atratino estava excitado demais. Ele apontou e atirou no soldado. Lógico que matou o pobre infeliz, mas eles perceberam e aí viraram a metralhadora para nossa casa. Aí começou aquele salve-se quem puder. E o Atratino: corre, foge, foge.
Eu fui o primeiro a pular pela janela. Aí pulou o Atratino e, nisso, pulou o José Maria Pinto Duarte, ele foi tão infeliz que o atingiram com uma rajada.
Nós tentamos puxá-lo, mas naquele fogo intenso, naquele sufoco. O Atratino: corre, corre se esconde.
Eu deixei os dois e saí correndo. O Atratino tentava arrastá-lo, mas ele era um homem muito alto, pesado, era difícil.
Eu me lembro quando ele falou: "Cuide bem da minha filha", como uma súplica, uma verdadeira súplica. Aquilo calou muito, me marcou. Eu nunca esqueço disso.
Praticamente engatinhando, fui saindo até que cheguei na minha companhia. Eram oito horas. O capitão Atratino, quando me viu, me abraçou, quase que chorando viu. Falou: "Rapaz, eu pensei que você tinha morrido também. Já não contava mais contigo". Eu falei: "E o Zé Maria?" "Esse já foi", respondeu o capitão.
Olha, coisa boa a guerra não é. Não existe coisa pior. A guerra é uma destruição de tudo. Caráter, vidas. Eu me lembro de uma senhora com uma criança de nove anos que veio correndo pro meu lado pedindo comida. Nós não podíamos. A alimentação era toda em lata.
Tinha a F9, que era um feijão grosso. Aquilo era intragável. Eu não comia então ia juntando aquelas latas. Tinha sete, oito latas daquela. Quando a mulher veio eu peguei, fui procurar as latas escondidas e dei pra ela. Mas ela devorou aquilo de um modo espantoso, espantoso.
Ela abria a lata, botava assim e comia, sem mastigar sem nada e a criança agarrada, clamando... ela nem lembrava da criança, quando ela comeu três ou quatro latas que ela foi lembrar da criança, mas olha, comia com uma avidez que assustava a gente. Como é que essa mulher engole desse jeito.
Até hoje tenho pesadelos. Volta e meio tenho um sonho e relembro fatos. Na hora me ocorre a lembrança de certas passagens lá. Ainda hoje. Sessenta e tantos anos após o conflito. Que a pessoa fica marcada.
Eu me lembro de um soldado chamado Guilherme. Uma vez a gente estava numa tarde de um tiroteio tremendo e a gente engatinhando para não ser atingido, pois oferecia menos volume como alvo e, naquele dia, ele levantou e saiu correndo e eles com aquela metralhadora. Falei: "Vai morrer". Ninguém se atrevia a levantar e sair correndo. Eu peguei nas pernas dele e o derrubei. Ele era franzino. Minha sorte era essa. Ele estava transtornado completamente. Nunca me esqueço... um rapaz novo ainda, era mais novo do que eu.
Atirei muitas vezes na guerra. Não posso dizer se matei ou não. Por que ali, não é assim. Eu aqui. É a 200, 300 metros e como não é um só que atira, a gente as vezes até via o cara tombar, mas não posso precisar se foi o meu tiro que o atingiu ou não e não quero nem pensar que fui eu.
No fim, me lembro de uns prisioneiros que nós pegamos lá. Um sargento alemão chegou perto de mim... Quem tinha apanhado foi um tal de Nascimento, um sargento, que os tinha aprisionados. E esse Nascimento era um tanto agressivo. Eu disse: "Nascimento, pera aí, vamos devagar, os moços já estão presos. Não têm como reagir mais. Vamos tratar eles como seres humanos". Eu quis amenizar a situação. E não sei se o sargento, esse alemão, ele entendeu o que eu quis dizer, que imediatamente ele ajoelhou aos meus pés, como que pedindo perdão. Eu tentei levantá-lo. Aí ele enfiou a mão numa blusa até pensei que ele ia puxar uma arma e me preveni com minha pistola. O alemão fez sinal que não. Pegou e tirou uma fotografia e me mostrou ele, a mulher e duas crianças. Aquilo comove viu... pra entender que ele também tinha filhos... a guerra é ruim pra todo mundo. A guerra é o pior que pode acontecer.
Fonte  O Estadão

Caixa de munição CAL.30 M1. US - FEB.

