Quantcast
Channel: O RESGATE FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA
Viewing all 647 articles
Browse latest View live

Do triunfo ao esquecimento, pobre Brasil.

$
0
0


"Nesta sexta-feira, 21 de fevereiro, completa-se 69 anos da Tomada de Monte Castelo.
A única forma de reverenciar o sangue brasileiro derramado nessa luta em solo estrangeiro é divulgar a História dessa batalha."
Trabalho dos alunos da escola Primaria em Montese (Itália)

Tradicionalmente o brasileiro é taxado de ter a memória curta, isso quer dizer que lhe é peculiar o pouco interesse no passado de seu país. Em vários aspectos discordamos dessa posição, contudo existem características no Brasil que nos arremata para esse tipo de pensamento, e uma delas é a FEB. Isso mesmo, a Força Expedicionária Brasileira é um assunto pouco expressado no meio acadêmico, a participação brasileira no conflito mundial de 39 a 45.
 As primeiras leis de amparo aos ex-combatentes só foram aprovadas em 1947. Além disso, na ânsia de se livrarem da FEB, tida como politicamente não-confiável pelo presidente Vargas, os pracinhas foram rapidamente desmobilizados sem que tivessem se submetido a exames médicos, que mais tarde seriam fundamentais para que obtivessem pensões e auxílios no caso de doenças ou ferimentos adquiridos no front. Para provar incapacidade decorrente do serviço na linha de frente e, assim, receber as pensões, os pracinhas tiveram de se submeter a todo tipo de vexames e sacrifícios, os quais seriam dispensáveis se sua desmobilização tivesse ocorrido de forma racional e planejada. Ao longo do tempo, várias leis de apoio aos ex-combatentes foram sendo promulgadas, até chegarmos à famigerada Lei da Praia, criada nos anos 60.Nessa “guerra” injusta contra a ignorância histórica, o trabalho se torna mais difícil com o passar dos anos e, quando os ex-combatentes nos deixarem, as Associações estarão fadadas ao esquecimento se não houver um mudança de atitude no trato com a memória desses homens que viram a guerra, e voltaram sob a gloria da vitória para o país, mas também destinados ao abandono do governo que os enviou. "O Exército fez o possível para marginalizar e desconsiderar quem esteve na linha de frente. Havia enorme preconceito e inveja daqueles que estiveram com a FEB e que, com seu sacrifício e dedicação, conquistaram numerosas glórias militares. Também o “varguismo” fez o possível para erradicar a FEB e suas memórias, justamente por causa do papel que seus membros exerceram na luta contra o nazi-fascismo. Toda experiência militar adquirida na luta contra o Eixo foi desprezada, esquecida e inutilizada, contrariando até mesmo o conselho dos EUA de que se visse a FEB como núcleo de um esforço de renovação e modernização de nosso Exército". Se passaram muitos anos  e nada mudou, até quando?

¨Conspira contra a sua própria grandeza o povo que não cultiva seus feitos heróicos ¨

Fonte :
Foto Vitor Santos
Texto de vários autores
Blog O Resgate FEB


Homenagem a Conquista de Monte Castelo 69 anos / Brasília

$
0
0
Nesta sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014, completam-se 69 anos da Tomada de Monte Castelo pela Força Expedicionária Brasileira.
Numa cerimonia realizada no Batalhão da Policia do Exercito de Brasília situado no Setor Militar Urbano, com a presença de varias autoridades militares Ex Comandantes da PE e com a presença do Ministro da Defesa Carlos Amorim, Comandante do Exército Enzo Martins Peri e as estrelas desta cerimonia os Ex Combatentes da FEB e seus familiares, no total de cinco heróis, são eles :Tenente Vinícius Vénus da Silva presidente ANVFEB seção DF, Tenente Vasco Duarte, Capitão Nestor  Silva, Coronel Vanutelli Duarte da Silva e Capitão Severino Francisco.Emocionando a todos a Canção do Expedicinário tocada pela Banda da PE e um breve resumo da tomada de Monte Castelo e o agradecimento ao Ex combatentes e logo após com desfile das tropas. Dois Jeeps do período da Segunda Guerra  no patio deram um bela imagem para a solenidade. E logo após nossos heróis pousaram para fotos e cortejados foi servido um coquetel com almoço no salão nobre da PE. Momentos inesquecíveis  de homenagem mais que merecida a estes bravos soldados que a 69 anos lutaram pela liberdade do mundo não deixei de lembrar e emocionar das injustiças históricas do esquecimento e abandono sem poder não pensar nos que morreram em combate e a grande maioria que tombaram aos poucos em plena vida produtiva pelo Brasil sem assistência, desempregados, indigentes, mendigos, alcoólatras sem a minima assistência de quem os enviou. Sem exagero eram mais de 25.000 homens; pensam na grande maioria de anônimos lutando como bravos que foram morrendo sem sequer receber uma homenagem e apoio por este Brasil  afora. Valeu bravos pracinhas da FEB.
Fui gentilmente convidado pela nossa amiga Socorro filha da enfermeira Aracy Sampaio e aproveitei e registrei esta homenagem a FEB.

Henrique de Moura Paula Pinto  

Tomada de Monte Castelo

Batalha de Monte Castelo foi travada ao final da Segunda Guerra Mundial, entre as tropas aliadas e as forças do Exército alemão, que tentavam conter o seu avanço no Norte da Itália. Esta batalha marcou a presença da Força Expedicionária Brasileira (FEB) no conflito. A batalha arrastou-se por três meses, de 24 de novembro de 1944 a 21 de fevereiro de 1945, durante os quais se efetuaram seis ataques, com grande número de baixas devido a vários fatores, entre os quais as temperaturas extremamente baixas. Quatro dos ataques não tiveram êxito, por falhas de estratégia.
A 21 DE FEVEREIRO de 1945a FEB tomou de assalto o Monte Castelo, posição fortemente organizada e presumivelmente inexpugnável, não somente pela situação privilegiada de dominância como por estar defendida por um adversário adestrado, experiente e combativo, que já repelira, com êxito, ataques anteriores desfechados pelos aliados.









Ao lado dos verdadeiros heróis da pátria a direita o Ministro da Defesa Celso Amorim  do lado Comandante do  Exército  Enzo Martins Peri.
Da esquerda para direita: Capitão Severino Francisco,Tenente Vinícius da Silva, Tenente Vasco, Coronel Vanutelli Duarte e Nestor Silva.
Henrique Moura  ao lado dos guardiões da Pátria.

Fotos Henrique Moura 
Blog O Resgate FEB.

Patch de prisioneiros italianos. Segunda Guerra Mundial.

$
0
0
Patch de identificação de prisioneiros italianos da Segunda Guerra fixados nas jaquetas e bibicos.Feito de tecido e bordado,original da época,o patch de cima nas jaquetas e o de baixo nos bibicos.Geralmente enviados para Estados Unidos da América e mantidos no Estado da Florida. (acervo O Resgate FEB)



RODA DE SAMBA DA F.E.B

$
0
0
Durante a viagem no Navio General Mann os pracinhas ocupavam o tempo com músicas e roda de samba.
Muitos soldados levaram consigo instrumentos  musicais como violão, pandeiro, cavaquinho e acordeom. Durante a longa travessia do Oceano Atlântico nos acampamentos e estacionamentos, e horas de folga nas cidades, formavam-se rodas de samba em que se cantavam músicas que eram sucesso na época, 'Adeus Mangueira', 'Juro', 'Rancho Fundo','Teu Cabelo não Nega' e outras.Não era  cantada a 'Canção do Expedicionário', por ser talvez de difícil interpretação, apesar dos versos serem evocativos e de muita beleza.As músicas populares italianas tiveram uma grande aceitação na tropa, não só pela beleza das melodias como pela facilidade no aprendizado da letra.Os soldados não cantavam com perfeito sotaque, mas dava para ser compreendido.A estas músicas se tornaram inesquecíveis  para os brasileiros, entre elas;'Firenze Sogna', cujo  primeiros versos eram repetidos por quase todos soldados. 'Firenze sta natte sei bella, in um manto di stelli'.
Roda de samba 
A música era uma forma de matar a saudades do Brasil.
Não houve brasileiro que cantasse ou recitasse esta estrofe.Havia também 'Tomara a Surriento''La strada del Bosco'.Mas a canção de maior preferência cantada pela maioria das tropas aliadas e de qualquer nacionalidade, era a música  denominada  'Lili Marlene', música alemã   que se transformou numa legenda para os soldados combatentes da Segunda  Guerra Mundial.
Acordeon com um pracinha
Foto:Lúcia Maria lage

  Durante a guerra na Itália um pouco de confraternização e aproximação com a música, Sgt  americano Thomas Coller (esquerda) e os sargentos brasileiros Leônidas Macedo Filho e Rafael Scricolli da FEB.
Blog O Resgate FEB

Leis de amparo e assistência aos ex combatentes brasileiros da Segunda Guerra Mundial.

$
0
0
Os pracinhas na miséria

Voltou da guerra cego e abandonado a própria sorte. A assistência em forma de pensão de ex-combatente demorou 40 anos e nivelou todos na Constituinte de 1988, quando muitos já haviam falecido.