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Caixa de munição com a pintura original (olive drab) de 1945  CAL.30 M1 AMMUNITION fabricados durante a Segunda Guerra Mundial pela REEVES. uma das quatro fabricantes que fizeram caixas de aço entre 1943 e 1945.A munição calibre 30 M1 na caixa de aço foi desenvolvida para oferecer cintos de 250 balas. (acervo O Resgate FEB)
Estas caixas  de munição depois de usadas  pelos soldados da FEB em combate eram muitas vezes utilizadas como caixa de guardar seus pertences nos acampamentos e trazidas também como lembranças de guerra.O tenente Pedro Rodrigues de Curvelo ele mesmo trouxe uma como lembrança que durante a guerra servia de guarda de objetos pessoais.
Caixa de munição Cal 30 M1  a direita no piso em exposição no Museu do Expedicionário de Curitiba 
Com o cinto de 250 balas

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Amynthas Pires de Carvalho, Veterano da FEB, Prisioneiro do Campo de Concentração Stalag

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Amynthas Pires de Carvalho, Veterano da FEB, Prisioneiro do Campo de Concentração Stalag VII A, Moosburg, Alemanha.
"As operações do Destacamento FEB eram marcadas por constantes encontros de patrulhas. Tomei parte de muitas dessas patrulhas.
Eram raros os momentos de calmaria. Lembro-me bem que em um desses interlúdios, aproveitei para tomar um banho numa das casas de italianos que havíamos ocupado no transcorrer das patrulhas. Eu já todo ensaboado, os alemães iniciaram uma violenta tempestade de tiros de morteiros. Mal consegui me vestir e sair à busca de abrigo. Logo notei que um senhor aparentando uns 70 anos, havia sido atingido no ventre, por um estilhaço de projétil de morteiro. Sangrava profundamente, e ficou recurvado, gemendo de dor. Nesse instante, ouvi vozes das netas do ferido que, aos prantos, gritavam, "nono! Nono!" Parece que foi ato da Divina Providência, os alemães deram uma trégua. Volta e meia, sem que eu a procure ou queira, a cena de reproduz em minha mente, com muita nitidez e em cores vivas: Eu, ensaboado, com um homem ferido nos braços, entregando-o aos cuidados de suas netas.
O dia 22 de outubro de 1944 que deu início a uma das passagens mais marcantes e trágicas de minha vida. Nesse dia, foi-nos dada a missão de fazer uma patrulha de reconhecimento para determinar a posição dos alemães à nossa frente. Alcançamos o vilarejo de Galicano, na região de Barga, na Toscana. Um grupo de mulheres que acabava de sair de uma igreja puseram-se a gesticular e apontar com os polegares voltados para a retaguarda, enquanto diziam: Tedeschi! I Tedeschi! Sono vicini! Molto vicini! Guarda!..."


"A patrulha era comandada pelo Segundo Tenente Manoel Barbosa da Silva, que, além de não dar ouvidos às advertências das mulheres, voltou-se para nós e disse que se algum de nós tentasse correr, ele atiraria para matar. Sem procurar cobertura, avaliar a situação do terreno, colocar a patrulha em posição de combate, ele avançou uns 200 metros e, em pé, pegou o binóculo e vasculhou o terreno, da esquerda para a direita, e da direita para a esquerda. Ele deve ter localizado os alemães, porque pegou a carabina M1A1, geralmente fornecida aos oficiais e como estava, apontou e atirou.
Foi a mesma coisa, como se diz no interior de Minas Gerais, que "futucar caixa de marimbondo caga-fogo com vara curta". Os alemães começaram a disparar fogo cerrado contra nós. O Tenente recebeu um tiro de fuzil no meio da testa e teve morte instantânea. O Sargento e os soldados que estavam ao lado do tenente lançaram-se ao chão e rastejaram, arrastando com eles o tenente morto, e alcançaram uma cocheira, cuja entrada ficava bem em frente dos alemães.
Os alemães lançaram sobre a cocheira uma descarga de tiros de fuzis, metralhadoras, morteiros e granadas incendiárias, ao mesmo tempo que iam se aproximando para invadí-la. A cocheira, que era de madeira virou um inferno de labaredas num piscar de olhos. Nossos homens conseguiram sair mas tiveram que deixar para trás o corpo do tenente.
Nossa artilharia, percebendo as explosões, lançou uma barragem de tiros sobre o local. Na esperança de escapar, pedi a proteção de Deus e saí rastejando. Balas zumbiam em todas as direções, e cascas de árvores caíam sobre mim como um temporal de granizo. Passei umas duas horas procurando uma brecha para escapar. De repente, fui abordado, por trás, por um oficial alemão com uma pistola automática em punho. Apontando a arma para a minha cabeça, perguntou:
-Amerikaner?
-Brasileiro! - respondi. O oficial tomou-me o fuzil Springfield e fez com que eu o acompanhasse.
Segundo a sabedoria dos ditados populares, ninguém morre antes do dia. Quando ele me apanhou de surpresa, por trás, poderia ter-me executado com um tiro na nuca. Eu também poderia ter matado o oficial alemão. Inexplicavelmente, ele me tomou o fuzil, mas não me fez entregar a baioneta que levava na cintura. E em vez de mandar que eu fosse na frente, fez-me acompanhá-lo. Passou-me pela cabeça aproveitar a oportunidade para tentar dar-lhe um golpe de baioneta pelas costas, porém não o fiz pela quase certeza de que havia soldados alemães por perto, observando nossos movimentos.
Ele me conduziu a uma casamata, onde me entregou aos soldados que lá estavam. Senti, naquele momento, na penumbra daquele abrigo subterrâneo blindado, uma espécie de calafrio e minhas pernas bambearam. Veio-me à mente o temor, de longe arraigado, de que havia chegado o momento em que os alemães iriam me submeter às terríveis torturas." 