CONSTITUIÇÃO FEDERAL / 1988
ATO DAS DISPOSIÇÕES
CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS

Art. 53 - Ao ex-combatente que tenha efetivamente participado de operações bélicas durante a Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, serão assegurados os seguintes direitos:

I - aproveitamento no serviço público, sem a exigência de concurso, com estabilidade;
II
 - pensão especial correspondente à deixada por segundo-tenente das Forças Armadas, que poderá ser requerida a qualquer tempo, sendo inacumulável com quaisquer rendimentos recebidos dos cofres públicos, exceto os benefícios previdenciários, ressalvado o direito de opção;
III
 - em caso de morte, pensão à viúva ou companheira ou dependente, de forma proporcional, de valor igual à do inciso anterior;
IV
 - assistência médica, hospitalar e educacional gratuita, extensiva aos dependentes;
V - aposentadoria com proventos integrais aos vinte e cinco anos de serviço efetivo, em qualquer regime jurídico;
VI - prioridade na aquisição da casa própria, para os que não a possuam ou para suas viúvas ou companheiras.
Parágrafo único  A concessão da pensão especial do inciso II substitui, para todos os efeitos legais, qualquer outra pensão já concedida ao ex-combatente.

LEI Nº 1.147, DE 25 DE JUNHO DE 1950


Estabelece medidas de amparo e assistência aos ex-combatentes

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art 1º Os institutos de previdência social e as caixas econômicas federais financiarão, na medida das suas possibilidades, a aquisição ou a construção de imóveis para moradia dos civis ex-combatentes, contribuintes daquelas instituições, que não sejam proprietários, ou, se forem falecidos, de suas viúvas e filhos menores.
Parágrafo único. O Departamento Nacional de Previdência Social e o Conselho Superior das Caixas Econômicas Federais e mais órgãos competentes regularão, dentro de quarenta e cinco dias, no que a cada um couber, o disposto neste artigo, observadas as seguintes condições:
a) ser o imóvel do valor máximo de Cr$150.000,00 (cento e cinqüenta mil cruzeiros), de acordo com as necessidades de moradia e acomodação do adquirente e sua família;
b) não ser o adquirente proprietário de imóvel, edificado ou não, de valor superior a Cr$3.000,00 (três mil cruzeiros);
c) financiamento de 80% (oitenta por cento);
d) prazo mínimo de 20 (vinte) anos, com possibilidade de resgate da dívida em tempo menor e correspondente dedução dos juros;
e) possibilidade de rescisão do contrato, por comprovada incapacidade financeira, ou motivo de força maior, mediante o devido ajuste de contas, em que serão levadas a crédito do adquirente as importâncias já pagas e a seu débito os aluguéis, a que estaria legalmente sujeito;
f) preferência aos ex-combatentes casados e aos de maior número de filhos sob sua dependência econômica;
g) juros de 6% (seis por cento) e 10% (dez por cento), estes só quando rigorosamente necessários ao acautelamento dos interesses das instituições financiadoras;
h) prova de não ter requerido, ou não estar requerendo, o adquirente, financiamento para igual fim a outra instituição de idêntica natureza;
i) proibição de alienação para fins especulativos.
Art 2º Aos ex-combatentes, não beneficiados pelo disposto no artigo anterior, serão doados pela União, em terrenos do seu domínio, ou por ela adquiridos para tal fim, lotes de terra para lavoura ou criação de área não superior a 20 (vinte) hectares.
Parágrafo único. O Ministério da Agricultura, por intermédio da Divisão de Terras e Colonização, dentro de 60 (sessenta) dias, a contar da publicação desta Lei, baixará os regulamentos necessários à sua execução, em que serão observadas as seguintes condições fundamentais:
a) compromisso formal e escrito de morada efetiva nos lotes doados e de beneficiamento regular dos mesmos pelo plantio e criação, conforme for o caso;
b) concessão, gratuita, de título definitivo de propriedade, após dois anos de ocupação efetiva dos lotes, desde que seja observado o disposto no item anterior;
c) fornecimento, gratuito, no primeiro ano, e pelo custo nos dois anos subseqüentes, de sementes e instrumentos de trabalho necessários ao beneficiamento da terra;
d) financiamento pelos órgãos próprios, a longos prazos e juros baixos, de casas para moradas, localizadas nos próprios lotes dos seus proprietários.
e) pagamento mensal de uma cota de manutenção per capita", no primeiro ano de ocupação do lote, uma vez observado o disposto no item a;
f) exclusão dos benefícios deste artigo dos já contemplados pelas medidas do artigo anterior.
Art 3º Para preenchimento de qualquer emprego nas repartições públicas federais, entidades autárquicas e sociedades de economia mista, inclusive os extranumerários em geral, terão preferência, mediante concurso, em igualdade de condições, durante cinco anos, os ex-combatentes.
Art 4º Em igualdade de condições, terão preferência os filhos dos ex-combatentes, ou quando for o caso, estes próprios na matrícula dos estabelecimentos de ensino público.
Art 5º Consideram-se civis ex-combatentes para os efeitos desta lei:
a) os participantes, não militares, da FEB e da FAB;
b) os tripulantes de navios e embarcações da Marinha Mercante Nacional que tenham participado, de maneira efetiva, de operações de guerra.
Art 6º A presente Lei entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 25 de junho de 1950; 129º da Independência e 62º da República.
EURICO G. DUTRA
Honório Monteiro,  Sylvio de Noronha

LEI Nº 5.315, DE 12 DE SETEMBRO DE 1967
Regulamenta o art. 178 da Constituição do Brasil, que dispõe sobre os ex-combatentes da 2ª Guerra Mundial

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Considera-se ex-combatente, para efeito da aplicação do artigo 178 da Constituição do Brasil, todo aquele que tenha participado efetivamente de operações bélicas, na Segunda Guerra Mundial, como integrante da Força do Exército, da força Expedicionária Brasileira, da força Aérea Brasileira, da Marinha de Guerra e da Marinha Mercante, e que, no caso de militar, haja sido licenciado do serviço ativo e com isso retornado à vida civil definitivamente.
§ 1º A prova da participação efetiva em operações bélicas será fornecida ao interessado pelos Ministérios Militares.
§ 2º Além da fornecida pelos Ministérios Militares, constituem, também, dados de informação para fazer prova de ter tomado parte efetiva em operações bélicas:
a) no Exército:
I - o diploma da Medalha de Campanha ou o certificado de ter serviço no Teatro de Operações da Itália, para o componente da força Expedicionária Brasileira;
II - o certificado de que tenha participado efetivamente em missões de vigilância e segurança do litoral, como integrante da guarnição de ilhas oceânicas ou de unidades que se deslocaram de suas sedes para o cumprimento daquelas missões.
b) na Aeronáutica:
I - o diploma da Medalha de Campanha da Itália, para o seu portador, ou o diploma da Cruz de Aviação, para os tripulantes de aeronaves engajados em missões de patrulha;
c) na Marinha de Guerra e Marinha Mercante:
I - o diploma de uma das Medalhas Navais do Mérito de Guerra, para o seu portador, desde que tenha sido tripulante de navio de guerra ou mercante, atacados por inimigos ou destruídos por acidente, ou que tenha participado de comboio de transporte de tropas ou de abastecimentos, ou de missões de patrulha;
II - o diploma da Medalha de Campanha de força Expedicionária Brasileira;
III - o certificado de que tenha participado efetivamente em missões de vigilância e segurança como integrante da guarnição de ilhas oceânicas;
IV - o certificado de ter participado das operações especificadas nos itens I e II, alínea c, § 2º, do presente artigo;
d) certidão fornecida pelo respectivo Ministério Militar ao ex-combatente integrante de tropa transportada em navios escoltados por navios de guerra.
§ 3º A prova de ter servido em Zona de Guerra não autoriza o gozo das vantagens previstas nesta Lei, ressalvado o preceituado no art. 177, § 1º, da Constituição do Brasil de 1967, e o disposto no § 2º do art. 1º desta Lei.
Art. 2ºÉ estável o ex-combatente servidor público civil da União, dos Estados e dos Municípios.
Art. 3º O Presidente da República aproveitará, mediante nomeação, nos cargos públicos vagos, iniciais de carreira ou isolados, independentemente de concurso, os ex-combatentes que o requererem, mediante apresentação de diploma registrado no Ministério da Educação e Cultura de curso que os qualifiquem para o exercício do cargo, ou mediante prova de capacidade para os demais, segundo critérios a serem fixados em regulamento.
§ 1º Os que não quiserem submeter-se à prova, ou nela forem inabilitados, serão aproveitados em classe de menor padrão de vencimentos, não destinada a acesso.
§ 2º O requerimento de que trata este artigo será dirigido aos Ministérios Militares a que estiver vinculado o ex-combatente.
§ 3º O Ministério Militar, a que tiver pertencido o ex-combatente, encaminhará o requerimento ao Departamento Administrativo do Pessoal Civil, depois de convenientemente informado pelos órgãos competentes quanto ao atendimento dos requisitos previstos no art. 1º desta Lei.
Art. 4º Nenhuma nomeação será feita se houver ex-combatente que tenha requerido o seu aproveitamento no serviço público e esteja em condições de exercer o cargo inicial de carreira para cujo provimento foi realizado concurso.
Parágrafo único. Aberto o concurso e durante o prazo estabelecido para a inscrição dos candidatos, os ex-combatentes deverão requerer o seu aproveitamento para efeito do disposto neste artigo.
Art. 5º O ex-combatente que, no ato da posse, vier a ser julgado definitivamente incapaz para o serviço público será encaminhado ao Ministério Militar a que estiver vinculado, a fim de que se processe sua reforma, nos termos da Lei nº 2.579, de 23 de agosto de 1955.
Parágrafo único. O ex-combatente já considerado incapaz para o exercício da função pública, em laudo passado por autoridade competente da administração pública, poderá, para efeito de seu aproveitamento, requerer, imediato e diretamente, reinspeção médica, no Ministério Militar a que estiver vinculado, para a concessão da reforma referida neste artigo.
Art. 6º Exclui-se do aproveitamento o ex-combatente que tenha em sua folha de antecedentes o registro de condenação penal por mais de dois anos; ou mais de uma condenação e pena menor por qualquer crime doloso.
Art. 7º Somente será aposentado com 25 (vinte e cinco) anos de serviço público o servidor público civil que o requerer, satisfeitos os requisitos do art. 1º desta Lei.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se igualmente ao contribuinte da previdência social.
Art. 8º Ao ex-combatente, funcionário civil, fica assegurado o direito à promoção após o interstício legal, e se houver vaga.
Parágrafo único. Nas promoções subseqüentes, o ex-combatente terá preferência, em igualdade de condições de merecimento ou antiguidade.
Art. 9º O ex-combatente, sem vínculo empregatício com o serviço público, carente de recursos, que contraiu ou vier contrair moléstia incurável, infecto-contagiosa, ou não, poderá requerer, para fins do art. 5º desta Lei; sua internação nas organizações hospitalares, civis ou militares, do Governo Federal.
Parágrafo único. A organização militar mais próxima da residência do requerente providenciará sua internação, fornecendo a passagem para o local onde ela for possível.
Art. 10. O ex-combatente já aproveitado e os que vierem a sê-lo não terão direito a novos aproveitamentos.
Art. 11. O disposto nesta Lei se aplica aos órgãos da administração direta e das autarquias.
Art. 12. O Poder Executivo regulamentará a execução da presente Lei dentro do prazo de 60 (sessenta) dias.
Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 14. Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 12 de setembro de 1967; 146º da Independência e 79º da República.
A. COSTA E SILVA
Luís Antônio da Gama e Silva, Augusto Hamann Rademarker Grünewald

Presidência da República
Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI Nº 8.059, DE 4 DE JULHO DE 1990.


Dispõe sobre a pensão especial devida aos ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial e a seus dependentes.

 
Art. 1º Esta lei regula a pensão especial devida a quem tenha participado de operações bélicas durante a Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, e aos respectivos dependentes (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, art. 53, II e III).


O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

 Art. 2º Para os efeitos desta lei, considera-se:
I - pensão especial o benefício pecuniário pago mensalmente ao ex-combatente ou, em caso de falecimento, a seus dependentes;
II - pensionista especial o ex-combatente ou dependentes, que percebam pensão especial;
III - pensão-tronco a pensão especial integral;
IV - cota-parte cada parcela resultante da participação da pensão-tronco entre dependentes;
V - viúva a mulher com quem o ex-combatente estava casado quando falecera, e que não voltou a casar-se;
VI - ex-esposa a pessoa de quem o ex-combatente tenha-se divorciado, desquitado ou separado por sentença transitada em julgado;
VII - companheira que tenha filho comum com o ex-combatente ou com ele viva no mínimo há cinco anos, em união estável;
VIII - concessão originária a relativa ao ex-combatente;
IX - reversão a concessão da pensão especial aos dependentes do ex-combatente, por ocasião de seu óbito.
Art. 3º A pensão especial corresponderá à pensão militar deixada por segundo-tenente das Forças Armadas.
Art. 4º A pensão é inacumulável com quaisquer rendimentos percebidos dos cofres públicos, exceto os benefícios previdenciários.
        § 1º O ex-combatente, ou dependente legalmente habilitado, que passar a receber importância dos cofres públicos perderá o direito à pensão especial pelo tempo em que permanecer nessa situação, não podendo a sua cota-parte ser transferida a outros dependentes.
        § 2º Fica assegurado ao interessado que perceber outros rendimentos pagos pelos cofres públicos o direito de optar pela pensão ou por esses rendimentos.
Art. 5º Consideram-se dependentes do ex-combatente para fins desta lei:
I - a viúva;
II - a companheira;
III - o filho e a filha de qualquer condição, solteiros, menores de 21 anos ou inválidos;
IV - o pai e a mãe inválidos; e
V - o irmão e a irmã, solteiros, menores de 21 anos ou inválidos.
        Parágrafo único. Os dependentes de que tratam os incisos IV e V só terão direito à pensão se viviam sob a dependência econômica do ex-combatente, por ocasião de seu óbito.
Art. 6º A pensão especial é devida ao ex-combatente e somente em caso de sua morte será revertida aos dependentes.
       Parágrafo único. Na reversão, a pensão será dividida entre o conjunto dos dependentes habilitáveis (art. 5º, I a V), em cotas-partes iguais.
Art. 7º A condição de dependentes comprova-se:
I - por meio de certidões do registro civil;
II - por declaração expressa do ex-combatente, quando em vida;
III - por qualquer meio de prova idôneo, inclusive mediante justificação administrativa ou judicial.
Art. 8º A pensão especial não será deferida:
I - à ex-esposa que não tenha direito a alimentos;
II - à viúva que voluntariamente abandonou o lar conjugal há mais de cinco anos ou que, mesmo por tempo inferior, abandonou-o e a ele recusou-se a voltar, desde que esta situação tenha sido reconhecida por sentença judicial transitada em julgado;
III - à companheira, quando, antes da morte do ex-combatente, houver cessado a dependência, pela ruptura da relação concubinária;
 IV - ao dependente que tenha sido condenado por crime doloso, do qual resulte a morte do ex-combatente ou de outro dependente.
Art. 9º Até o valor de que trata o art. 3º desta lei, a ex-esposa que estiver percebendo alimentos por força de decisão judicial terá direito a pensão especial no valor destes.
 § 1º Havendo excesso, este se destinará aos demais dependentes.
 § 2º A falta de dependentes habilitados não prejudicará o direito à pensão da ex-esposa.
 § 3º O direito à parcela da pensão especial, nos termos deste artigo, perdurará enquanto a ex-esposa não contrair novas núpcias.
Art. 10. A pensão especial pode ser requerida a qualquer tempo.
Art. 11. O benefício será pago mediante requerimento, devidamente instruído, em qualquer organização militar do ministério competente (art. 12), se na data do requerimento o ex-combatente, ou o dependente, preencher os requisitos desta lei.
Art. 12.É da competência do Ministério Militar ao qual esteve vinculado o ex-combatente durante a Segunda Guerra Mundial o processamento da pensão especial, desde a habilitação até o pagamento, inclusive nos casos de substituição a outra pensão ou reversão.
Art. 13. Estando o processo devidamente instruído, a autoridade designada pelo Ministro competente autorizará o pagamento da pensão especial, em caráter temporário, até a apreciação da legalidade da concessão e registro pelo Tribunal de Contas da União.
        § 1º O pagamento da pensão especial será efetuado em caráter definitivo, após o registro pelo Tribunal de Contas da União.
        § 2º As dívidas por exercícios anteriores são pagas pelo ministério a que estiver vinculado o pensionista.
Art. 14. A cota-parte da pensão dos dependentes se extingue:
I - pela morte do pensionista;
II - pelo casamento do pensionista;
III - para o filho, filha, irmão e irmã, quando, não sendo inválidos, completam 21 anos de idade;
IV - para o pensionista inválido, pela cessação da invalidez.
        Parágrafo único. A ocorrência de qualquer dos casos previstos neste artigo não acarreta a transferência da cota-parte aos demais dependentes.
Art. 15. A pensão especial não está sujeita a penhora, seqüestro ou arresto, exceto nos casos especiais previstos ou determinados em lei.
        Parágrafo único. Somente após o registro em caráter definitivo, nos termos do § 1º do art. 13 desta lei, é que poderá haver consignação nos benefícios dos pensionistas.
Art. 16. No que se refere ao pagamento da pensão, aplicar-se-ão as regras do Código Civil relativas à ausência, quando se verificar o desaparecimento de pensionista especial.
Art. 17. Os pensionistas beneficiados pelo art. 30 da Lei nº 4.242, de 17 de julho de 1963, que não se enquadrarem entre os beneficiários da pensão especial de que trata esta lei, continuarão a receber os benefícios assegurados pelo citado artigo, até que se extingam pela perda do direito, sendo vedada sua transmissão, assim por reversão como por transferência.
Art. 18. Os créditos referentes ao pagamento da pensão especial somente poderão ser feitos em agências bancárias localizadas no País.
Art. 19. Os Ministros de Estado da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, nas áreas de suas respectivas competências, adotarão as medidas necessárias à execução desta lei.
Art. 20. Mediante requerimento do interessado, qualquer outra pensão já concedida ao ex-combatente ou dependente que preencha os requisitos poderá ser substituída pela pensão especial de que trata esta lei, para todos os efeitos.
Art. 21.É assegurado o direito à pensão especial aos dependentes de ex-combatente falecido e não pensionista, observado o disposto no art. 11 desta lei. Neste caso, a habilitação é considerada reversão.
Art. 22. O valor do benefício da pensão especial será revisto, na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificarem os vencimentos dos servidores militares, tomando-se por base a pensão-tronco.
Art. 23. As despesas decorrentes da aplicação desta lei correrão à conta das dotações consignadas no Orçamento Geral da União.
Art. 24. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 4 de julho de 1990; 169º da Independência e 102º da República.
FERNANDO COLLOR
Mário César Flores
Carlos Tinoco Ribeiro Gomes
Sócrates da Costa Monteiro
Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 5.7.1990

Blog O Resgate FEB

Bibico de Major da F.E.B

$
0
0
Bibico de Major da FEB, brasileiro de tecido gabardine. (acervo O Resgate FEB)


clique na foto para ampliar

Souvenir Pela Liberdade de Florença - 1944.

$
0
0
Dois raros souvenires italiano PELA LIBERDADE DE FLORENÇA  1944, feito exclusivo para os soldados da Força Expedicionária Brasileira como lembrança onde estampa o emblema da COBRA ESTA FUMANDO com os dizeres gravados em português "CONDUZA ME SEMPRE E EU LHE DAREI SORTE". E o dedicado aos soldados americanos com o emblema do 5º Exercito US com legenda em inglês. Os soldados compravam como souvenir.