"Uma das condições mais angustiantes para um prisioneiro de guerra é o fato de jamais saber qual é o seu destino - não sabe para onde vai, não sabe se vai ser transferido, não sabe aonde chegará. Daí, tem que encontrar muita força de vontade, muita resignação, muita paciência e, acima de tudo, precisa Ter muita fé, principalmente quem professa uma religião e crê em Deus. A vida, tal qual a entendemos em situações normais, perde o significado. A morte, quase sempre uma morte lenta, está constantemente à espreita. Além disso, quando o corpo pede cama, as intempéries pedem abrigo, o estômago pede comida e bebida, a dor pede alívio, o algoz maquina uma nova forma de causar sofrimento e penúria."
 PRISIONEIROS DO STALAG VII 



Álbum de recordação do Pracinha Pedro Rodrigues de Curvelo (MG) na Segunda Guerra Mundial

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Amigo de boas conversas Tenente Pedro Rodrigues.
Uma foto rara os pracinhas lavando seus uniformes.
 Histórico
Interessante e raros momentos dos pracinhas da FEB fora dos campos de batalhas na rotina, afazeres,passeios, diversões e como era o dia dia dos acampamentos.Fotos ricas para pesquisa de seus hábitos e como era vida fora dos horrores da guerra.Fotos da maquina do praça Pedro Rodrigues que comprou na Itália para registrar momentos históricos da FEB.
Agradeço a gentileza da amiga conteranea Mariula Rodrigues filha do Tenente Pedro Rodrigues em divulgar estas fotos pertecentes a familia..
                         
Nome: Pedro Rodrigues
Data de Nascimento 30/09/1922
Convocado 
 De Curvelo para o Rio de Janeiro para Nápoles/Itália
6º RI de São Paulo
Ferido dia 20/04/1945 em Zoca (Code: Morteiro)
 Sua Companhia (3ª) perdeu 18 homens
 Em Vogueria, durante patrulha foram avistados quatro soldados alemães montados em burros que também carregavam munição; seu superior, um sargento, ordenou que os metralhassem. Ainda, questionou a ordem se era mesmo necessário; recebida nova ordem, disparou uma rajada com a sua ponto 50 matando a todos, soldados e os animais.
Utilizava um fuzil/Mauzer rajada de 20 tiros
Lembra dos amigos de Curvelo Eurípedes (Pinduca, Batalhão Engenharia); o Darci, Licério Ribeiro Guimarães (cozinheiro), Quirino Henrique de Freitas (Padioleiro), Bajojo e Geraldo Ribeiro Guimarães (ainda vivo), Pedro Francisco.

Foto de estúdio tirada na Itália (acervo O Resgate FEB)
Pedro Rodrigues a esquerda com o uniforme de praça feito no Brasil.
O primeiro a esquerda  no acampamento
Pedro Rodrigues entre duas italianas 
 Pracinha Pedro Rodrigues no parque de diversões nas suas horas de folga
Ao lado se sua barraca de campanha em pé do lado direito da barraca, mostrando a rotina do acampamento.
No embarque do 1º escalão no Rio de Janeiro no Navio General  Meighs.
Confraternizando com as mulheres italianas.
Pedalando sua bicicleta na rua de alguma cidade libertada.
Pedro Rodrigues o segundo a direita agachado com os companheiros no acampamento
Treinando com a tropa, está a esquerda do que está em pé no centro.
No Cruzeiro do acampamento agachado no centro

Clique na foto para ampliar

História de uma missão de guerra que terminou em Vodka

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Tenente Rui Moreira Lima no seu P 47 Thunderbolt

O relato do piloto Tenente Rui Moreira Lima de uma das suas missões de ataque na área de Casarsa durante a Segunda Guerra :