Acervo do Adriano Bueno pertenceu a seu avô Antonio Attard

Clique na foto para ampliar

Cap Enfermeira Aracy Arnaud Sampaio - F.E.B

$
0
0
Foto de estúdio
Aracy nasceu em Barreiras-Bahia em 19.10.1917 e faleceu em Brasília em 08.09.2008, durante a Convenção dos Veteranos da FEB que se realizava na Capital Federal, às vésperas de completar 91 anos. Toda a sua vida foi marcada por dedicação à família e participação na Diretoria da ANVFEB e da Associação dos Ex-Combatentes em Belém do Pará e  Brasília-DF.
Desistiu da faculdade de Ciências Econômicas após o segundo ano para inscrever-se no curso de Enfermagem  em Salvador. Diplomou-se em 1942 e trabalhou  no Hospital Sta. Izabel e no da Cruz Vermelha, nesse último cuidando das vítimas de torpedeamentos nas costas da Bahia. Quando o Exercito Brasileiro abriu o voluntariado para mulheres participou do  curso de Adaptação.
Foto de estúdio  pós-guerra
 Foi a primeira colocada  na 6ª Região Militar, tendo os jornais da época enfatizado o fato dela ser descendente do General Sampaio, patrono da Infantaria Brasileira, herói da Guerra do Paraguai. Enquanto aguardava  convocação trabalhou no Hospital Militar da Bahia. Juntamente com mais quatro enfermeiras embarcou num navio comboiado por dois destroiers rumo ao Rio de Janeiro, viagem tensa por  risco de  ataques alemães, não sendo permitido acender luzes e a obrigatoriedade de uso permanente do colete salva-vidas.
Em 19 de outubro de 1944 ( dia de seu 27º aniversário) partiu de avião do Rio de Janeiro juntamente com dezoito colegas tendo como destino a Europa.
Serviu como enfermeira no 7º th. Station Hospital em  Livorno ( na Enfermaria E-22) onde ficavam os oficiais feridos das Nações Aliadas. Dos  que lá estiveram internados cita em seu diário: “Dentre os muitos heróis, lembro-me com mais carinho do Mario Márcio Fontanilas da Cunha, campeão sul americano de salto com barreiras, que esteve por mais de três meses ao meus cuidados. Também o Major Bueno Teixeirense, o herói de Abetaia, ferido no campo da luta por estilhaços de granada que lhe perfuraram um pulmão; o Capitão Yedo Jacob Blougth que perdeu uma perna; foram tantos …..o Capitão Jerônimo Travassos  e o Tenente Túlio também perderam  uma perna”.
Carteira de identidade do Exercito
Fotos O Resgate FEB
(Clique na foto para ampliar)
”Para os 60 doentes que sempre ocupavam a E-22 eu era a amiga e serviçal, além de Enfermeira. Escrevia para as mães, esposas, noivas e irmãs dos que não podiam fazê-lo pessoalmente. Ia à “Red Cross” buscar-lhes bombons, chiquetes, revistas, etc. Lia para eles , cantava para alegrá-los, enfim, de de varias maneiras procurava servir-lhes e cumprir meu dever.Em fevereiro, após a Tomada de Monte Castelo, baluarte onde os alemães se estabeleceram e de onde mataram muitos soldados, o hospital esteve lotado e o trabalho foi árduo. No dia 8 de maio de 1945, fomos surpreendidos com apitos, buzinas, música e gritos entusiásticos em várias línguas: Finish war – Finita la guerra – A guerra acabou!
Foi imensa  a alegria geral e chorando todos se abraçavam. O que no momento sentimos não posso descrever; foi alegria, orgulho, tristeza. Alegria por havermos alcançado a vitória, orgulho por nos sentirmos responsáveis em haver cooperado para esse fim e, tristeza por saber que iríamos deixar aquele país maravilhoso e separarmo-nos de colegas e amigos a quem estávamos unidos pelo mesmo sofrimento e mesmo ideal.
O bibico de Cap o mesmo do período da guerra agora com a terceira estrela bordada, foto de estúdio recuperada e a bolsa que usava na época.
Foto Resgate FEB 
Em junho fizemos a viagem de regresso, também de avião, parando nos mesmos lugares e permanecendo em Casa Blanca uns quinze dias. Passeamos muito, felizes e orgulhosas  e num belo dia de sol, tomamos o avião que nos traria para o Brasil”.
Em seu retorno ao Brasil Aracy  Arnaud Sampaio não pode continuar  no serviço regular do Exército, sendo reformada em consequência da perda de audição com a explosão de uma mina, no hospital em que trabalhava, estando ela no momento dentro do compartimento da ala de cirurgia acompanhando um paciente.
Álbum de lembranças da Itália
Foto O Resgate FEB
De volta ao Rio de Janeiro, após a guerra, apaixonou-se por  Carlos Martins de Barros, com quem teve seis filhos, todos honrados por possuírem uma mãe com tantos predicados,
principalmente por ser integrante do corpo feminino do Exército da Força Expedicionária
Brasileira.

Aracy aos 91 anos, um mês antes do seu falecimento.
Deixou-nos grandes ensinamentos e uma escancarada alegria de viver!. Em  seu resumo biográfico, conclusão do Curso Rejuvenescer a Velhice na Universidade Nacional de Brasília (UNB) escreveu:
“Devemos continuar a aproveitar tudo de bom que a vida nos oferece.
Sejamos gratos ao Criador e agradeçamos pela vida e por todos os dons recebidos através dela. Quando chegar nossa hora final, oxalá possamos dizer ou pensar:
Obrigada Senhor, eu vivi!
Aracy “
Colaboradora:
Maria do Socorro Sampaio M. de Barros, filha da Cap. Enfermeira Aracy Arnaud Sampaio
Blog o Resgate FEB 

Flamula "A Cobra ta fumando" Seção Municipal de Paranaguá da F.E .B

$
0
0
Rara flamula A cobra ta fumando! da Seção Municipal de Paranaguá (PR) dos anos 50
(acervo o Resgate FEB)

clique na foto para ampliar

A pesquisa e a melhor forma de distinguir uma peça original (LINER M1)

$
0
0
O liner (tradução:forro de tecido-revestimento interno do capacete de aço MI americano) tem servido desde o inicio dos anos 40.Só pesquisando podemos distinguir se temos um liner da Segunda Guerra ou após-guerra? 
   Histórico
 Dez empresas produziram o liner (forro) do capacete M1, enquanto que um adicional de 30 eram responsáveis ​​para o fabricação dos diferentes componentes que entraram no forro.Um total de perto de 40 milhões forros foram feitas entre 1941 e 1945, sendo a maior produção a Westinghouse.A produção liner (forro) do capacete M1 foi interrompido em torno de 17 de agosto de 1945.
 Existem 3 tipos principais de forros de capacete:
Durante o curso da guerra, os contratantes do Exército e Gov't ainda estavam tentando descobrir a melhor maneira de fazer forros para o capacete de aço M1 e isso resultou na produção de alguns tipos diferentes de forros do capacete M1.
1-Compressado de Papel / Fibra, aka Hawleys - Eles foram feitos pela Companhia Hawley e General Fibre Empresa dos contratada para os primeiros forros do capacetes M1 em 1941 até novembro de 1942. Havia pouco mais de 4 milhões de "Hawleys",e alguns casos foram vendidos para as crianças como brinquedos.

2 -De baixa pressão - feito a partir de 1942 até o final de 1943 - cerca de 1,5 milhões no total e foram feitas por St Clair e capa Rubber Company, e foram introduzidos para substituir os forros Hawley papelão. Eram mais fino do que os revestimentos de alta pressão e posteriores tendem a rachar sob a pressão.
3 - De alta pressão - estes são os Segunda Guerra comum "listrado" liners que todos nós conhecemos e amamos. Estes foram feitos de fevereiro de 1942 até o final de Segunda Guerra Mundial, em seguida, novamente durante a era coreano.Forros de alta pressão substituiu a maioria de baixa pressão e forros Hawley,A configuração do forro e materiais permaneceu o mesmo dos forros de baixa pressão.

Um verdadeiro liner (forro) americano da Segunda Guerra Mundial pode ser identificado através do orifício frontal. Se um liner do capacete M-1 tem um, há uma boa chance de ter sido feito durante a Segunda Guerra Mundial.O liner das fotos pertenceu ao 2º tenente Felix Bartholini Cáccavo, um ex combatente da FEB.(acervo O Resgate FEB)


O liner (forro) americano produzido nos anos 50 (Coreia) ainda tem as mesmas característica da Segunda Guerra e alguns comerciantes modernos perfuram o casco do pós guerra.

O liner do M1 americano pode resultar em uma mistura de pequenos componentes adicionados ou substituídos em anos diferentes. Podemos apenas identificar alguns critérios para distinguir um liner de guerra do pós-guerra.

 

Era preso firmemente dentro do liner fixado por rebites e uma série de anilhas triangulares "A".Desta forma o soldado poderia ajustar carneira (parte interna de um capacete que serve de amortecedor)O forro do capacete americano M1 inclui um sistema de correias de suspensão ajustável, o qual é ajustado por meio de um cordão de algodão ao seu tamanho de cabeça e de acordo com seu conforto.