No dia 11 de março de 1945, decolaram duas esquadrilhas do 1º Grupo de Caça sob o comando do Capitão Lagares, com a finalidade de bombardear a muito conhecida ponte de Casarsa, localizada ao norte de Veneza. Completava eu a 59ª missão de guerra. A ponte era conhecida por motivos óbvios. Ali, alguns companheiros trouxeram a marca da acurada artilharia alemã. Um deles, o Ten Armando de Souza Coelho, teve seu avião atingido, saltando de pára-quedas em território amigo. O Ten Othon Correia Neto, que não teve a sorte do Armando, saltou sobre a área de Casarsa, sendo feito prisioneiro. Eu mesmo já havia recebido meu quinhão, quando o meu P-47 foi atingido na asa, por estilhaços de 88. A verdade é que esse não era o lugar mais aprazível para ser "visitado". Quando nos designavam para ir até lá, não havia entusiasmo de nossa parte. Casarsa soava, para nós pilotos, como Bolonha, Ferrara, Legnago, Udine, Lavis, Piacenza, Isola di Scala e mais uma dezena de bem defendidos alvos do Vale do Pó. Lançar bombas em alvos como esses, se bem que fôssemos voluntários - o 1º Grupo era constituído somente de voluntários - causava-nos profundo respeito.
Decolaram as esquadrilhas Verde e Marrom. Na primeira, comandada pelo Cap Lagares, voavam o Ten Tormin, como nº 2, eu como líder de elemento, e o Ten Coelho como nº 4; a Marrom, também sob o comando de Lagares, formada pelo Cap Pessoa Ramos, o Ten Meira como nº 2, o Ten Perdigão como líder de elemento e o Ten Paulo Costa como nº 4. Todos veteranos. O menos experiente era o Tormin, mas que se tornou veterano nas suas primeiras missões, conquistando este título por bravura, precisão nos ataques, descontração no vôo sob o fogo antiaéreo e mais um punhado de qualidades que o tornaram um dos mais hábeis pilotos de caça de nossa Unidade.
A rota escolhida até o alvo saiu da rotina, pois ao invés de voarmos diretamente para o objetivo, o Lagares, para evitar o Flak de Bolonha, voou sobre nossas linhas até Florença, rumando daí para Casarsa. Nessa ocasião, parte da "Estrada 9" tinha caído nas mãos do VIII Exército Inglês. Ao cruzá-la, deixamos à nossa esquerda a cidade de Forli, recentemente conquistada pelos ingleses, estando ocupada por um esquadrão de aviões de ataque A-20, formada de poloneses da RAF. Para esta história, este detalhe é importante.
Chegamos a Casarsa na hora estabelecida, e iniciamos o ataque. Era uma ponte ferroviária sobre o rio Madunna, que só poderia ser considerado como tal na época das águas. Parecia um desses nossos rios do nordeste que, na seca, vira estrada.
Mergulharam o Lagares e o garoto Tormin, vindo eu em seguida. No momento em que iniciava o mergulho, descobri uma bateria de 88 alemã, localizada a uns 200 metros da ponte. Avisei pelo rádio: - "Jambock Verde, de Jambock Verde, nº 3, localizei uma bateria, vou atacá-la, antes de lançar minhas bombas". - "Boa sorte", replicou o Lagares.
Como era de esperar, fui recebido "festivamente", não somente pela bateria que estava atacando, mas por outras armas de menor calibre, inclusive canhões antiaéreos de 40 e 20 mm. Deixei tudo em volta e me fixei na bateria. Mais ou menos a uns 3000 pés, fui atingido no motor, perdendo dois cilindros. O motor começou a pegar fogo. Novo aviso ao Lagares: - "Jambock Verde, fui atingido, o avião está pegando fogo, vou continuar o ataque sobre a bateria, saltando de pára-quedas em seguida". Sem aguardar a resposta, desci mais sobre o alvo, que somente parou de atirar quando o seu último artilheiro foi eliminado. Honra à memória daqueles bravos alemães. Tudo isso correu no relógio em segundos. A velocidade de mergulho andava pelas 420 mph. Transmiti nova mensagem: - "Jambock Verde, estou com fogo a bordo, vou agora lançar minhas bombas sobre a ponte, 'entregando-as a domicílio', e depois saltarei".
Por sorte, no momento em que sobrevoávamos o alvo, estava parado sobre a ponte um trem alemão. As bombas dos setes aviões que me antecederam pegaram a aérea do alvo, mas não atingiram a ponte. Como fui fazer aquelas entregas, acertei em cheio. O trem era de munições. Uma festa pirotécnica. A explosão das duas bombas de 500 lbs do meu D-4, "o Poderoso" (eram esses o número e o nome do meu Thunderbolt), misturou-se à explosão da munição do trem.