As alças, rebites e anilhas triangulares"A" tem detalhes do período como pintura, tonalidade e as marcas dos fabricantes, indicando pequenas diferenças entre os da da guerra e os de pós guerra.
Mas, sem dúvida, as marcas dos vários fabricantes que produziram milhares é que estão marcadas no fundo do casco e que contam a verdadeira história, origem e autenticidade, e que com certeza valorizam e definem com exatidão se foi da Segunda Guerra.(foto:1)
Não sou especialista mas, observando os pequenos detalhes com o original que tenho em mãos, fotos e pesquisas é que vou identificando os verdadeiros  liners dos que andam no mercado em feirinhas de antiguidades e vendedores de militaria-pelo menos para leigos e colecionadores é um bom começo.(foto:2)
Repare a marca do fabricante FIRESTONE TIRE & RUBBER COMPANYno fundo do liner(forro)A maioria do liner ou forro americano da Segunda Guerra Mundial a carneira e de tiras de algodão (espinha de peixe) caqui amarado por um pano. Os do anos 50 passaram para cor verde escuro.O uso de adesivos é mais comum nos  pós-guerra e os decalques encontrados nos anos 50.Pressão Baixa/Altarefere-se ao processo pelo qual as resinas que possuem as tiras de duckcloth impregnadas de resina era laminada sob uma certa pressão(150 toneladas).             clique na foto para ampliar 
Esta matéria serve como alerta para as sutilezas dos detalhes de uma peça e a história por trás - só pesquisando vamos distinguir entre os autênticos e originais do período.A grande jogada de um colecionador é a pesquisa por trás da peça.
Marcas de fabricantes do liner M1
THE HOOD Rubber Company
Fabricada em Watertown, Massachusetts esta "bola sinuosa", fabricante do liner do capacete M1 é identificado por um shell invulgarmente estampados e pelo pintado de prata "HR" na coroa (desgastado, neste exemplo). The Hood Rubber Company começou a entrega liner para o Exército dos EUA em abril de 1942. Eles produziram aproximadamente 206.000 M-1 liner e a produção terminou no início de 1944, quando seu contrato não foi renovado.
A ST. CLAIR FORRO
Fabricada em Marysville, Michigan esta "baixa pressão" o liner do capacete M1 é identificado tanto por uma concha estampados pintado de amarelo "SC" na coroa. O St. Clair liner começou a ser entrega para o Exército dos EUA em abril de 1942.Eles produziram cerca de 1.300.000 M 1 liner e produção terminou no início de 1944, quando seu contrato não foi renovado.
CAPAC MANUFACTURING COMPANY
Fabricada em Capac, Michigan de " alta pressão", fabricou o liner M-1 é identificado por um relevo "cruz" com as palavras "Capac" da coroa. Capac Manufacturing Company começou a entregar o liner para o Exército dos EUA em setembro de 1942.  Eles produziram aproximadamente entre 2.000.000 - 4.000.000 M-1 liner e produção terminou em torno de 17 de agosto, 1945, quando a guerra terminou.
 FIRESTONE TIRE & RUBBER COMPANY
Fabricada em Akron, Ohio esta " alta pressão", o liner do capacete M1 é identificado por um relevo "F" da coroa.Firestone Tire and Rubber Company começou a entregar o  liner para o Exército dos EUA em setembro de 1942.Eles produziram cerca de 7.500.000 M-1 liner e produção terminou em torno de 17 de agosto de 1945, quando a guerra terminou.

NLAND divisão de fabrico
Fabricada em Dayton, Ohio esta "alta pressão", o liner do capacete M1 é identificado por um relevo "interior" da coroa.Inland Manufacturing Division começou  produzir para o Exército dos EUA em setembro de 1942.Eles produziram cerca de 1,9 milhões de liner M-1.  Inland Manufacturing foi interrompido em 1943, quando os seus serviços de fabricação foram consideradas melhor usado em outro lugar.
INTERNATIONAL plásticos moldados, INC (IMP)
Fabricada em Watertown, Massachusetts esta "alta pressão", o  liner M1 é identificado por um relevo "pequeno homem" em um círculo na coroa. Internacional plásticos moldados, (IMP) começou  o liner para o Exército dos EUA em setembro de 1942.Eles produziram aproximadamente entre 2.000.000 - 4.000.000 M-1 liner a produção terminou em torno de 17 de agosto de 1945, quando a guerra terminou.
MARINHEIRO DE PAPEL DA EMPRESA
Fabricado em Chicago, Illinois de "alta pressão" maufactured o liner é identificado por um relevo "S" na coroa. Seaman Paper Company começou a entrega para o Exército dos EUA em setembro de 1942.Eles produziram aproximadamente entre 2.000.000 - 4.000.000 M-1 liner e produção terminou em torno de 17 de agosto de 1945, quando a guerra terminou.
MINA DE SEGURANÇA APARELHO (MSA)
Fabricada em Pittsburgh, Pennslyvannia esta "alta pressão", o do liner M1 M-1 é identificado por um "MSA" em relevo na coroa. Mine Safety Appliance começou a entregar o liner para o Exército dos EUA em setembro de 1942.Eles produziram aproximadamente entre 2.000.000 - 4.000.000 M-1 liner e produção terminou em torno de 17 de agosto de 1945, quando a guerra terminou.
WESTINGHOUSE ELECTRIC COMPANY
 Fabricada em Pittsburgh, Pennsylvannia de " alta pressão", o M-1 liner é identificado por um relevo "W" na coroa (que ainda é o logotipo da Westinghouse). Westinghouse foi a maior fabricante de liner M 1 e tinha duas divisões de produção; Micarta e Bryant Electric. A Divisão de Micarta produziu cerca de 13 milhões M-1 liner e da Divisão de Elétrica Bryant cerca de 10.000.000.Westinghouse Electric Company começou a entregar o liner em maio de 1942. Westinghouse interrompeu a produção em torno de 17 de agosto de 1945, quando a guerra terminou.
MODELO 1951/1952 FORRO
Manufacturado por tanto Capac e Westinghouse (Micarta Divisão) estes liner M-1 são idênticos aos do liner da Segunda Guerra Mundial, exceto que o pano interno é verde escuro. Estes liner M1 são identificadas por dois tipos de selos do fabricante, no conjunto de "W" e "CAPAC" estão em relevo na coroa e o outro é um selo e tinta da palavra "MICARTA". 
Acredito que este é um liner Westinghouse da Segunda Guerra Mundial, reaproveitado na década de 1950 pela CAPAC. Eu também tenho um. Eu acho que os números indicam moldes.
MODELO 1958 FORRO
O liner do capacete M1 modelo 1958 marcou várias mudanças. O liner deixariam de ser feitas a partir de tiras de comprimidos de duckcloth. Agora foi feita a partir de um nylon laminado. O liner  possui uma suspensão feita a partir de um tipo diferente do pano que era mais resistente. A mudança mais notável foi a de que o orifício frontal foi removida.

Pesquisa:
             TOP POSTS
             Blog O Resgate FEB ( Henrique Moura)
             Blog Combat Helmets (foto 1 e 2)

Binóculos US ARMY/F.E.B

$
0
0
Binóculos fabricados pela Bausch  & Lomb  Optical Company em Rochester (NY)
para o exercito americano (US ARMY/SIGNAL CORPS) numero de série EE 82106 feito de metal (bronze) e lentes Zeiss.Modelo 6 x 30 mm era o padrão do exército até ser substituído por mais potentes.De fabricação de 1916 feito no período da Primeira Guerra Mundial mas reaproveitado na Segunda Guerra que na iminente participação americana no conflito era normal o reaproveitamento ou adaptação de material da guerra anterior para Segunda Guerra como baionetas, cantil, rifles e muitos outros.Era comum a utilização de marcas americanas que eram parecidos com os nossos e nos equipavam com novos modelos.Eram distribuídos para oficiais.Uma peça difícil achar atualmente no Brasil esse modelo 6 x 30 US ARMY.Eles vinham num estojo de couro marrom.(acervo O Resgate FEB)
História Antiga
Bausch & Lomb Optical Co., uma loja de óculos e fabricante de armações de óculos, foi fundada em 1853 por dois imigrantes alemães, John Jacob Bausch e Henry Lomb, em Rochester (Nova York). O filho de Bausch Edward aprendeu a fazer microscópios, ea empresa prosperou depois que começou a fabricá-los. Em 1890, Edward Bausch contactado Carl Zeiss, uma empresa de óptica alemã, e logo arranjou para Bausch & Lomb para licenciar as patentes da Zeiss, com os direitos exclusivos para o mercado dos EUA. As patentes mais importantes foram a nova lente fotográfica de Zeiss e seus primeiros binóculos de prisma. Bausch & Lomb expandiu, abrindo escritórios em Chicago, Boston, Nova York e Frankfurt, na Alemanha. Bausch & Lomb gradualmente tornou-se um dos principais nomes na óptica nos Estados Unidos.
Clique na foto para ampliar
Pesquisa: Wikipédia, a enciclopédia livre.

'Você já ouviu falar em foxhole?'