O dia 22 de abril de 1945 é uma data emblemática para a Força Aérea Brasileira, pois marcou o ápice da campanha do 1º Grupo de Aviação de Caça no Teatro de Operações europeu.
Como ataquei a baixa altitude, fui atingido pelos estilhaços. Trouxe mais de 28 marcas no avião, sendo que em duas delas poderia passar uma bola de futebol de salão.
Cumprida a missão, com a ponte destruída, transmiti nova mensagem: - "Jambock Verde, é o Jambock Verde 3, vou saltar, a visibilidade é zero, pois, além do fogo, há óleo sobre o pára-brisa, cobrindo também o canopy e fumaça na nacele". Com o excesso de velocidade, levantei o nariz do avião, atingindo a altura de 8000 pés. Agora, só saltar e esperar o bicho que ia dar.
Nesse instante, ouvi a voz clara do Lagares: - "Não vai saltar coisa nenhuma, o fogo antiaéreo te pegará durante a queda, toma o rumo 150º que te avisarei quando deves saltar". - "E o fogo? Achas que devo virar churrasco ou explodir feito o trem lá embaixo?" - "É uma ordem, não salta agora, há Flak demais em torno do teu avião, estão te caçando, é burrice saltar agora". Outras vozes chegaram aos meus ouvidos. O estribilho era o mesmo, - "Não salta Arataca!" A solidariedade dos companheiros e a voz experiente do Lagares clarearam minha cabeça. - "Está bem, Jambock Verde, leva-me para outro local, que o canopy está começando a fundir, e eu estou vendo a hora de dar o último grito".
Voei na reta, sempre subindo, seguindo as instruções do Lagares. Não se via nada para o exterior. A labareda que vinha do motor lambia o lado esquerdo do canopy. O óleo, a fumaça tudo impedia que eu visse o azul lá fora. O vôo era por instrumentos, coisa que, na época, não era meu forte.
- "Agora salta, estás sobre o Adriático. Já pedi socorro. Dentro de duas horas terás um Catalina que te apanhará. Usa bem a cabeça e teu barco de emergência."
Acontece que, naquele instante, meu ímpeto de saltar já estava bem arrefecido. Afinal de contas, não era pára-quedista. Iria tentar um meio de apagar o fogo. Avisei, caprichando no timbre de voz, dando a impressão de que estava calmo de que não iria saltar enquanto não tentasse uma manobra para apagar o fogo. Minha decisão caiu como uma bomba sobre o pessoal. Entre as palavras que me chegavam aos ouvidos, quase todos me chamavam de burro, xingavam minha mãe, diziam que eu iria virar churrasco, que eu estava era com medo de saltar, etc. Ouvi o diabo, mas não dei bola. Aproveitei um intervalo e entrei no ar declarando: -"Estou a 12000 pés, vou cortar a gasolina, mistura, bateria, gerador e magnetos. Picarei em seguida até atingir 350 mph. O fogo deve apagar. Darei partida no motor outra vez, se o fogo voltar, saltarei. Caso contrário voarei até onde der". Pararam de falar, naturalmente para observar-me. Executei a manobra planejada, a labareda extinguiu-se. Ao dar nova partida, ela não voltou. Aumentou a fumaça, talvez por ter aumentado o vazamento de óleo.
Com o fogo apagado, o Lagares deu-me o rumo direto de Forli, a tal base de poloneses da RAF. Atendendo ao comando do Lagares, fui guiado até lá. Quando estava mais ou menos a um minuto da cabeceira da pista, em altura conveniente, o Lagares disse-me que estava alinhado com a pista, devendo cortar o motor à sua ordem.
Aí entrou São Tomé. Quis conferir. Pus o óculos de vôo, abri o canopy e estiquei o pescoço para fora. Um jato quente de óleo cobriu-me os óculos. Num gesto pouco inteligente, tirei os óculos e insisti. Desta vez paguei caro. A vista esquerda foi atingida com óleo quente. Já estava quase no chão. A ordem para cortar o motor veio rápida. Fazê-lo e deslizar de barriga sobre a pista foi questão de um piscar de olhos. Fiz uma aterrissagem sem rodas, pois tanto eu quanto o Lagares não queríamos correr o risco de "varar" a pista com uma possível explosão. O avião correu o suficiente para parar a uns dez metros do seu final. Depois daquele barulho infernal da lataria deslizando sobre uma pista de emergência feita de grades de ferro, e passado o susto momentâneo, chamei o Lagares, quase implorando que ele não me deixasse naquela base desconhecida, de aliados desconhecidos também, onde teria que me entender com poloneses falando inglês, língua cuja pronúncia arataca (sou nortista do Maranhão) não pegaria bem falando com gente da Polônia, que só conhecia através do rádio, quando Batatais engoliu 5 frangos e Leônidas e Hércules fizeram 6 gols em Majewski, no campeonato de futebol de 1938.
Meus apelos foram em vão. As esquadrilhas retornaram a Pisa. Fiquei entregue à minha própria sorte e sabedoria. Deixei o avião às carreiras. Ainda havia o perigo de uma explosão. Afastei-me o quanto pude. Sentei-me sobre o pára-quedas a uns 100 metros, tremendo, mas tremendo mesmo, a vista esquerda no escuro, aguardando o socorro de um carro contra-incêndio, uma ambulância e um jipão. Quem me descobriu primeiro foi o jipão. Sobre o capô vinha sentado um oficial da RAF. Louro, 1,88 m, uniforme bem posto, com algumas condecorações que, de longe, me perguntou: - "Brasileiro?" Como não imaginava que àquela altura dos acontecimentos fosse encontrar um inglês da RAF falando português, dei uma de inteligente e respondi: - "Yes". - "Yes, coisa alguma, seu sacana, como vão as mulheres de Copacabana? Que é que houve contigo?"
Caí das nuvens de alegria. Respondi-lhe com outra pergunta: - "E tu, que é que estás fazendo com esse uniforme da RAF?" - "Sou filho de inglês, nasci em Curitiba, e aqui estou nessa merda dessa guerra maluca". - "Mas por que estás aqui com os poloneses?"
Aí veio a explicação. Na véspera, dois aviões Focke Wulf-190 fizeram um ataque de surpresa, matando alguns tripulantes de A-20 que assistiam a um cinema ao ar livre. Por solicitação do comando polonês, a RAF mandou uma esquadrilha de Spitfires para fazer a defesa aérea de Forli. Comandando essa esquadrilha, veio o Frederick C. Tate, de Curitiba, Paraná, filho de inglês e tão louco quanto a guerra louca que já estava chegando ao fim.
O médico polonês que me atendeu foi gentilíssimo e eficiente. Ali mesmo fez a faxina no olho esquerdo. Com um chumaço de algodão embebido em líquido amarelo, limpou-me a vista. A impressão que tive é que ele usava um esfregão desses de encerar cerâmica S. Caetano. Doeu pra burro. Antes que eu visse qualquer coisa, pôs-me um tampão no olho esquerdo, ficando com aquela cara que tem hoje o Moshe Dayan.
Meu pensamento voava nesse momento para o Brasil. Pronto, acabou-se minha guerra e vou ter que voltar caolho. Que falta de sorte, de tantas me livrei nessa missão e agora fico cego pela metade. Fui interrompido pela voz amiga do Fredy, que me declarou estar tudo bem, inclusive com minha vista esquerda. Talvez passasse a um grau menor de visão, mas estava salva. Respirei, mas sem tranqüilidade. Somente no primeiro curativo, no dia seguinte, no Hospital Central de Livorno, é que tive a certeza que não estava cego.
Ainda foi o Frederick que me falou outra vez: - "Agora é que vai começar a tua guerra com esses poloneses. Toda a vez que alguém se safa de uma dessas como tu te safaste, é obrigado a tomar um pileque. E a bebida deles é vodka!"
Entramos no Jipão, passamos pelo centro médico de emergência, para uma limpeza corporal rápida (ficara todo sujo de óleo ao deixar o avião) e levaram-me para a cidade de Forli, onde estava localizado o cassino de oficiais dos poloneses. Lembro-me que encheram de vodka um copo próprio para uísque, que foi tomado de um só fôlego, ao som de uma bela canção guerreira polonesa. Nessa hora meu estado moral era o pior possível: dor de cabeça, a tremedeira que ainda não havia passado, um tampão no olho esquerdo, com todas as características que estava cego, aqueles alegres companheiros de língua diferente, um copo de vodka já bebido, que caiu garganta abaixo sem uma interrupção, não há dúvida que minha tábua de salvação ainda era o mesmo grande gozador Frederick Tate, o brasileiro rafeano que Deus mandou para me salvar.
Bebido o primeiro copo, encheram outro. Nova canção e pimba! Tive que tomá-lo. Não adiantaram meus rogos ao Fredy. O bandido estava ali para ver o circo pegar fogo. Não teve um gesto de pena. Lembro-me só o que me disse ao iniciar o segundo copo: -"Agora, meu velho, estás..."
Apaguei. Acordei no dia seguinte no Hospital Central de Livorno. Sofri uma coma alcoólica. Não morri por pura sorte. 