$
0
0
Fui do 11.º Regimento de Infantaria, do companhia de petrechos pesados do 2º Batalhão. Nós utilizávamos os morteiros de 81 mm. Meu nome é Jairo Junqueira da Silva.Nasci em Olímpia, em São Paulo. Eu não conheci meu pai, pois quando ele morreu eu tinha 2 anos. Tudo o que sei dele foram os meus irmãos que me contaram. Ele trabalhava com café. Quando ele morreu, nossa família foi morar em Queluz (SP). Quando a guerra começou, eu fui voluntário da seguinte forma: eu já era tenente do Exército. O comandante convocou os oficiais e disse: "Eu preciso de três oficiais para compor a Força Expedicionária Brasileira". E perguntou se nós éramos voluntários. Nessa hora um ficou olhando para o outro, né. Aí eu e mais companheiros nos apresentamos.
 Jairo Junqueira, coronel.
Desembarquei em Nápoles. No cais houve um probleminha. O nosso fardamento - aquele cinza - era parecido com o fardamento alemão. Parte da população que estava observando o desembarque achou que nós éramos prisioneiros alemães. O povo começou a apupar e a jogar objetos, mas houve a interferência de americanos, dizendo que nós não éramos alemães, embora o fardamento fosse parecido, que nós éramos brasileiros que estavam chegando para a guerra.
Próximo ao nosso campo de treinamento havia uma praia que estava inteirinha minada pelo alemães para impedir o desembarque dos aliados. Nossa primeira missão, foi retirar essas minas, que é uma das coisas mais delicadas que tem. Você tinha de deitar ao lado da minha e aos poucos ir tirando a areia até poder enxergar um pino. Esse pino você não podia tirar, mas ele tinha uns orifícios que a gente conseguia enfiar um pino e isso impedia a mina de explodir. Para retirar uma mina daquela levava muito tempo, era delicado, suava muito. No fim do dia, uma delas explodiu. Estava começando a escurecer, o pessoal começou a gritar: "Vamos embora". Sabe aquela brincadeira entre jovens: "Vocês querem ganhar a guerra sozinhos". E todo mundo saiu correndo para o caminhão. Nessa pressa, um dos companheiros, em vez de obedecer os ensinamentos - pisar onde o outro pisa e nunca fora do caminho - saiu correndo, cruzou no meio da mina, pisou numa delas e ela explodiu. Ele morreu. Coisa desagradável. Pra mim, a guerra começou ali.
Você já ouviu falar de foxhole?É um buraco feito com a pá na frente de batalha, onde o soldado fica esperando o inimigo para dar o alarme. O foxhole era muito ruim, porque com a chuva ou a neve os pés congelavam e alguns chegaram a ter de amputar o pé. Pouco antes da rendição alemã, houve um combate em Colleccchio. Nós estávamos chegando a uma igreja quando fomos atingidos, pois havia uma metralhadora alemã posicionada em um jardim. Do lado oposto da praça, havia uma cemitério, com um muro. Os alemães nos atingiam de lá e nós tentávamos reagir. Então, eu tive de subir em um campanário grande, uma torre ao lado da igreja, antiquíssima para poder localizar os alemães. As escadas não tinha forro. Puxei um fio de telefone das minha peças (morteiros) até lá e eu comecei a comandar o tiro. Eu vi que os alemães fugiram e eles me descobrira, e começaram a atirar, acertando o sino imenso que havia na torre. Foi um barulho ensurdecedor - tenho deficiência auditiva nos dois ouvidos por causa daquele barulhos. Desalojados, os alemães fugiram para uma praça. Da torre eu observava e concentrei o tiro dos morteiros naquela praça. A granada quando bate em uma árvore, explode e caiu aquela chuva de estilhaços. Quando tudo acabou me convidaram para ver o pessoal atingido na praça, mas eu não quis ir. Ganhei a Cruz de Combate de Segunda Classe. A guerra é um fato histórico horrível.
Soldado da FEB em um foxhole, abrigo para soldado de infantaria durante a guerra cavado na região dos Apeninos.REPRODUÇÃO/GLI EROI VENUTI DAL BRASILE
EDISON VEIGA E MARCELO GODOY (TEXTO) E EVELSON FREITAS (FOTO)
Fonte  O Estadão

Ficha de retirada de medalhas do ex combatente da F.E.B

$
0
0
Ficha de retirada das medalhas do ex combatente da FEB onde consta a lista das medalhas agraciadas para retirada das Medalhas Cruz de Combate 1º e 2º Classe, Sangue do Brasil, Medalha de Campanha e Medalha de Guerra.Ficha única era do arquivo do 2º Tenente Rui Lopes Ribeiro dentista que morreu em combate por uma explosão em Montese socorrendo os companheiros feridos.Recebendo varias citações pelo seu ato de heróismo.E bem interessante está ficha porque alguém da família ou autorizado por ela retirou em 30 de maio de 1946 a Medalha de Campanha  mas não consta a retirada das Medalha Sangue do Brasil e Cruz de Combate 1ºclasse, onde o tenente foi condecorado após morte.Tenho um carinho e admiração especial pelo Tenente Rui Lopes Ribeiro por vários motivos, seu alto grau de companheirismo alem do seu dever, um dos grandes heróis do Brasil e orgulho de ter nascido em CURVELO(MG) minha terra querida da minha infância dos meus antepassados por pai e mãe e grande responsável pela criação do blog e admiração pela FEB. Foi o único de dez combatentes curvelanos morto em combate.(acervo O Resgate FEB)

clique na foto para ampliar
Sepultura no Memorial aos Mortos da Segunda Guerra no Rio de Janeiro (RJ)
Fotos: O RESGATE FEB (Henrique Moura)

A F.E.B em quadrinhos (GIBI)

$
0
0
As guerras são motivo de grande fascinação, já que é assunto retratado em diversas formas de arte, e as Histórias em Quadrinhos não ficariam de fora desta. No passado foram feitos milhares de títulos em gibis narrando histórias do que acontecia nos campos de batalha. Os EUA foi o grande guardião da liberdade durante a Segunda Guerra Mundial, e esta tradição gerou uma formidável geração de contadores de histórias de guerra. Muitas destas histórias vieram parar nos Quadrinhos, um gênero que rapidamente tornou-se muitíssimo apreciado nos tempos de grande popularidade dos gibis.
O Sargento Rock  gibi americano de grande sucesso.

Capas do gibis brasileiros 
"A maioria das revistas não tinham os créditos dos autores, mas podemos identificar vários conhecidos nossos como Juarez Odilon, Ignácio Justo (a capa da Conquista postada é dele). O Diretor de arte era o Rodolfo Zalla" (Blog Museu dos Gibis)
Rara "Edição Maravilhosa"(EXTRA) de janeiro de 1957  Nº140.Publicada pela Editora Brasil -América Limitada (São Cristóvão -RJ).Do romance brasileiro "TRÊS SOLDADOS" de Lúcia Benedetti, adaptação de Elvira Le Blanc, capa e desenhos de Ramón Liampayas.(desenhista exclusivo da editora) Com 50 paginas.  *acervo O Resgate FEB*
Os Três Soldados, seu terceiro romance baseado no diário de guerra do pracinha
VALTER  PINHEIRO.O livro tem por tema a campanha da FEB nos campos da Itália
durante a Segunda Guerra Mundial.

(clique na foto para ampliar)
Gibi  Diário de Guerra
Já dentre os artistas brasileiros dos quadrinhos que durante os anos 60 tiveram a oportunidade de escrever e desenhar sobre histórias de guerra, seguiram a linha de Kanigher, e como o Brasil também teve sua participação, sua importância no desfecho do conflito da Segunda Guerra Mundial, não faltaram histórias, não faltou inspiração! Os praças e oficiais da Força Expedicionária Brasileira (FEB), que cumpriram valorosamente sua missão nos campos de batalha da Itália, já haviam se tornado conhecidos personagens de gibis (em títulos como Conquista e Combate), quando na metade final dos anos 1960 a Gráfica & Editora Penteado (GEP), de Miguel Falcone Penteado, lançou nas bancas o gibi Diário de Guerra, propondo aos leitores logo na capa do primeiro número a chamativa advertência de que se tratava de “uma revista de guerra diferente”. E talvez tivesse mesmo razão: publicando HQs produzidas exclusivamente por artistas brasileiros (ou estrangeiros aqui radicados), muitas das histórias lançadas nesta revista mostravam personagens profundamente humanizados, revelando aos leitores situações reais vividas pelos pracinhas brasileiros - não foi a toa que, dentre os roteiristas da GEP estava Alberto André Paroche, um legítimo ex-pracinha que havia visto de perto os horrores e paradoxalmente a solidariedade nos conflitos bélicos na Segunda Guerra. Garth Ennis, badalado roteirista de hoje em dia que se destacou pela maneira como narra suas histórias.

Exemplares dos gibis Diário de Guerra

Diário de Guerra ano 03  nº10 com três histórias - O CORSÁRIO com texto e desenho de Rodolfo Zalla, DESEMBARQUE episódio ocorreu durante a carga do Royal  Regimento Canada no desembarque aliado em Dieppe com texto e desenho de Rodolfo Zalla e SOLDADO PERDIDO  história de Milton Mattos e desenhos Edno e Edmundo Rodrigues sobre o pracinha Walter Brito da FEB,(acervo O Resgate FEB)
Pesquisa:
                    Matéria José Salles
                    Blog BIGORNA
                    Blog Museu dos Gibis
                   Matéria: O Resgate FEB

Dicionario Militar English/Português.TM 30- 501 Segunda Guerra Mundial

$
0
0
Dicionario Militar inglês-português, utilizado pelos brasileiros para  facilitar a  comunicação com os americanos em operação conjunta na Itália. Editado pelo Departamento da Guerra americano em 28 de agosto de 1944.(acervo O Resgate FEB)
A versão brasileira do dicionario chamava SAFA ONÇA.

clique na foto para ampliar

De prisioneiro a comandante de hospital alemão na Itália

$
0
0
O 2º tenente Marcos Eduardo Coelho de Magalhães, 22, havia sido atingido 15 vezes antes de cumprir sua missão de número 85, no dia 22 de abril de 1945. Nessa data, ao invés de atender de imediato o chamado do líder para se reunir, decidiu fazer mais um passe sobre um caminhão e identificou dois tanques escondidos num bosque próximo. Mal picou o avião contra o primeiro alvo, foi recebido por uma forte barragem de antiaérea de 20 mm. O avião tornou-se uma bola de fogo.
“Saltei de paraquedas para não virar churrasco em meu P-47, meu corajoso D-6. Este ficou envolto em chamas, e tive de abandoná-lo sem ter tempo de avisar o comandante da esquadrilha Verde”, conta no livro “Senta a Pua!”.
Enquanto pairava no ar, Coelho ouviu rajadas de metralhadora e descobriu que era alvo de dois oficiais fascistas. Com o paraquedas atingido, ganhou velocidade e atingiu em cheio o telhado de uma casa, quebrando as duas pernas. Por sorte, foi salvo por um cabo alemão, que impediu sua execução sumária.
Levado até um hospital nazista em Reggio Emília, foi operado pelo 1º tenente médico Lubben. Detalhe: sem anestesia, que estava em falta.
Da janela do quarto do hospital, passou a acompanhar as investidas dos P-47 que cortavam os céus da Itália na ofensiva de primavera.
No dia 26 de abril de 1946, às 9h, o médico alemão procurou o brasileiro para despedir-se. “Tenente Coelho, vou abandonar o hospital. De agora em diante é o comandante. Tome minha pistola. Ela representa o símbolo da força que o senhor terá para proteger os homens que vou ser obrigado a deixar. São 12 feridos graves. Para cuidar deles, deixo também três bravos enfermeiros, que se ofereceram para essa missão”, disse a ele em francês, antes de partir.
Na madrugada seguinte, os aliados assumiram o hospital. Antes disso, Coelho impediu que os feridos alemães fossem executados por integrantes da resistência italiana. Dos 12 feridos, quatro não resistiram à noite e morreram. Em 3 de maio, comemorou o final da guerra na Itália com os amigos brasileiros.
Pesquisa : blog da FAB.

Handset Signal Corps/Telefone de campo F.E.B/US Army

$
0
0
Telefone de Campo foi usado por Signal Corps do exército americano, pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial.Os telefones portáteis iriam substituir os sinais telegráficos como uma forma mais eficaz e eficiente para os comandantes e as tropas para manter contato no campo de batalha. A FEB usou estes telefones de campo na campanha na Itália, lê um trecho da entrevista do  soldado da FEB Celestino Fornari - "A ordem para avançar veio por telefone, no dia 12 de abril de 1945. Se não encontrassem resistência, o 3º Batalhão do 11º Regimento de Infantaria da FEB deveria seguir para as colinas de Montese, pequena cidade ocupada pelas tropas do exército alemão no norte da Itália."(trecho tirado de uma matéria do Portal FEB)
A Western Electric Company foi uma empresa Norte Americana do ramo de Engenharia Elétrica sua fundação em 1872.Era o braço direito da AT&T de 1881 a 1995, tendo sido responsável várias inovações tecnológicas e algumas também na área de gerenciamento industrial. Presidente: Charles Whitener e fundador Elisha Gray.Durante a Segunda Guerra Mundial, Western Electric fez milhões de rádios e outros equipamentos de comunicação para as forças armadas. A fabricação de telefones para uso civil foi interrompido durante a guerra.
Este telefone de campo Handset Signal Corps Ts-10-M de 1945 feito para o exército americano, lote numero 84910 da marca Western Electric Company foi utilizado pela FEB na Segunda Guerra.(acervo O Resgate FEB)
O Soldado da FEB com o telefone de campo em plena batalha.
Foto O Resgate FEB, tirada de um poster no Memorial aos Mortos na Segunda Guerra .(Rio de Janeiro)  
Soldados da FEB em uma trincheira, repare o soldado a direita fazendo o uso do telefone
.
O aparelho completo no Museu da Casa da FEB no Rio antes da reforma.
Clique na foto para ampliar
O Resgate FEB

Pesquisa: Wikipédia.

Porque o 22 de abril é o Dia da Aviação de Caça?

$
0
0
Raro e antigo plastico de pregar no vidro SENTA A PÚA! comemorando 19 amos do Dia da Aviação de Caça de 1964.O símbolo foi criado pelo Capitão Aviador Fortunato Câmara de Oliveira durante a Segunda Guerra Mundial. (acervo O Resgate FEB)

Saiba porque o 22 de abril é o Dia da Aviação de Caça
Comemora-se no dia 22 de abril o Dia da Aviação de Caça. Nada mais natural do que destacar parte da história do 1º Grupo de Aviação de Caça, unidade aérea que surgiu durante a 2ª Guerra Mundial para dar combate aos alemães na Itália.
A unidade foi criada em 18 de dezembro de 1943, um ano e quatro meses após a declaração de guerra do Brasil aos países do Eixo. Para comandá-la foi nomeado o então Major Aviador Nero Moura, atualmente o "Patrono da Aviação de Caça" da FAB.
Esta é uma história de heróis. Em abril de 1945, as tropas aliadas preparavam-se para uma grande ofensiva contra as forças alemãs. A todo custo, seria preciso estabelecer uma cabeça de ponte na região do Vale do Pó e impedir que exército nazista, em retirada, formasse uma nova linha de resistência e adiasse o final do conflito. Tal esforço exigiria sacrifício de todas as nações. Estava para acontecer o “Dia D” da Aviação Brasileira na Segunda Guerra Mundial.
Dia 22 de abril de 1945. O céu amanheceu encoberto na base brasileira em Pisa, na Itália. A aparente calmaria na pista de decolagem escondia o intenso movimento do 1° Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA) nos últimos dias. A unidade vinha cumprindo de quatro a seis missões por dia, o dobro, às vezes até o triplo da quantidade de saídas de antes da ofensiva de primavera que agora se desenhava.
Participar dessa ofensiva exigiria um esforço acima da média para os pilotos e especialistas da unidade. Os militares brasileiros haviam acabado de tomar uma das mais importantes decisões de toda a guerra. Preocupado com o aumento das saídas e o número de pilotos brasileiros, o Comando do 350th Fighter Group USAF (United States Air Force) propôs acabar com a unidade e aproveitar sua estrutura para pilotos americanos que entrariam em combate. Liderados pelo então Tenente-Coronel Nero Moura, Comandante do 1º Grupo de Caça, os brasileiros decidiram continuar lutando como uma unidade independente.
Dezenove pilotos acordaram escalados para as 11 missões do dia 22 de abril, prontos para quebrar o recorde de saídas diárias de toda a campanha na Itália. Para isso, voariam duas, até três vezes, por sucessivos dias, até o final da ofensiva. A unidade tinha então a metade do número de aviadores que desembarcaram em Livorno, um ano antes, resultado de baixas operacionais.
Passava das 8h, quando o ronco do primeiro P-47 ecoou pela pista de decolagem de Pisa. Às 8h30, partiram o capitão Horácio e os Tenentes Lara, Lima Mendes e Canário. Cinco minutos mais tarde, saíram o Capitão Pessoa Ramos e os tenentes Rocha, Perdigão e Paulo Costa. Às 8h40, decolaram os Tenentes Dornelles e Eustórgio, mais os aspirantes Poucinha e Pereyron.
Em terra, o ritmo de preparação continuava acelerado para dar conta das outras missões do dia. Havia um clima de preocupação. A experiência em combate indicava pelo menos três aeronaves abatidas por mês, dentro da rotina normal de saídas. O dia 22 de abril escapava totalmente desse perfil.
Às 9h45, decolaram o Tenente-Coronel Nero Moura, o Capitão Buyers, da USAF, e os Tenentes Neiva e Goulart. Uma hora depois, começaram a retornar as três primeiras esquadrilhas, sem nenhuma baixa.
Abrindo a segunda leva de ataques, partiram, às 10h55, o tenente Rui, Meira, Marcos Coelho de Magalhães e o Aspirante Tormin. Na seqüência (11h40), decolaram, pela segunda vez no dia e depois de menos de uma hora de descanso, os pilotos Horácio, Lara, Lima Mendes e Canário. Todos voltaram.
Na sétima missão do dia, às 12h40, saíram os Tenentes Dornelles, Eustórgio e o Aspirante Poucinha, todos voando pela segunda vez, mais o Tenente Torres, que chegaria ao final da guerra como o piloto mais voado. Em seguida(13h45), foram para o combate o Capitão Pessoa Ramos e os Tenentes Rocha, Perdigão e Paulo Costa, apenas três horas depois de terem retornado de outra missão.
Ainda restavam três missões. Até o meio da tarde, o 1º Grupo de Caça havia cumprindo à risca o plano aliado, sem nenhuma baixa. Em todas as saídas, os pilotos jogavam bombas em pontos estratégicos e passavam a procurar alvos de oportunidade, como colunas de tanques e transportes de suprimentos.
Às 14h45, o comandante do 1º Grupo de Caça, Tenente-Coronel Nero Moura, acompanhado dos Tenentes Neiva e Goulart, mais o Aspirante Pereyron, decolaram. A penúltima missão começou minutos antes das 16h. Partiram (pela terceira vez) Horácio, Lima Mendes e Lara, mais o capitão Buyers, que cumpria sua segunda missão. Filho de pais americanos, mas nascido no Brasil, Buyers juntou-se ao grupo ainda no Brasil, como oficial de ligação.
A última missão do dia, a décima primeira em pouco mais de sete horas, foi a mais dramática. Às 15h45, decolaram os Tenentes Meira, Tormin, Keller e Coelho. Dos quatro, apenas três retornaram. Ao mergulhar sobre um alvo, seguindo seu líder, Coelho foi atingido e teve que saltar de paraquedas, ficando desaparecido até o final da guerra.
No dia seguinte, em 23 de abril, finalmente, os aliados estabeleceram uma cabeça de ponte no Vale do Pó. Engana-se quem pensa que o esforço acabou ali. Por mais três dias, depois de 22 de abril, os pilotos brasileiros voaram dez missões diárias. Nesse esforço, o Tenente Dornelles, com 89 missões, morreu em combate, faltando poucos dias para o final da guerra.