Fonte deste artigo: Senta a Pua! - Rui Moreira Lima - Editora Itatiaia
Matéria do blog A vida no Front

Nota de pesar pelo falecimento do Brigadeiro Rui Moreira Lima


Faleceu na madrugada desta terça-feira (13), no Rio de Janeiro, o brigadeiro Rui Moreira Lima, aos 94 anos. Ele estava internado no Hospital Central da Aeronáutica, no Rio de Janeiro, há um mês e meio, em decorrência de complicações de um AVC sofrido este ano. Ele teve uma parada cardíaca às 4h 30. O corpo do militar será velado no Instituto Histórico da Aeronáutica, às 14h, e o enterro será às 16h, no Cemitério São João Batista.

Herói da Segunda Guerra Mundial, com 94 missões na Europa,Moreira Lima era coronel quando foi demitido, em 2 de abril de 1964, do comando da Base Aérea de Santa Cruz, e preso por ser contra o golpe militar.
O crime de Rui Moreira Lima foi resistir ao golpe. Depois disso, Rui passou a ser um militante pela Anistia aos militares perseguidos e escreveu o best-seller "Senta a Pua!", sobre os integrantes da FAB que participaram da Segunda Guerra Mundial.



Field Jacket Hood - US/FEB.

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 Field Jacket  Hood americana datado de 1943,  usado no inverno pela FEB nos jeeps na Segunda Guerra.(acervo O Resgate FEB)
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Raro panfleto alemão aos pracinhas da FEB

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Raríssimo panfleto alemão  que eram jogados aos soldados brasileiros no front italiano na Segunda Guerra., datado de 17- 12- 44.
A propaganda psicológica que os alemães lançavam sobre nossas posições ainda em dezembro de 1944 prova de que o Comando alemão conhecia não só a nossa presença, como até mesmo a divisão regimental da FEB. ( acervo O Resgate FEB )

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Death Card do soldado alemão.

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O Death card a tradução é cartão de morte, para nós mas como "santinho".Era comuns estes cartões após a morte dos soldados alemães.Estes são de soldados que morreram em combate ma mesma época e região onde atuou a FEB na Itália.(acervo O Resgate FEB)

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‘Se eles fossem descobertos, seriam fuzilados por alemães’

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Por que alguém bota sua família em risco por um sujeito que nunca viu na vida? Meu colega foi abatido, saltou em território inimigo e ficou escondido na casa de uma família italiana. Se eles fossem descobertos, seriam fuzilados por alemães. Não consigo entender. Essa pergunta fica até hoje na minha cabeça: por que eles ajudavam? Porque o fascista não perdoava: ia a família inteira. Anos depois, a Franca, que era a jovem que cuidou do meu amigo, veio nos ver no Brasil. Nós éramos todos jovens e voluntários. Todos.Eu era instrutor de pilotagem da Escola da Aeronáutica quando abriu o voluntariado para o 1.º Grupo de Aviação de Caça. Cumpri 93 missões durante a 2.ª Guerra Mundial. Minha primeira missão foi um passeio. Eu era o número quatro da esquadrilha. Normalmente, o mais novo era o último que mergulhava. Ia sempre atrás do seu líder. É claro que todo mundo sabia que ia levar tiro. Não podia passar pela cabeça de ninguém que você ia para um negócio daqueles (guerra) sem acontecer nada. Mas o tiro a gente não via. Você ouvia o barulho: páááááá. Não dava nenhuma sensação. Naquele momento, sua cabeça estava preocupada com a missão a realizar.
 José Rebelo Meira de Vasconcelos, brigadeiro e piloto de caça
Eu me lembro do dia em que fui atingido. Deve ter sido por uma granada de 20 mm. Num determinado momento, o comandante da esquadrilha disse: "See, atenção, vamos fazer um break para a direita de 90°". O break era uma curva fechada porque estávamos com um campo de vida franca pela frente. Campo de vida franca era um campo de aviação. Era um terror, pois eles eram tremendamente defendidos. Esse break era justamente para sair de lá. Mas me esqueci de que havia uma pista nova nessa base e, quando acabei minha curva, vi na minha frente aquela faixa preta das explosões. Aí eu já levei uma cacetada direto - baaaannnn -, que quase joga o avião no chão. Joguei fora o tanque extra e colei no chão para voar o mais baixo possível e fugir da artilharia antiaérea. O avião (P-47) era um monstro, era uma coisa inacreditável de forte.
Eu voei no último dia da guerra. Tudo já estava praticamente decidido. Sabia-se que ia haver uma parada do alemão. Nesta missão, foram dois pilotos: eu e meu ala. A ordem era fazer reconhecimento armado, como a gente chamava, sem atirar. Só o faríamos se fôssemos alvejados pelo inimigo. Mas, na realidade, quando chegamos estava todo mundo na rua. Todos com lenço, aquela euforia maluca de que a guerra tinha acabado. Milhões de pessoas tinham ido embora, mas o resto estava salvo. Voamos baixo. A gente passava, todos faziam sinal com a mão. Foi como se fosse um 7 de setembro. 
O Estadão

Apitos usado pela MP da FEB.