Pesquisa:Blog da FAB

Lembrança da Pascoa - "Família do Expedicionário"

$
0
0
A religiosidade do povo brasileiro, santinho com a oração de Nossa Senhora das Vitorias feito na Itália para a missa de 24 de junho de 1945, lembrança da pascoa.(acervo O Resgate FEB)


clique na foto para ampliar

Cap Joaquim de Castro - Ex-Combatente da Segumda Guerra Mundial

$
0
0
 11º RI - Regimento Infantaria - Regimento Tiradentes
São João del-Rei - MG



Cap Joaquim de Castro
Ex-Combatente da Segunda Guerra Mundial

Nasceu em Nova Era, MG em 24 Fevereiro 1920. Filho de família numerosa, viveu sua infância e mocidade na vizinha cidade de Santa Bárbara.
Aos dezoito anos, em São João del-Rei, onde viajara a serviço, alistou-se no 11° Regimento de Infantaria. Naquela OM servia seu tio, Maj Int Francisco Castro, que deu todo apoio à sua escolha da carreira militar. Foi incorporado em 1939 e serviu na CCSv / Sv Aprovisionamento, no Pelotão do Rancho, inclusive depois de ser promovido a Cabo em 1942.
Em 1944, quando o 11º RI foi designado para integrar a Força Expedicionária Brasileira na II Guerra Mundial, se encontrava promovido a 3º Sargento de Infantaria, na 8ª Cia Fzo do III Batalhão. No dia 09 Março 1944, já noivo em São João del-Rei, deslocou-se junto com seu Regimento para os treinamentos preliminares na Capital Federal, Rio de Janeiro, aguardando o embarque para a guerra “em algum lugar do mundo”. Tudo ali era novidade para um mineiro que nunca havia visto o mar e nem tanta abundância de meios e equipamentos, aliada à intensa instrução de combate. O país de destino ainda era uma incógnita, por motivo do sigilo das informações.
Em 22 setembro de 1944 partiu para o Teatro de Operações da Europa com o 11° RI, no 3º Escalão da FEB, embarcado no navio "AP116 General Meigs". Somente no meio da travessia do Atlântico tomou conhecimento que desembarcariam na Itália. Em 06 de outubro, seu Batalhão desembarcou no porto de Nápoles, de onde seguiu para a região dePisa, para o acampamento de San Rossore, no Parque do Rei Vitor Emanuel, para adaptação ao clima e preparação para o combate. Sete semanas depois, em 20 de novembro, foi com a sua OM para a área de instrução do Castelo do Conde Julio, em Filetole, próximo à cidade de Lucca, na Toscana, mais próxima das linhas inimigas. As tropas alemãs recuavam para oeste em direção à Rota 64, que corre de Pistóia para Bolonha, mas se fixavam nos pontos mais elevados do terreno com a finalidade de fechar as estradas e barrar o avanço das tropas aliadas.
Vet Joaquim de Castro e sua
esposa Dª. Odete Resgalla 

Com uma semana de preparo, em 27 de novembro o III Batalhão, sob o comando do Maj Cândido Alves da Silva, deslocou-se para Sila, para participar do “Batismo de Fogo” do 11º RI Expedicionário no terceiro ataque a Monte Castelo, principal posição fortificada do inimigo na área. Os dois ataques anteriores não tinham logrado sucesso, tanto pela forte resistência dos alemães quanto pela hostilidade do clima gelado e pelo terreno íngreme que não era favorável aos atacantes. Nesse terceiro ataque, o III Batalhão, junto com a Companhia de Obuses, apoiaria o ataque principal feito pelo 1º RI Expedicionário, do Rio de Janeiro, no dia 29 de novembro. A 8ª Companhia, a comando do Cap João Manoel de Faria Filho, era uma das subunidades que primeiro enfrentariam o inimigo, depois da intensa “guerra de nervos” vivida no Brasil, no Atlântico e nas longas semanas na Itália. Disputava em expectativa e vibração com a 9ª Companhia, do Cap Hugo de Andrade Abreu, que posteriormente ficaria famoso como general pára-quedista. Desde as 18h do dia 28, todos já ocupavam suas posições de ataque, “com o mais sadio patriotismo, alevantado moral e os olhos fitos no Brasil” como relataria o Comandante do Batalhão. Na noite da véspera foram intensas as patrulhas de reconhecimento realizadas por aquela “mineirada irrequieta”.
Fotografia do Cap Ref  FEB  Joaquim de Castro quando Sgt do 11º RI (8ª Cia Fzo). São os graduados da 8ª Cia Fzo, antes do embarque para a Itália (farda de passeio).O então 3º Sgt Castro é o agachado, no centro.
Às 04h do dia 29 de novembro, a 8ª Companhia se deslocou para a linha de partida, de onde saiu às 08h para o ataque de flanco no setor de Abetaia, chamado de “corredor da morte”. O 3º Pelotão, comandado pelo2º Ten Agostinho José Rodrigues, avançava alinhado com os demais, sob o terrível “fogo amarrado” dos tedescos (alemães) entrincheirados, repleto de cercas farpadas, obstáculos, neve e muita lama. Com esse esforço concentrado, a 8ª Companhia atingiu seu objetivo inicial, um ponto cotado a 1 km além da linha de contato. Por causa do insucesso das ações do 1º Batalhão do 1º RI no ataque principal contra uma defesa mais forte, à esquerda do dispositivo de ataque, o Cmt do III Batalhão do 11º RI deu a ordem de retraimento às 7ª e 8ª Companhias. Seus Pelotões acabaram por recuar novamente até a linha de partida, trazendo consigo, do campo de luta, cinco combatentes mortos e vinte e três feridos.
Entre esses últimos, o 3º Sgt Joaquim de Castro, Cmt do 1º Grupo de Combate do 3º Pelotão da 8ª Companhia. Durante o ataque, ao avançar com seu GC, ultrapassava as linhas de trincheiras inimigas “fox holes” consideradas abandonadas. A neve estava acumulada sobre a camuflagem das trincheiras quando, se desviando dos tiros frontais, o Sgt Castro sentiu o chão ceder e caiu dentro de uma delas. De seu interior pulou para fora, em disparada, um “tedesco” que a ocupava e que aproveitou para disparar uma rajada de sua metralhadora de mão (a famigerada “Lurdinha”) tentando eliminar de vez aquele brasileiro atrevido. Nesse ponto, valeu a instrução individual do rolamento para o lado, o que veio a trocar a perda da sua vida pela perda dos ossos de seu pé esquerdo, atingido pelos tiros. Pelo estrago feito, até hoje existe a dúvida se esses tiros não vieram de metralhadora alemã pesada, MG-34 ou MG-45 sobre tripé, que varria a frente dos defensores. Imediatamente foi substituído no comando do GC (Grupo de Combate) pelo seu Cabo Auxiliar e, após o retraimento da subunidade, mandado para o posto de evacuação da Companhia, de onde foi encaminhado para o hospital de campanha do Batalhão de Saúde da 1ª DIE.
 O relato desse evento está no livro “Oitava Companhia, Terceiro Pelotão” de autoria do Ten Agostinho, Cmt do Pelotão, hoje residente em São Paulo. O citado livro conta também sobre o arrombamento, invasão e vistoria de uma casa existente no eixo do Pelotão, pelo “audaz Sgt Castro e seu GC”. O Sgt Castro também foi relacionado pelo Cmt do III Btl na Parte de Combate de 29-XI-944 expedida pelo 11º RI Expedicionário, entre os “bravos e heróis” que se destacaram no ataque.
Devido à gravidade da fratura e fragmentação do pé esquerdo, com alguma possibilidade de recuperação, foi transportado por via aérea para o Hospital La Garde, em Nova Orleans - Louisiana, nos Estados Unidos onde, após preparação especializada, foi submetido a uma cirurgia de implante de prótese de platina que lhe devolveu os movimentos do pé. Como passou longo tempo em recuperação nos EUA, retornou ao Brasil bem mais tarde que os demais expedicionários. E por este motivo não recebeu as homenagens de boas vindas que o povo brasileiro prestou ao exército vitorioso, no Rio de Janeiro e nas cidades de origem dos pracinhas.
Ao retornar ao 11º RI em São João del-Rei em meados de 1945, foi reformado por incapacidade física permanente devido ao ferimento recebido. Casou-se com a noiva Odete Resgalla no dia 1º de julho, com quem veio a ter oito filhos. Em março de 1947 foi promovido ao posto de 2º Tenente, e a 1º Tenente em abril de 1957. Permaneceu residindo em São João del-Rei até o ano de 1961, quando então se mudou para Belo Horizonte. Em outubro de 1973 foi promovido, para fins de vencimentos, a Capitão. Foi um dos fundadores da Seção Regional de BH da ANVFEB, chegando a fazer parte de sua diretoria. Com o passar do tempo, doou todos seus objetos, fardas, agasalhos, equipamentos individuais, cartões postais, fotografias, documentos e lembranças da guerra aos museus da FEB, tanto de BH quanto de São João del-Rei. Participou de todos os encontros nacionais de veteranos da ANVFEB até o ano de 2004. Como homenagem, recebeu os títulos de Cidadão Honorário de São João del-Rei, de Santa Bárbara e de Pedro Leopoldo, todas em Minas Gerais. Atualmente reside com sua esposa Dª Odete na Avenida Assis Chateaubriand, na esquina em frente à sede da ANVFEB, Seção Regional de Belo Horizonte.

Recebeu, por sua participação na II Guerra Mundial, as seguintes condecorações:

- Medalha Sangue do Brasil, referente ao ferimento no combate do dia 29 Novembro de 1944
- Medalha de Campanha, em 07 Março de 1947
- Medalha de Guerra, em 16 Maio de 1947
- Cruz de Combate de 2ª Classe, em 28 Agosto de 1952
- Medalha Mal Mascarenhas de Moraes (ANVFEB), em 04 Abril de 1974
O Capitão Joaquim de Castro faleceu em Belo Horizonte em 26 de março de 2009.

FONTE: ANVFEB
Matéria:
Sr. José Augusto de Castro Neto,
Filho do Veterano, Sr. Joaquim de Castro
Viewing all 647 articles
Browse latest View live