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Dois apitos utilizados pela Military Police na Segunda Guerra pela FEB.O da esquerda apito de metal US ARMY fornecido pelos americanos o da direita brasileiro de metal esta no cadernos de encargo da intendência da FEB.(acervo O Resgate FEB)
O da esquerda o americano e o da direita o brasileiro
Apito brasileiro da FEB
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Histórico

A polícia militar (MP do inglêsMilitary Police)  segundo o conceito usado internacionalmente - é a corporação que exerce o poder de polícia no âmbito interno das forças armadas, garantindo a segurança, a ordem e a lei no seu seio. Geralmente, a sua ação limita-se apenas às instalações e aos membros das forças armadas.
Em tempo de guerra, além das anteriores missões, a polícia militar também se pode encarregar da defesa imediata de infraestruturas estratégicas, da proteção de altas individualidades militares e civis, da administração dos prisioneiros de guerra, da regulação do tráfego rodoviário e da segurança pública nas regiões sujeitas a administração militar.

Faca da Juventude Hitlerista

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ADIVERTÊNCIA:Esse blog pode conter a suástica em algumas peças aqui mostradas, no entanto são itens de coleção genuínas e são expostas como artefatos históricos.Não se tratando de apologia ao nazismo ou à ideologia do III Reich. 

Era comum os soldados aliados  trazerem peças  como souvenir, muito destas lembranças estão exposta nos museus e associações de ex combatentes pelo Brasil afora.

Juventude Hitlerista ou Juventude Hitleriana (em alemão,Hitlerjugend) foi uma instituição obrigatória para jovens da Alemanha nazista, que visava treinar crianças e adolescentes alemães de 6 a 18 anos de ambos os sexos para os interesses nazistas. Os jovens se organizavam em grupos e milícias para-militares. Esses grupos de indivíduos, doutrinados pelo estado, existiu entre 1922 e 1945. Antes de a Juventude Hitlerista era um movimento relativamente pequeno, a partir de 1936 com o alistamento obrigatório, 3,6 milhões de membros haviam sido recrutados, em 1938, o número chegava a 7,7 milhões. Em 1939, já no pré-guerra, foi decretada uma ordem de recrutamento geral.
Em 1936, Hitler unificou as organizações de jovens e anunciou que todos os jovens alemães deveriam se alistar nos Jungvolk (Povo Jovem) aos 10 anos, quando poderiam ser treinados em atividades extra curriculares, que incluíam a prática de esportes e acampamentos, além de uma doutrinação ao nazismo.Aos 14 anos, os jovens deveriam entrar na Juventude Hitlerista, sujeitando-se a uma disciplina semi militar, bem como a atividades externas e à propaganda nazista. Paralelamente à Juventude Hitlerista, existia a liga das jovens alemãs, onde as moças aprendiam os deveres da maternidade e os afazeres domésticos, e, assim como os garotos, aprendiam os verdadeiros objetivos do nazismo, e o que fazer para alcançá-lo. Aos 18 anos, deveriam alistar-se nas forças armadas ou nas forças de trabalho.
A Faca Juventude de Hitler  foi uma faca vendida e transportado por meninos paramilitar da organização juvenil do partido nazista que existia 1922-1945. A juventude Hitlerista usavam facas como parte de seu uniforme, que era muito parecido com os uniformes usados pela  SA. A faca também foi dada para aqueles que realizava excepcionalmente bem as tarefas.
A faca Juventude Hitlerista se baseia principalmente nas baionetas Mauser Gewehr 98, exceto que ele não tem ranhura, e foi projetada para ser um punhal  em vez de uma baioneta. Facas Juventude Hitlerista têm tipicamente um esmaltado com emblema da suástica no punho  e uma inscrição na lâmina. No início de 1937, o lema Blut und Ehre! (Sangue e Honra!) Começou a ser gravado na lâminas da faca no início, mas esta prática foi abolida e, posteriormente, foram produzidas facas com lâminas lisas.

Pertence ao acervo do amigo Antônio Cláudio Lousada.
Pesquisa Wikipédia
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